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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Investimento

Mais de 400 mil dólares para extensão rural



O Banco de Poupança e Crédito no Kwanza Sul (BPC) disponibilizou 470 mil dólares americanos, destinados a 76 cooperativas agrícolas e a 39 associações. A acção enquadra-se no processo de implementação do microcrédito para a extensão rural, adiantou o vice-presidente da Unaca local, David Nunes. O responsável esteve presente num encontro com camponeses locais e abordou o programa de extensão rural, numa cerimónia que ficou marcada pela entrega das quantias a 990 beneficiários, ligados a 198 grupos, distribuídos pelas cooperativas e associações de camponeses.

David Nunes esclareceu que os reembolsos do micro-crédito estão a decorrer, apesar de alguns constrangimentos. "Todavia, o processo do micro-crédito tem um carácter pedagógico, assegurado pelo grupo técnico constituído pelos agentes da Unaca, Instituto de Desenvolvimento Agrário, bancos comerciais, administrações municipais e sobas", prosseguiu.



O dirigente contou que os camponeses dos municípios da Cela, Kibala, Mussende e Libolo ainda não beneficiaram do micro-crédito, devido a questões organizativas e estruturais do BPC na Cela, contrapondo que a instalação do Banco Sol na Kibala permitirá aos camponeses beneficiar do programa de extensão rural. O responsável defendeu a concessão do micro-crédito tem em grande medida contribuído no combate à fome e à pobreza nas zonas rurais.
Os bancos de Poupança e Crédito (BPC) e Sol têm a responsabilidade de conceder financiamentos aos camponeses, no quadro do programa governamental de extensão rural.

Tecnologia


Angola participa em conferência no Japão




A República de Angola vai participar, com uma delegação chefiada pela ministra Cândida Teixeira, na Conferência Internacional sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, a decorrer de 4 a 6 de Outubro na cidade de Kyoto, Japão, sob lema “ O papel da ciência e tecnologia no contexto actual de crise económica e financeira”.
Em breves declarações à Angop, a titular da pasta da Ciência e Tecnologia explicou que o fórum vai abordar ainda questões sobre a ” tecnologia e desenvolvimento humano, tecnologia e o futuro do desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia e saúde global “.
"O contributo da ciência e tecnologia para a prosperidade social e qualidade de vida para a humanidade", "a desproporção da partilha dos benefícios resultantes da aplicação da ciência e tecnologia", bem como "o controlo das suas aplicações negativas" serão outras questões em análise.
O encontro anual acontece com a participação de vários países africanos, estando prevista uma reunião entre a governante angolana e a ministra de Estado Japonês para a política da ciência e tecnologia, numa Mesa redonda sobre O Papel da Ciência e Tecnologia no actual cenário económico mundial para troca de experiências neste domínio.
A comitiva angolana participa neste evento desde 2004.

Cidadania


Bilhetes de Identidade mais seguros e fiáveis



O novo bilhete de identidade, que entrará em vigor a partir do dia 1 de Outubro, garante maior segurança e fiabilidade contra qualquer falsificação. A ministra da Justiça, Guilhermina Prata, assegurou, durante uma entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), que o novo documento é fiável e que foi desenvolvido após a aprovação de dois diplomas legais.
O primeiro documento instituiu a estratégia do processo de modernização e informatização dos serviços e o outro a resolução que recomendava um trabalho tendente a adoptar um serviço de identificação mais idóneo com recurso às novas tecnologias.
A governante revelou que foi dado especial enfoque à questão dos dados biométricos (impressão digital, altura, fotografia, entre outros), visto que o sector tinha concluído, após uma série de análises, que havia um certo número de falsificações.
O actual Bilhete de Identidade actual foi lançado em 1996 e devido aos avanços tecnológicos é permeável a falsificações. Contudo, o Ministério assegura que consegue detectar as irregularidades. Já o novo identificador do cidadão tem um material de alta segurança (cartão laser), que será muito difícil de ser falsificado por ser muito caro, sendo usado em países como os Estados Unidos de América, Itália, Canadá e Finlândia.
Explicou que os bilhetes actuais continuarão em vigor até a data da sua caducidade, excepto os vitalícios, devendo os seus utentes trocarem caso pretendam.

Automóvel


Seguro automóvel em vigor em 2010



O futuro seguro automóvel de responsabilidade civil entra em vigor a 13 de Fevereiro de 2010. O anúncio foi proferido hoje pelo presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Seguros e Resseguros de Angola (Ensa), Manuel Gonçalves.
Em declarações à Angop, Manuel Gonçalves informou que no quadro da entrada em vigor da lei, aprovada há seis meses, a Ensa encontra-se já a trabalhar na criação de condições para alargar a sua capacidade de atendimento aos clientes que solicitarem os serviços da seguradora. O administrador aconselha todos os titulares de viaturas a fazerem o seguro automóvel de responsabilidade civil, pois, em caso de ausência do referido documento o condutor está sujeito à aplicação da sanção mais grave prevista no código de estrada.
Manuel Gonçalves explicou que, no caso da Ensa, as pessoas que pretendem efectuar o seguro de responsabilidade civil deverão dirigir-se a uma agência, onde preencherão um formulário e passarão por um processo de avaliação.
Com 31 anos de actividade, a ENSA conta com 30 mil clientes, entre empresa e pessoas singulares. Os seguros de automóvel, acidentes de trabalhos e de saúde são os produtos mais comercializados pela ENSA.

Economia


Governo deseja sistema monetário funcional e justo




O vice-ministro da Economia angolano, Job Graça, afirmou hoje que o país defende um sistema monetário e financeiro internacional "funcional e justo" para o desenvolvimento da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O dirigente discursou na abertura das XIII Jornadas Técnico-Científicas da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), que decorre em Luanda, nos proximos três dias, sob o tema "Angola Face à Nova Ordem Económica Mundial". O vice-ministro explicou que o Governo tem trabalhado no sentido de defender políticas que visem a reconstrução e o desenvolvimento das infra-estruturas, para permitir a integração física dos vários países da SADC, conduzindo à redução de custos de transacção e à promoção do comércio regional, com o contributo do sector privado.
"Na medida em que o desenvolvimento da sub-região demanda financiamentos concessionais de instituições internacionais, Angola advoga um sistema monetário e financeiro internacional funcional e justo", destacou.
Em relação aos efeitos da crise económica e financeira internacional em Angola e às medidas tomadas pelo Governo para mitigar os seus prejuízos, Job Graça frisou que o plano traçado pelas autoridades permitiu já reduzir a pressão sobre as reservas internacionais, esperando-se que este ano a economia não se contraia.
Nas XIII jornadas científicas da FESA vão participar oradores de Portugal, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, Alemanha, China, Índia, Inglaterra, Canadá e Nigéria.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Agricultura


China investe na agro-pecuária


O Governo chinês planeia implementar em Angola novos projectos no domínio agro-pecuário, já a partir do próximo ano. Com este plano, pretende reduzir a excessiva dependência e os custos do país em termos de importação de alimentos.

O embaixador da China em Angola, Zhang Bolun, anunciou à Angop que os projectos assentam no desenvolvimento de uma indústria alimentar, através da construção de unidades de transformação e tratamento de alimentos. O responsável acrescentou que a China deseja investir também na produção de cereais e bens pecuários, além da modernização das centrais hídricas e sistemas de irrigação.

O governo chinês pretende centrar a sua actuação em projectos de longo prazo que terão grandes reflexos no desenvolvimento e na qualidade de vida dos cidadãos, pelo que com estas acções, a China pretende aumentar a sua participação no desenvolvimento socioeconómico de Angola, satisfazendo assim um mercado em produtos agrícolas e industrializados, além de aumentar a oferta de postos de trabalho.

Zhang Bolun lembrou a longa experiência do executivo chinês nesse domínio, fundamentalmente na indústria alimentar, no qual o país racionaliza cerca de 80 por cento das suas terras aráveis para o desenvolvimento agrícola e alimentar. Por outro lado, contou que estão a decorrer negociações entre os governos, no sentido de viabilizar os projectos.

A protecção ambiental é outra área que os próximos tempos deverá contar com o investimento chinês, a julgar pela importância da situação ecológica no mundo e pelo empenho dos asiáticos na preservação do ambiente.

Investimento


Duas centenas de propostas aprovadas em sete meses



A Agência Nacional para o Investimento Privado (Anip) aprovou, de Janeiro a Julho deste ano, 268 propostas de investimentos nos sectores da agricultura, indústria transformadora, construção civil, comércio, saúde e educação. O coordenador da comissão de reestruturação da instituição, Aguinaldo Jaime, afirmou no decorrer da palestra subordinada ao tema “O contributo do investimento privado para o desenvolvimento sustentável – O papel da Anip” que as propostas aprovadas estão avaliadas num total de um bilião 25 milhões e 16 mil dólares norte-americanos.

Aguinaldo Jaime salientou que desse valor 56 por cento corresponde a investimentos de empresários angolanos, pelo que foram criados 15.635 postos de trabalho, dos quais 13.118 dizem respeito a cidadãos nacionais. Para o coordenador estes valores resultam da “confiança destes empresários no futuro do país”.

O responsável esclareceu que, durante o primeiro semestre de 2009, 55 por cento do valor global investido no sector não petrolífero tem origem em empreendedores nacionais. “Se comparado com o período homólogo do ano transacto, observa-se um crescimento de confiança na ordem de 11%. O ano passado, o investimento nacional representava apenas 34% do total do investimento aprovado pela Anip”, confirmou.

Durante o discurso na Universidade Lusíadas de Angola, Aguinaldo Jaime recordou que o Governo angolano não pretende que os investimentos se situem somente no litoral, mas em todo o país, de Cabinda ao Cunene, e, fundamentalmente, no interior, naquelas províncias que foram duramente fustigadas durante o conflito armado”.

Banca

Mais de 500 pedidos de micro-crédito





A agência do Banco Sol na província do Uíge já recebeu, desde a sua abertura (2008), mais de 500 solicitações de micro-crédito. A maioria dos pedidos, segundo o oficial de crédito Modesto Kiame, corresponde a agricultores, que estão distribuídos por 12 dos 16 municípios que compõem a província e já foram visitados pelos responsáveis do Banco Sol a nível da região.
Em declarações à Angop, Modesto Kiame salientou que os mesmos camponeses se encontram organizados em associações e cooperativas do ramo e estão a aguardar para que cada um beneficie de pelo menos 10 mil dólares norte-americanos. O responsável contou ainda que os associados ou cooperativistas que já solicitaram o micro-crédito foram divididos em subgrupos de 10 pessoas cada. Quanto a concessão de crédito a pequenas e médias empresas, mais de 50 pessoas beneficiaram deste tipo de empréstimo bancário.
A instituição bancária disponibilizou mais de 200 mil dólares norte-americanos.



Comércio

Trocas cresceram 400 por cento





O sub-secretário de comércio internacional da Argentina, Luís Maria Kreckler afirmou hoje que as trocas comerciais entre Angola e o país sul-africano cresceram, nos últimos quatro anos, 400 por cento. O diplomata argentino assistiu à abertura do seminário sobre “Oportunidades de Negócios” entre empresários dos dois países, uma iniciativa da embaixada da Argentina em Angola.

“Queremos que Angola aumente também as suas exportações para Argentina. Há aqui um esforço conjunto entre o sector público e o privado, e acho que iniciamos uma nova era nas relações de negócios entre os dois países”, revelou, confirmando que as exportações da Argentina para Angola estão avaliadas em USD 200 milhões de dólares, e as importações estão calculadas em pelo menos 50 milhões.

O dirigente destacou que a Argentina exporta para Angola, essencialmente, produtos manufacturados de origem agro-pecuária. Porém, tendo em conta as potencialidades agro-pecuárias existentes em ambos os Estados, anunciou que vão fazer um estudo de complementaridade de bens produzidos nos dois países, de forma a definir quais os produtos que Angola pode exportar para Argentina e quais pode importar.

A missão empresarial Argentina encontra-se em Luanda desde domingo e integra empresários dos mais variados sectores, com realce para indústria alimentar, manufacturas, biotecnologia, metalúrgica e de produtos plásticos. O objectivo da visita visa a criação de parcerias de negócios com os seus homólogos angolanos.

A Argentina tem um PIB avaliado em 300 mil milhões de dólares norte-americanos.

Política

MPLA defende separação de poderes


Adriano Patrocínio Meireles, coordenador adjunto do grupo de acompanhamento do Bureau Político do MPLA à província do Kuando Kubango, enunciou, numa sessão de esclarecimento aos militantes, que a proposta constitucional do seu partido defende a separação de poderes entre o presidente da República e a Assembleia Nacional. O objectivo passa por delegar na Assembleia Nacional a função de cuidar das questões legislativas. O presidente da República, com o auxilio do vice-presidente, fica encarregue das situações relacionadas com o executivo.




O responsável lembrou novamente que o partido defende que o Presidente da República seja de todos os angolanos, promova e assegura a unidade nacional, a independência, a integridade territorial do país e representa a nação no plano interno e internacional.
Nesta perspectiva, o dirigente fez saber que o Chefe de Estado é eleito por sufrágio universal, direito, igual, secreto e periódico, devendo ser o cabeça de lista do partido mais votado para Assembleia Nacional. "Este princípio é mais amplo, já encontra algumas bases, por exemplo, no projecto de lei que o MPLA submeteu em Maio ao Tribunal Constitucional, no que se refere a preparação das eleições autárquicas", reiterou.
O actual parlamento, de acordo com Adriano Meireles, foi eleito para trabalhar de 2009 a 2012, recordando que o partido apenas defende que com aprovação da nova lei constitucional possam ser assegurados os princípios deste período de transição.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Finanças


EUA colocam consultor-residente no país para apoiar área das finanças



O Deparftamento do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA) vai dispor de um consultor-residente em Angola para trabalhar "estreitamente" com o Ministério das Finanças e Banco Nacional de Angola, informou hoje a embaixada americana em Luanda.

O técnico norte-americano do Departamento do Tesouro tem por missão "apoiar os esforços de Angola em melhorar o seu sistema de emissões de títulos da dívida e de gestão da dívida", adianta ainda a representação diplomática norte-americana.

Para consumar o início do trabalho do concultor-residente do Departamento do Tesouro dos EUA, deverá ser assinado um documento com os termos de referência do destacamento do funcionário de Washington em Angola, cerimónia que estava prevista para hoje e foi cancelada sem justificação.

Quando iniciar funções, situação que está dependente da assinatura dos termos de referência, para a qual não foi divulgada nova data, o perito norte-americano "vai trabalhar estreitamente, tanto com o Ministério das Finanças, como com o Banco Nacional de Angola".

Ainda de acordo com a embaixada dos EUA em Luanda, o consultor-residente, cujo destacamento deverá durar entre dois a cinco anos, "terá por base a profunda experiência no sector financeiro dos Estados Unidos da América e do mercado internacional".

"Este apoio técnico ajudará Angola a refinar e a implementar a estrutura de gestão da dívida, que o Governo de Angola determine como a mais adequada", aponta ainda.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos presta este tipo de apoio técnico a vários países por todo o mundo e onde, sempre de acordo com a embaixada americana, os países em desenvolvimento "fortalecem a sua economia de mercado".

Energia

Consórcio luso-angolano apresenta projecto fotovoltaico



O consórcio luso-angolano inicialmente constituído para comprar a Qimonda Solar apresenta hoje à Câmara de Vila do Conde, em Portugal, o seu projecto para instalação na região de uma fábrica de painéis fotovoltaicos.

"Esta reunião serve para dar conta do andamento do nosso projecto. É uma visita de cortesia para fazer um ponto da situação", afirmou o presidente da DST e porta-voz do consórcio, que integra ainda as empresas EDP, Visabeira, BES, BCP e o banco angolano BPA. Segundo salientou José Teixeira, o consórcio luso-angolano não pretende adquirir a Qimonda Solar (Itarion), que está em processo de insolvência após o fracasso das negociações com a CentroSolar.

O projecto inicial previa que os alemães da CentroSolar, em parceria com a Qimonda AG, criassem em Vila do Conde uma fábrica de células fotovoltaicas - a Itarion Solar -, considerada um Projecto de Interesse Nacional (PIN) pelo Governo português.





A falência da Qimonda AG pôs em risco o projecto solar, mas formou-se então o consórcio luso-angolano para adquirir os 51 por cento desta multinacional e avançar com a CentroSolar.

Em Julho, esta parceria acabaria também por cair por terra, mas o grupo luso-angolano tem vindo a reiterar o interesse em avançar sozinho na produção de painéis fotovoltaicos, aproveitando a mão-de-obra disponível em Vila do Conde e, eventualmente, as instalações da Qimonda Solar que estavam em construção.

"Estamos a ver a possibilidade de ficar nas instalações da Qimonda Solar se ficarem livres de ónus [no âmbito do processo de insolvência em curso]", afirmou José Teixeira, garantindo que o projecto "ficará sempre em Vila do Conde, porque existe mão-de-obra qualificada, habituada ao ambiente do micro e do nano".

Para o presidente da Câmara de Vila do Conde, "o importante é que se concretize o negócio", seja via aquisição da Itarion ou apenas das respectivas instalações.

"O meu objectivo é que se salvem os postos de trabalho, quer da Itarion quer da Qimonda [Portugal], e se aproveite o 'know-how' que ali já existe", afirmou Mário de Almeida à agência Lusa.

De acordo com José Teixeira, o objectivo do consórcio luso-angolano é, até ao final do ano, pôr no terreno o projecto dos painéis fotovoltaicos, estando, neste momento, o grupo "a olhar para o mundo do ponto de vista tecnológico para encontrar a tecnologia certa".

Segundo o presidente da DST, depois da escolha tecnológica, "segue-se a elaboração do layout" da unidade de produção de painéis, um investimento de 50 milhões de euros, que deverá criar 200 postos de trabalho numa fase inicial.

Pescas


Distribuição de canoas arranca em Outubro


O Ministério das Pescas pretende começar a distribuir a partir do próximo mês um total de mil e 500 canoas não motorizadas, que serão entregues às províncias piscatórias do país. O objectivo, segundo o director do Instituto de Pesca Artesanal e Aquicultura (IPA), Duarte Caholo, consiste em mitigar a pobreza e contribuir para o aumento do nível de vida das populações.
As canoas serão atribuídas aos governos provinciais do Moxico, Zaire, Lunda Norte, Luanda Sul, Cunene, Kwanza Sul, Kuando Kubango e Bengo, disse Duarte Caholo, em entrevista à Angop. "Com esta distribuição completam-se as 100 canoas colocadas em cada província prometidas pelo Governo, no âmbito do programa de relançamento da pesca continental em Angola", explicou.
O programa prevê que cada província possua uma média de 100 canoas motorizadas e 100 não motorizadas. Destacou ainda que as províncias como o Moxico, Kuando Kubango e Malange detêm elevadas potencialidades pesqueiras e, por isso, poderão receber no final do programa 300 canoas. "Trata-se de canoas de fibra de vidro, com 4,5 metros de comprimento com muita aceitação junto das comunidades pesqueiras devido a sua maior estabilidade em relação as anteriores", anunciou.
Segundo a fonte, a partir de Novembro próximo o sector das pescas vai começar à colocar nas províncias canoas motorizadas num programa que terá continuidade em 2010.

Ambiente

Luanda recebe centro de Educação Ambiental





A governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo, inaugurou hoje o Centro de Educação Ambiental no município da Maianga. Prevê-se que o novo espaço sensibilize pelo menos três milhões de cidadãos sobre a conservação da natureza.

O Centro de Educação Ambiental pertence à Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal) e está ser desenvolvido em parceria com a empresa Vista Waste. O local deverá será palco de cerca de 80 campanhas nos próximos cinco anos (16 acções por ano).

A primeira fase do programa arranca em Outubro deste ano, período em que serão desenvolvidas dez campanhas de sensibilização, através de 28 posteres e instrumentos de sensibilização. "A distribuição de manuais escolares, fichas curriculares, livros de passatempo e jogos didácticos, bem como o recurso a várias unidades móveis de sensibilização designadas por Lixomachimba que integram CD’s interactivos e diferentes actividades de exploração sensorial, completam os conteúdos programáticos do projecto", refere um documento, divulgado pela entidade responsável.

A aposta na área social resulta do forte envolvimento do Governo da Província de Luanda, direccionado para a dignificação e promoção da qualidade de vida das populações envolvidas.

A Elisal tem como meta social a prestação de serviço público de limpeza, manutenção e extensão da rede de esgotos das áreas urbanas da província de Luanda.


Campanha

Recolha de dados estatísticos sobre transportes e passageiros


A província do Bengo tem em curso uma campanha de recolha de dados estatísticos sobre os meios de transportes públicos e privados e sobre os passageiros que utilizam o troço Luanda/Caxito. A acção arrancou no início da semana e tem como objectivo a obtenção de informações que permitam a elaboração de um plano nacional dos transportes públicos de passageiros inter-municipais e provinciais.

Em declarações à Angop, a coordenadora do projecto, Aucilene da Silva, revelou que a iniciativa é da responsabilidade do Ministério dos Transportes e visa melhorar o sistema de transportes públicos, identificando assim os veículos que circulam nas rodoviárias da região. Na província do Bengo, a equipa conta com 15 técnicos nacionais, coadjuvados por um especialista da direcção nacional dos transportes.

Aucilene da Silva pediu ainda a colaboração dos automobilistas para o êxito da campanha, cuja actuação dos participantes está a ser efectuada em diferentes localidades da província. Para a responsável, a campanha permitirá ao governo angolano traçar estratégias de actuação no domínio dos transportes, por forma a melhorar a prestação de serviços de transportes públicos à população. A recolha de informações decorre até 28 de Setembro e abrange as províncias da Huíla, Benguela, Huambo, Huíge e Bengo.



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Saúde

País possui laboratório de diagnóstico


Angola já tem um laboratório onde os testes de gripe A (H1N1) passam a ser realizados, permitindo uma capacidade de resposta mais rápida, ao evitar o envio das amostras para a vizinha África do Sul, informou hoje o Ministério da Saúde.

José Van-Dúnen explicou que o equipamento de laboratório que permite diagnosticar o vírus da gripe A já existia em Angola mas só esta semana ficam reunidas todas as condições operacionais

O país registou até ao momento 11 casos positivos, tendo os últimos sido diagnosticados há uma semana.

Segundo o ministro da Saúde de Angola, José Van-Dúnen, o laboratório funciona no Instituto Nacional de Saúde Pública e neste momento estão a terminar os últimos detalhes. "Felizmente este tempo de enviarmos as amostras para o exterior está a chegar ao fim, porque o nosso laboratório já tem as condições para passarmos a confirmar no país", disse o ministro.

Agricultura


Oleoga lança azeite doce



Uma marca de azeite doce, denominada “Magi Yeto” (nosso óleo), foi lançada hoje e será comercializada em todo o país pela Mop Comercial (grupo Miamop). A empresa produtora é a Oleoga, Lda.

De capitais mistos (angolanos (90% das acções) e portugueses), a fábrica está situada em Portugal e tem capacidade de produção diária de 100 toneladas de azeitonas. Actualmente, está pronta para laborar três mil toneladas de azeitonas para uma produção aproximadamente de 500 mil litros de azeite.

A fábrica dispõe de meios modernos que se encontram no mercado mundial, sendo a sua linha de produção constituída por equipamentos fechados construídos em aço inox, nos quais a ligação entre as fases é feita de modo automático e em circuito fechado, sem recurso à intervenção directa do operador.

A concretização deste projecto assume uma grande importância por se tratar de um projecto essencialmente privado em território português com a presença maioritária de capitais angolanos, refere a nota divulgada à Angop.


Educação


Escola Portuguesa de Luanda com procura acima da média


Escola Portuguesa de Luanda (EPL) não consegue dar resposta à crescente procura, nomeadamente de portugueses que chegam a Angola para trabalhar e pretendem matricular os filhos naquele espaço, disse hoje à Lusa a directora daquela instituição.

Maria Preciosa admitiu que a capacidade de resposta aos crescentes pedidos de matrículas é "cada vez mais diminuta", uma vez que a instituição foi projectada para 800 alunos, apresentando actualmente o dobro, ou seja, 1600 alunos. Entretanto, recebeu só este ano 900 pedidos, uma parte significativa por parte de casais portugueses a trabalhar em Angola. "É uma situação que é recorrente e que nos últimos anos tem aumentado, mas não há capacidade para a entrada de mais alunos", enunciou a directora.

O projecto de construção da EPL previa a sua execução em três fases, tendo apenas a primeira sido concluída. pelo que a responsável os cidadãos portugueses que pretendam viajar para Angola a seguirem as normas em prática em Portugal e também em Angola, devendo proceder à "confirmação antecipada da existência de vagas ou não na instituição, para posterior pedido de ingresso". "Essa norma, muitas vezes, não é observada e quando chegam deparam-se com este problema insolúvel", anunciou.

Maria Preciosa salienta que o número máximo de vagas, quase todas devido a pessoas que terminam os seus contratos de trabalho no país, atinge apenas uma média anual de 50, o que considera "uma gota no oceano". Por outro lado, o aumento do número de alunos nas turmas não é uma solução porque, segundo a directora da escola portuguesa, "poria em causa a qualidade de ensino que a escola pretende manter".

Em Março de 2008 este problema já existia e a então directora da escola, Esmeralda Gonçalves, confirmava à Lusa que já havia garantias para o arranque das obras da segunda fase da EPL.

A primeira fase, a que existe actualmente, foi integralmente financiada pelo Estado português, num montante inicialmente previsto de cerca de oito milhões de euros, mas que sofreu derrapagens ao longo do processo de construção. O desbloqueamento do processo de construção da segunda fase foi anunciado em Luanda pelo ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Luís Amado, em visita oficial que realizou no final de Fevereiro de 2008 a Angola. Também o ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro, em Junho último, afirmou em declarações à Lusa que a questão estava a ser analisada por parte das autoridades portuguesas, não tendo avançado contudo uma data. António Pinto Ribeiro reconheceu a necessidade de alargamento da escola, frisando que o Estado português "está capacitado para isso", num investimento que está na ordem dos nove milhões de euros.

Telecomunicações


Oni quer criar empresa no 1º trimestre de 2010


A Oni quer criar em Angola uma empresa local, já no primeiro trimestre de 2010, para dar seguimento ao projecto de materialização dos serviços das grandes empresas naquele país. Por outro lado, a entidade pondera avançar para o Brasil, através da compra de uma empresa na área do IP.

"Ponderamos ter uma operação local para materializar os serviços das grandes empresas em Angola. A minha expectativa é arrancar no primeiro trimestre de 2010, com projectos de integração de serviços de telecomunicações e equipamento", adiantou Xavier Rodriguez-Martín, o presidente executivo da ONI. O responsável encontra-se a analisar com os parceiros locais a melhor forma de concretizar a operação e garante que o investimento da operadora será "sempre em pessoas e em transferência de conhecimento".

Confirmou ainda que dos seus clientes em Portugal, uma centena encontra-se em Angola, pelo que a operadora já estava a sentir necessidade de os acompanhar naquele país. No caso do Brasil, a Oni pondera comprar uma empresa, encontrando-se neste momento a analisar operações concretas na área do IP, com facturações entre 50 e 100 milhões de euros. No entanto, o presidente admite que no país da América do Sul vão "avançar com mais cautela que em Angola. Estamos à espera de uma boa oportunidade".

Banca


Banco Caixa Totta expande rede de balcões


O banco Caixa Totta foi recentemente criado em Angola, mas já anunciou que vai investir mais de 100 milhões de dólares (cerca de 67,7 milhões de euros) na expansão da rede de balcões para todas as províncias angolanas.

Criado a partir do banco Totta Angola, o Caixa Totta é participado pela Caixa Geral de Depósitos, pelo Santander e por dois empresários angolanos anónimos. Francisco Bandeira, vice-presidente do grupo CGD, confirmou, em entrevista à Lusa, que a pouca expressão do Totta Angola, quer em quota de mercado quer em número de balcões, vai sofrer uma profunda alteração no próximo ano.

"O banco Totta Angola tem pouca expressão quer em quota de mercado quer em número de balcões, mas o banco Caixa Totta Angola vai querer mais expressão e mais unidades pelo país", esclareceu, definindo como objectivo prioritário o desenvolvimento de acções que permitam ao Caixa Totta assumir-se como um "continuador do crescimento em segurança do Totta" e "um banco seguro e sólido", para incentivar o investimento português. Francisco Bandeira quer que os empresários "sintam no neste banco uma continuidade da Caixa Geral de Depósitos (CGD)".

"Queremos crescer em todo o país, queremos estar nos principais investimentos das empresas portuguesas em Angola, queremos estar também nos importantes investimentos que se anunciam para Angola", definiu, manifestando o interesse em fazer do banco "essencialmente um banco de empresas", daí "partir para um banco de particulares, mas reforçando a componente de banco de empresas".

Pela frente, o Caixa Totta tem ainda um trabalho de redimensionamento, de refrescamento da imagem, da dignificação dos balcões, desde logo da sede, onde está em negociações para adquirir novas instalações. "Dentro de um ano e meio estaremos em todas as capitais de província, em seis meses duplicaremos o número actual de balcões e no próximo ano atingiremos 35 unidades de negócio no país", finalizou.

Crédito

BNI concede de USD 15 milhões para créditos



O Banco de Negócios Internacional (BNI) dispõe de 15 milhões de dólares norte-americanos, destinados à concessão de créditos às pequenas e médias empresas da província da Huíla. A informação foi veiculada hoje pelo presidente do conselho de administração, Mário Palhares.

O dirigente revelou à Angop disse que a quantia compõe um pacote de 50 milhões de dólares que o banco tem disponível, com a finalidade de conceder créditos a empresas nacionais, no âmbito do processo de reconstrução nacional. O responsável encontra-se na província numa visita de trabalho.

Mário Palhares afirma que o referido programa constitui um incentivo ao desenvolvimento da classe empresarial da província e engloba um leque de produtos e serviços para dar resposta aos interesses de todos os seus clientes.

O presidente do BNI declarou que o banco tem concedido empréstimos aos seus clientes no Lubango, sem, no entanto, adiantar números. Acrescentou que aprovou uma verba específica para atender os pequenos e médios empresários.

O BNI possui três agências da Rede Expresso 24 horas e um centro de negócios, no Lubango. Além de Luanda e Huíla, o banco está presente nas províncias de Cunene, Benguela, Cabinda, Huambo, Kwanza Norte e Kwanza Sul, Zaire e Lunda Norte.