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A 1ª edição 2012 da Angola'in é pura sedução! Disponível em Angola e Portugal, a revista marca o seu regresso ao bom estilo das divas: com muito glamour e beleza. Uma aposta Comunicare que reserva grandes surpresas para os seus leitores

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fotoreportagem



As quatro mães de Agosinho Neto



O poema “Adeus à hora da largada” do
poeta Agostinho Neto retrata na plenitude
algumas das imagens que se seguem. A
Mãe Negra, biológica, a Mãe Pátria, a Mãe
Continente e a Grande Mãe Cristã. MãeÁfrica
é um recurso simbólico diante da
necessidade do continente desejar uma maior
afi rmação racial, cultural, social e política
frente a séculos de luta. Razão pela qual, a
Mãe evocada é ao mesmo tempo a mãe negra
biológica - simbolizando a origem africana
-, a mãe pátria – a terra e nação angolana
-, a mãe continente – a África -, vista como
a progenitora da raça negra -, e também
a Grande Mãe Cristã – a Virgem Maria
-, em razão da formação evangélica e da
assimilação cultural sofrida. Estas crianças
que hoje mostramos encarnam na perfeição
todas estas Mães. Jovens gaiatas, de sorriso
cintilante, leoas que de olhos fechados estão
todos os dias mais perto. Por ti, por mim,
pelos meus irmãos, gazelas que fogem do
ignóbil e mantêm a luz no olhar.













Ciberguerra



A ‘bomba atómica’
da era moderna








Da mesma forma que no passado a bomba atómica mudou a guerra e as estratégias de dissuasão, uma nova corrida internacional começou a desenvolver verdadeiras armas cibernéticas e os consecutivos sistemas para proteger-se delas

As novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) permitem, hoje, uma nova forma de guerra, com armas ainda mais assustadoras do que as armas nucleares ou o terrorismo – a ciberguerra. Uma nova geração de armas online, que permitem, por exemplo, sabotar e encerrar centrais eléctricas, redes de telecomunicações, sistemas de aviação ou congelar mercados financeiros de outros países. Nos EUA, desde a presidência de G.W. Bush, com algumas experiências efectuadas no Iraque e no Irão, debate-se sobre a possibilidade de desenvolver esse tipo de armas online, com efeito defensivo, na tentativa de construir melhores defesas contra esses ataques e criar a dita nova geração de armas online. As inovações mais modernas que estão a ser estudadas permitiriam a um programador do Pentágono entrar
subrepticiamente num servidor russo ou chinês, por exemplo, e destruir um botnet (programa potencialmente destrutivo usado para infectar computadores de uma vasta rede, que pode ser controlado clandestinamente) antes deste software nocivo poder ser libertado nos EUA. Os serviços secretos poderiam também activar um código malicioso que é secretamente incorporado em chips de computador durante o seu fabrico, permitindo aos Estados Unidos controlar os computadores dos inimigos por acesso remoto activado sobre a internet. Este, claro, é precisamente o tipo de ataque que os responsáveis receiam poder ser lançado contra alvos norte-americanos através de chips ou computadores fabricados na China. Exemplos de desconfiança e espionagem idênticos aos que as tropas dos EUA no Iraque fizeram quando quiseram atrair membros da Al Qaeda para uma armadilha, entrando nos computadores do grupo e modificando a informação que os dirigia ao alvo de armas americanas. Ou, quando Bush ordenou novas maneiras de desacelerar o programa nuclear do Irão, em 2008, aprovando um programa
experimental secreto, embora de resultados incertos, para entrar nos computadores de Teerão. Os episódios de utilização destes recursos têm vindo a amontoar-se.
No entanto, a questão que se coloca é a de saber até que ponto será legítimo o uso de um tipo de arma e de guerra assustadoramente desigual, tentacularmente dissimulada e que pode pôr em risco, de modo
avassalador, bens e serviços essenciais e assim afectar a segurança e vida de milhões de pessoas, quando não minar, totalitariamente, a liberdade individual de um vasto número de cidadãos do mundo. A guerra, como actividade humana, também deve ter regras eticamente determinadas. Depois da prisão sem julgamento e da tortura em Guantanamo de Bush, os EUA de Obama enfrentam agora uma nova problemática, com contornos éticos altamente complexos, sobre a sua política de defesa. Até ao momento, o máximo que se sabe é que o Pentágono encomendou a fornecedores militares o desenvolvimento de uma réplica secreta da internet do futuro. O objectivo é simular o que seria necessário para os adversários fecharem as fábricas de energia, as telecomunicações ou os sistemas de aviação de outros países. A estratégia norte-americana consiste, para já, em criar melhores defesas contra esses ataques, assim como uma nova geração de armas online. Em declarações recentes, oficiais militares e de inteligência, assim como especialistas externos, descreveram um enorme aumento na sofisticação das capacidades de guerra cibernética americana.



Actualmente, no entanto, não há uma ampla permissão para as forças americanas entrarem na ciberguerra.

NORTE-AMERICANOS NA DIANTEIRA
Espera-se que o novo presidente dos EUA, Barack Obama venha a propor, dentro em breve, um esforço defensivo melhor estruturado e mais alargado, o que inclui um suporte extra avaliado em 17 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros) para um programa de cinco anos, aprovado pelo Congresso em 2008, que põe fim à guerra burocrática para definição de uma política nacional contra ciberataques. Um anúncio offi cial inesperado, uma vez que não é previsível que o presidente faça grandes revelações sobre as capacidades ofensivas norte-americanas, nas quais os serviços secretos do país têm gasto milhões de dólares. Nos últimos meses, vários responsáveis militares e de inteligência, bem como especialistas externos descrevem um grande aumento na sofisticação das capacidades de defesas dos EUA contra a ciberguerra. Muitos dos aspectos desta aposta norte-americana para desenvolver ciberarmas e definir o seu uso adequado são confidenciais, facto que faz com que muitos responsáveis se recusem falar publicamente do assunto. A própria Casa Branca tem recusado diversos pedidos de entrevista sobre o tema e nem sequer clarifica a posição de Obama – se é a favor ou contra o recurso a ciberarmas pelos norte-americanos.
Claro que a ciberguerra não é considerada tão mortífera como uma guerra atómica, nem igualmente visível ou dramática. Porém, em Maio de 2007, Mike McConnell, ex-director dos serviços secretos, informou Bush sobre a ameaça de uma forma inequívoca. Um só ataque bem sucedido a um grande banco ‘teria um impacto na economia global maior que o 11 de Setembro’. Segundo McConnell, “a capacidade de ameaçar as reservas monetárias norte-americanas é o equivalente actual de uma bomba atómica”. Os cenários desenvolvidos no ano passado para Obama por McConnell e o seu coordenador para a cibersegurança, Melissa Hathaway, foram mais longe. Incluíam diversas vulnerabilidades incluindo um ataque a Wall Street e uma operação para deitar abaixo a rede eléctrica nacional. E eram na sua maioria extrapolações de ataques já tentados no passado. As autoridades militares dos EUA temem que
as leis e as regras dos confl itos armados não sejam aplicadas no cibermundo, onde os alvos mais vulneráveis são civis. “A Rússia e a China têm muitos hackers nacionalistas”, lembra uma fonte militar.

AVANÇO DA CENSURA
A ciberguerra envolve limites à informação. Na web, a censura avança em força, mas há meios para a contornar. O governo iraniano, por exemplo, censura, mais do que qualquer outro, o que os seus cidadãos podem ler online, recorrendo a uma tecnologia específica para bloquear milhões de sites da internet com notícias, comentários, vídeos, música e, até há pouco tempo, o Facebook e o Youtube.
Em sites muito populares que oferecem downloads gratuitos de software surgiu, em Julho de 2008, um programa informático que permite aos iranianos esquivarem-se às limitações censórias do governo. Os primeiros a descobrir o alçapão foram estudantes universitários, que passaram a notícia através de
emails e partilha de ficheiros. No fim do Outono, mais de 400 mil iranianos navegavam na web sem censura. O software foi criado por peritos informáticos chineses, voluntários do Falun Gong, o movimento espiritual que o governo da República Popular suprimiu em 1999. Os peritos mantêm uma série de computadores em centros de dados pelo mundo inteiro para reencaminhar os pedidos dos utilizadores
da web de modo a contornar os firewalls dos censores. A internet já não é apenas um canal essencial para comércio, entretenimento e informação: tornou-se também o palco do controlo estatal e da rebelião contra ele.



Os computadores estão a tornar-se cada vez mais vitais nos conflitos mundiais, não só na espionagem e nas acções militares, mas também para determinar que informação chega às pessoas no planeta. Existem mais de 20 países a usar sistemas sofisticados para bloquear e filtrar conteúdos da internet, revela a organização Repórteres Sem Fronteiras, grupo sedeado em Paris que promove a liberdade de
imprensa. Embora os sistemas de filtragem mais agressivos tenham sido instalados por governos autoritários, como o de Irão, China, Paquistão, Arábia Saudita e Síria, algumas democracias ocidentais começaram também a filtrar conteúdos como a pornografia infantil e material de natureza sexual. Uma amálgama heterogénea de activistas políticos e religiosos, defensores das liberdades civis, empresários
da internet, diplomatas, militares e agentes de serviços de segurança está agora a combater a crescente censura da internet. Os criadores do software usado pelos iranianos pertencem ao Global Internet Freedom Consortium, cuja base está sobretudo nos Estados Unidos e tem estreitos laços com o Falun
Gong. O consórcio é um dos muitos grupos que estão a desenvolver sistemas para tornar possível
o acesso à internet aberta. Neste jogo do gato e do rato, o gato contra-ataca. O sistema chinês, por exemplo, que os opositores designam por a Grande Muralha da China, é em parte construído com tecnologias ocidentais.
Razão pela qual, hoje o governo chinês emprega mais de 40 000 censores em dezenas de centros regionais e centenas de milhares de estudantes recebem dinheiro para inundar a internet com mensagens do governo para afogar a intervenção dos dissidentes. Isto não quer dizer que a China bloqueie o acesso
à maioria dos sites da internet: grande parte do material existente na web está disponível aos chineses e sem censura. Os censores do governo censuram sobretudo grupos considerados inimigos do Estado. O bloqueio deste de grupos com esta nomeação é, cada vez mais, insidioso porque a tecnologia de filtro tornou-se bastante sofisticada. Os governos podem bloquear palavras ou expressões sem que os utilizadores se dêem conta de que as suas pesquisas na internet estão a ser censuradas. Quem apoia os opositores da censura critica os sistemas geridos pelo governo, declarando-os o equivalente digital do Muro de Berlim.
Também vêem no combate anticensura um poderoso instrumento político. Todas as semanas, a internet da China recebe 10 milhões de mensagens de correio electrónico e 70 milhões de mensagens instantâneas do consórcio. Mas, ao contrário do correio não solicitado (o spam), as mensagens oferecem software para contornar os sistemas governamentais que bloqueiam o acesso a sites da web de grupos
da oposição.

Património



Passado vs Futuro




A lei do património cultural estipula que monumentos são obras de arquitectura notáveis pelo seu interesse histórico, arqueológico, artístico, científico, técnico ou social. Num período em que os cidadãos vêem nascer modernos empreendimentos habitacionais, empresariais e turísticos de grande envergadura, surge uma questão pertinente: o ordenamento das cidades salvaguarda a herança histórica e regula o crescimento urbano em função do património existente?

Os 27 anos do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foram assinalados envoltos em polémica, uma vez que a demolição do património histórico e cultural para dar lugar a prédios modernos e projectos que
não aproveitam as estruturas antigas têm causado indignação entre os habitantes. De facto, uma panóplia de edifícios classifi cados já não existe ou está na iminência de desaparecer. Para acalmar os ânimos, o Presidente da República apelou para “que se respeite a combinação da tradição com a modernidade, de modo a que os registos patrimoniais do passado, desde que seja imprescindível a sua preservação, possam conviver harmoniosamente com as soluções arquitectónicas e urbanísticas de vanguarda”. A razão apontada para a demolição de tantas construções históricas prende-se com a degradação dos espaços.
Os mais emblemáticos estão a ser restaurados. Porém, inúmeros monumentos, serão arrasados. Muitos defendem que no mínimo deveria preservar-se os aspectos arquitectónicos, de forma a salvaguardar a história. A Angola’in revela algumas das maravilhas nacionais, que ainda resistem aos tempos modernos.


Cristo-rei
Localizada no centro geográfi co do país, no município de Kamacupa, a estátua, eternamente associada ao Cristo Redentor brasileiro, está na serra da Chela a mais de 2100 m de altura abraçando a cidade de Lubango. A imagem do Cristo de braços abertos é o patrício da região, sendo ponto de visita obrigatório.
fortaleza de s. pedro da barra
Edifi cada sobre as ruínas do Forte Cassondama, esta construção do século XVII abraça o estilo da arquitectura militar colonial. Para além da função defensiva, a fortaleza serviu de albergue de escravos, que eram enviados para a América. A partir de 1961 foi transformada em prisão para os nacionalistas angolanos.



Fortaleza de s. miguel
Erguida em 1576 para defender a cidade, a estrutura alberga actualmente o Museu das Forças Armadas, criado em 1975, após a implantação da Independência. O acervo da galeria é vasto. Nela pode encontrar-se fotografias, aviões bimotores, armas diversas e artefactos, manuseados durante as batalhas travadas pela libertação da colónia, bem como estátuas das personalidades Diogo Cão, Paulo de Novais e Agostinho Neto.
monumento da batalha do kifangondo
É o representante dos símbolos de Angola: duas rodas dentadas semi circulares, uma catana construída como uma fonte com três jactos de água e uma estrela com luz eterna. O mural possui seis placas em bronze, exibindo as sequências do combate feroz entre as forças coloniais e os nacionalistas.



Ruínas de massangano
O Forte de Nossa Senhora da Vitória de Massangano (Kwanza-Sul) adquiriu valor histórico por nesse local se ter desencadeado a famosa batalha, que em 1580 envolveu as forças portuguesas e o rei Ngola Kiluange. A fortificação foi criada pelo capitão português Novais para defender o presídio. Foi refúgio para muitas figuras históricas.


Igreja de nazaré
Construído em 1664, quase sobre a água, o edifício foi erguido a pedido do governador André Vidal de Negreiros como forma de agradecimento por ter sido salvo de um naufrágio. No local, está sepultada a cabeça do rei do Congo, Garcia II, capturado na batalha de Ambuíla. No interior da igreja, que é um santuário e foi recentemente restaurada, destaca-se a imagem negra da Santa Ifigénia da Etiópia.
monumento da independência
A mais recente obra homenageia a memória do primeiro presidente, Agostinho Neto. Localizado no Largo da Independência, onde a 11 de Novembro de 1975 foi proclamada a autonomia, o mausoléu e o respectivo arranjo urbanístico podem ser apreciados a partir de vários pontos da cidade.

Agricultura


Sector privado deve envolver-se na cafeicultura



O responsável provincial do Kwanza Norte do Instituto Nacional do Café de Angola (INCA), Tavares Hombo Geremias, considerou hoje em Ndalatando, de pertinente o envolvimento do sector privado na cafeicultura, para facilitar o relançamento da actividade na província.
Em declarações à Angop, o responsável adiantou que o envolvimento do sector privado superaria os actuais níveis de produção de café na província e facilitaria o cultivo de todas as áreas destinadas à cafeicultura.
O INCA no Kwanza Norte, esclareceu, trabalha com grupo de famílias por falta de empresas ligadas à produção do café.



Informou que a província controla quatro mil e 95 fazendas familiares e empresariais, estando presentemente em actividades 760 de carácter familiar, ocupando uma área de 16 mil hectares, dos quais oito mil a produzirem plenamente.
Referiu que algumas fazendas estão a ser reabilitadas pelos proprietários, enquanto outras continuam abandonadas por razões desconhecidas.
Até 2005, disse, altura em que se interrompeu o processo de alienação de propriedades agrícolas, tinham sido adjudicadas 50 fazendas de café para fins empresariais, estando nessa altura quase todas inactivas, por suposta dificuldades financeiras dos proprietários, deixando perto de 92 mil hectares de terras sem serem exploradas.
Segundo o responsável provincial do INCA, se todas as fazendas estivessem a produzir teria sido superada a actual produção, estimada em mais de 80 toneladas anuais em média e aproximar os níveis de produção da província aos do Uíge, considerada o maior produtor de café actualmente.
Tavares Geremias disse estar preocupado pelo facto de alguns fazendeiros do município do Golungo-Alto estarem apenas interessados com o corte de madeira nas fazendas que lhes foram cedidas em detrimento da cultura de café.
Apesar de reconhecer o valor do corte de árvores para a limpeza dos cafezais, disse que não devia sobrepor-se ao cultivo de café, a principal actividade pelas quais foram adjudicadas as fazendas.
A província do Kwanza Norte dispõe de mais de 100 mil hectares de terras para o cultivo de café.

Comércio


Presild reduz investimento




O Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e Distribuição de Bens Essenciais à População (Presild) reduziu para um bilião e 524 milhões de dólares norte-americanos o seu plano de investimentos avaliado em três biliões e 840 milhões de dólares norte-americanos, disse hoje à Angop o chefe do gabinete de comunicação, marketing e publicidade, João Pedro.
O plano consubstanciado na construção de infra-estruturas comerciais de pequena, média e grande dimensão, nas 18 províncias de Angola, sofreu tal corte nas suas despesas devido aos efeitos da crise financeira mundial.
Do total do valor inicialmente previsto para as despesas do Presild já foram gastos USD 600 milhões na construção de infra-estruturas comerciais como as lojas “Nosso Super”, “Poupa Lá”, mercados municipais, lojas pedagógicas, Shopping Nosso Centro e Centros de Logística e Distribuição (Clods).
A fonte informou que o programa previa a construção de 285 infra-estruturas comerciais em todo país, até 2012, mas erguerá apenas mais 65, uma vez que 48 já estão construídas e em funcionamento.
Disse que, embora o programa tenha sido repensado e redimensionado por força da crise financeira, as obras de construção de outros projectos estão em curso um pouco por todo país.
O Presild é um programa criado em 2005 pelo Governo angolano com o objectivo de assegurar o fornecimento de bens básicos à população, estabilizar preços no mercado, combater a especulação e acabar com o monopólio que se registava no sector comercial do país por parte de um grupo reduzido de empresários.
A implementação do Presild permitiu certo equilíbrio no preço dos produtos básicos, desconcentração e maior oferta de bens essenciais à população.

Economia


Tecmaia e Banco Africano de Investimento assinam protocolo


O Banco Africano de Investimento Europa (BAIE) vai apoiar as empresas instaladas no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia (Tecmaia) na concretização de negócios em Angola, no âmbito de um protocolo hoje assinado entre as duas instituições.
Em declarações à agência Lusa, Tavares Moreira, do BAIE, afirmou que a iniciativa resulta da aposta daquele banco na zona Norte de Portugal e que se traduziu já, em Junho, na assinatura de um outro protocolo de colaboração com a Associação Industrial do Minho (AIMinho).
"O BAIE, que abriu em Maio um escritório no Porto, constatou que a zona Norte, do ponto de vista do relacionamento comercial com Angola, é a mais forte do país", disse.
No caso do Tecmaia, onde estão instaladas cerca de uma centena de empresas na área das tecnologias de ponta, Tavares Moreira disse haver "muito interesse" no envolvimento com o mercado angolano.
Por outro lado, acrescentou, "Angola é um mercado com muito apetite por novas tecnologias", o que poderá potenciar a concretização de negócios com as empresas portuguesas instaladas no Parque de Ciência da Maia.
"Acho que num prazo muitíssimo curto vamos ter negócios", sustentou, afirmando estarem em causa quer a exportação de bens e serviços para Angola, quer a realização de investimentos directos naquele país africano.
O presidente do conselho de administração do Tecmaia, Bragança Fernandes, referiu que o protocolo hoje assinado pretende dinamizar o intercâmbio com Angola, país actualmente muito atractivo para as empresas portuguesas e que já havia sido referenciado por várias das unidades instaladas naquele parque.
"Queremos aumentar o número de empresas presentes no Tecmaia e o protocolo vai ajudar", afirmou o também presidente da Câmara da Maia, apontando como objectivo a duplicação da actual centena de unidades instaladas no parque e o aumento dos actuais 2.000 para 10.000 do total de empregos ali criados.
No âmbito da segunda fase de desenvolvimento do Tecmaia, actualmente em curso, Bragança Fernandes disse estar já assegurada a instalação no parque do centro de negócios da Adidas, do centro de investigação da Infineon (que actualmente está nas instalações da Qimonda de Vila do Conde) e do Pólo de Competitividade da Saúde (Health Cluster).
Nos termos do protocolo hoje assinado, o Tecmaia passará a informar o BAIE do interesse das suas empresas em desenvolver negócios em Angola, sendo estas informações utilizadas pelo banco com o objectivo de oferecer aos empresários "as melhores condições financeiras para a realização de transacções com Angola, sejam de investimento ou simplesmente comerciais".
Ao BAIE caberá ainda informar regularmente a Tecmaia sobre o "desempenho e perspectivas da economia angolana".
O BAIE é a filial em Portugal do Banco Africano de Investimentos (BAI), que está presente em Angola e Cabo Verde.

Visita de Estado


Zuma destaca oportunidades de negócios para empresários sul-africanos


O Presidente sul-africano afirmou hoje que a realização do Fórum Empresarial Angola/África do Sul foi uma oportunidade de negócios e desenvolvimento e, se ele fosse empresário, a agarraria com as duas mãos e investiria todo o seu dinheiro.
Jacob Zuma discursava na cerimónia de encerramento do fórum, que decorreu desde quarta-feira em Luanda, no âmbito da visita oficial de dois dias que está a realizar a Angola, e que contou com a participação de mais de 400 empresários angolanos e sul-africanos.
"Acredito que em ambos os lados (África do Sul e Angola), uma oportunidade singular foi aberta. Quem imaginava, há décadas atrás, que os homens de negócios da África do Sul e de Angola iam sentar-se lado a lado para juntos discutirem assuntos do progresso?", interrogou Zuma.
"Acredito que concordarão comigo que os esforços empreendidos para resolver os problemas da África Austral criaram oportunidades para negócios e desenvolvimento", frisou.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado da África do Sul defendeu o desenvolvimento de parcerias com outros países do continente, acrescentando que o seu país continuará a ajudar na reconstrução e desenvolvimento de África, especialmente nas situações pós-conflito.
"Tais programas irão requer a participação de todos os sectores, incluindo a comunidade de negócios, pois para que a paz seja preservada é necessário desenvolvimento e desta forma queremos parcerias com a comunidade de negócios, nas iniciativas de construção de paz, com vista ao alcance de um continente pacífico e estável", disse.
Na perspectiva de Zuma, "para pôr fim ao conflito e para que a paz seja preservada é preciso reconstruir o país devastado pela violência, porque se não o fizermos a violência voltará".
"É importante que os negócios de África vejam a paz como uma oportunidade para participarmos e criarmos negócios e beneficiarmos os cidadãos dos países", adiantou.
Por seu lado, o primeiro-ministro angolano, Paulo Kasssoma, referiu que Angola conta com a África do Sul para a aplicação do processo de diversificação da economia.
"Para a concretização dos nossos objectivos devemos revitalizar as nossas relações institucionais, no sentido delas impulsionarem todas as nossas acções de cooperação", afirmou Kassoma.