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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Indústria


Fábrica de cimento nasce no Kwanza-Sul



As obras de construção da fábrica de cimento, na comunidade do Cuacra, município do Sumbe, província do Kwanza Sul, prevêem terminar em 2012, anunciou hoje o seu Presidente do Conselho de Administração, João Marcos Sassa.
O responsável falava à imprensa, à margem da reunião entre a direcção da fábrica e as empresas construtora e fiscalizadora da obra, que serviu para, entre outras questões, analisar o estado de execução do projecto, iniciado no ano transacto.
De acordo com o responsável, neste momento está em fase de construção a base infraestrutural do edifício que será o suporte de todos os equipamentos, cuja chegada ao país está para breve.
As obras estão a cargo da empresa construtora ETA Star, do Dubai, e a fiscalização sob responsabilidade da angolana JVT.
A tecnologia a ser utilizada, segundo acrescentou é origem dinamarquesa.
Quando entrar em funcionamento, acrescentou, a empresa vai trabalhar igualmente para o desenvolvimento das comunidades circundantes, através da construção de obras de carácter social como escolas, hospitais, bem como no fornecimento de água e energia eléctrica.
Projectada com uma capacidade instalada de produção de um milhão e 200 mil toneladas/ano, o projecto está avaliado em 600 milhões de dólares e conta com o financiamento da multinacional sul-coreana Samsung Corporation.
O projecto prevê criar dois mil postos de trabalho.
O valor, notou, será utilizado na compra de equipamento para instalação da fábrica e na construção de uma ponte cais na comunidade da Carimba (Sumbe), para escoamento do material indispensável à fábrica de cimento.
A prospecção da área mineira, iniciada em 2003, foi concluída em Julho de 2005, conduzido por uma equipa de nove técnicos sul-coreanos e quatro angolanos, que constataram a existência de argila, calcário e outras matérias-primas necessárias para produção de cimento, com reservas de exploração calculadas até 100 anos.
Esta é a primeira fábrica do género em construção na província do Kwanza Sul.

Visita de Estado


UNITA considera visita de PR Jacob Zuma "nova era na cooperação" bilateral





A UNITA disse hoje que a visita de dois dias a Angola do Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, a partir de quarta-feira marca "uma nova era de cooperação e de consolidação das relações entre dois povos".
Em declarações a Agência Lusa, o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, considerou "importante e rodeada de muita expectativa" a visita que Jacob Zuma realiza a Angola entre quarta e sexta-feira.
"Consideramos importante essa visita, impulsionada pelo Presidente Zuma, no quadro da normalização das relações bilaterais, que também vai permitir a consolidação das relações entre os dois povos", disse sublinhando que "os Governos passam e os povos ficam".
Segundo o porta-voz do maior partido da oposição angolana, esta aproximação entre Angola e África do Sul deve ser encorajada "com actos concretos e não só políticos e económicos".
"Sob a visão de dirigentes sul-africanos, entre os quais o de Nelson Mandela, os sul-africanos devem ajudar Angola a consolidar o seu processo de democratização", frisou.
Jacob Zuma, que realiza a sua primeira visita oficial, depois de eleito presidente da África do Sul, em Maio passado, traz consigo uma comitiva com mais de dez ministros, destacados funcionários do Governo, além de uma delegação de empresários, considerada a maior que, desde 1994, participa de uma visita de Estado.

Banca


Banco central recusa desvalorizar kwanza e acredita em final do ano "positivo"



O Banco Nacional de Angola tem condições para manter o valor do kwanza ao nível actual, sem ter de recorrer à desvalorização da moeda, que deverá recuperar até ao final do ano, afirmou o vice-governador do Banco Central.
"Todos sabemos que houve uma queda acentuada das nossas receitas, uma redução das nossas reservas, mas ainda estamos em condições de estabilizar a moeda ao nível actual", afirmou hoje o vice-governador Ricardo Viegas de Abreu à Rádio Nacional de Angola.
"Estamos a tomar algumas medidas para estabilizar a situação e acreditamos que vamos ter um final de ano mais positivo", adiantou.
A quebra dos preços do petróleo, cujas exportações são fonte de perto de 90 por cento das receitas angolanas, causou uma descida de 30 por cento nas reservas externas angolanas no último semestre, para 12 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros).
Em resposta, o BNA restringiu os movimentos em dólares, fazendo disparar a procura pela moeda norte-americana, usada como referência nos negócios.
Em Abril, o BNA desvalorizou o kwanza em quatro por cento, para 78 kwanzas o dólar, significativamente abaixo do valor da moeda norte-americana no mercado negro, que pode atingir os 92 kwanzas.
Actualmente, adiantou o vice-governador à rádio angolana, "O BNA resistiu às tentativas especulativas e não há planos para desvalorizar a moeda nacional".

Diplomacia


Jacob Zuma e José Eduardo dos Santos aproximam as duas potências regionais


A visita oficial do presidente sul-africano a Angola, que se inicia quinta-feira, abrirá uma nova era no diálogo e nas relações entre Pretória e Luanda, mas na África do Sul as oportunidades de negócios são a grande atracção desta visita.
Os artigos, embora escassos, que têm sido publicados na imprensa sul-africana, destacam invariavelmente as enormes potencialidades do mercado angolano para as empresas sul-africanas, possuidoras de "know-how" e tecnologia para efectuar qualquer obra e enfrentar qualquer desafio.
O Ministério sul-africano das Relações Exteriores divulgou esta semana números das trocas comerciais entre Pretória e Luanda, que demonstram um aumento significativo em anos recentes, embora ainda a um nível modesto tendo em conta as potencialidades das duas economias.
As exportações sul-africanas para Angola cresceram dos 316 milhões de randes (28 milhões de euros) em 1994 para os 5,5 mil milhões de randes (486 milhões de euros) em 2007, enquanto as suas importações de Angola aumentaram de 17 milhões de randes (1,5 milhões de euros) em 1994 para 11,5 mil milhões de randes (1,02 mil milhões de euros) em 2007.
Embora não constitua surpresa que a grande parte das exportações angolanas para a África do Sul sejam produtos petrolíferos, as vendas de produtos sul-africanos a Angola abrangem uma vasta gama, desde alimentos a maquinaria e produtos acabados.
Na área de serviços os empresários sul-africanos já estão activos em campos como os cuidados de saúde privados, mas as áreas a explorar são vastíssimas, tendo a diplomacia económica sul-africana destacado a construção, exploração mineira, geração e fornecimento de energia, energias renováveis, construção de gasodutos e oleodutos e agricultura e pecuária.
No campo das relações políticas multilaterais, os dois presidentes discutirão a reforma de instituições como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Comissão da União Africana (UA), o G8 e as instituições Bretton Woods.
Mas é no campo das relações bilaterais que Zuma e Eduardo dos Santos podem conseguir progressos rápidos. As relações entre os dois estados têm sido frias e distantes desde 1994, ano em que o ANC, aliado histórico do MPLA, ascendeu ao poder nas urnas na África do Sul.
As opiniões dos comentadores e analistas sul-africanos divergem sobre as razões para o distanciamento: para uns trata-se do reflexo de uma rivalidade entre dois países que ambicionam ser potências regionais, enquanto para outros (na verdade, a maioria, foi a mal disfarçada animosidade entre o ex-Presidente Thabo Mbeki e Eduardo dos Santos que impediu a aproximação.
Para colmatar os erros e mal-entendidos do passado recente, Jacob Zuma, eleito em Abril deste ano, não só escolheu Angola para realizar a sua primeira visita de Estado, como juntou a maior delegação de políticos e empresários jamais reunida numa só viagem presidencial para o acompanhar a Luanda.
Zuma chega na quarta-feira a Luanda, mas a visita oficial só começa na manhã do dia seguinta.
No dia da chegada de Zuma, realiza-se uma conferência empresarial na capital angolana, que se espera poder abrir portas que há muito fechadas no campo das relações económicas.

Economia

Angola enaltecida pela estabilização das Reservas Líquidas Internacionais



O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu e enalteceu as medidas de política fiscal e monetária do governo angolano, na estabilização das Reservas Líquidas Internacionais do país, face à crise financeira internacional, segundo um relatório da instituição a que a Angop teve nesta terça-feira acesso.
O reconhecimento do FMI ao executivo angolano consta do relatório da missão daquele instituição financeira internacional realizada ao país na primeira quinzena deste mês (Agosto), na sequência de um convite do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, ao director geral do fundo, Dominique Strauss-Kahn, feito em L'Aquila (Itália) na última cimeira do G 8.
Liderada pelo chefe adjunto da Divisão do FMI para África, Lamin Leigh, a missão que esteve em Luanda de 3 a 7 deste mês diagnosticou o momento económico e financeiro de Angola, com principal incidência nos efeitos da crise economia e financeira internacional.
A missão conclui que as medidas de política fiscal e monetária que o governo angolano tomou nos últimos meses, entre as quais, restrições de moeda estrangeira no mercado financeiro, permitiu que o executivo do país estabilizasse as Reservas Líquidas Internacionais, que passaram de 19,5 mil milhões de dólares norte-americanos para 12,4 biliões, a diferença foi usada na estabilização do Kwanza, a moeda nacional.



Nesse quadro, o governo angolano injectou dólares norte-americanos no mercado para que a moeda nacional não flutuasse em função do disparar da moeda norte-americana.
Durante seis anos, o país teve uma taxa de câmbio regular, tudo a custa de um esforço financeiro grande, pois o Banco Nacional de Angola (BNA) teve que injectar, nos bancos comerciais, quantidades de dólares suficientes para que a procura do dólar não fosse exponencial.
Tendo em conta a actual crise financeira mundial, o Governo angolano parou com essa prática depois de ter verificado que a medida estava e esgotar as Reservas Líquidas Internacionais do país, acto que ficou conhecido com restrição da moeda externa.
Segundo o relatório dos especialistas do FMI, se o Governo angolano não tivesse feito a restrição da moeda externa em tempo útil, as suas Reservas Líquidas Internacionais do país seriam actualmente nulas, o que seria grave para um país em reconstrução e em desenvolvimento.
Nesse contesto, o diagnóstico da missão do FMI permitiu saber que não obstante os esforços que o país está a fazer para minimizar os efeitos da crise, Angola apresenta-se numa situação que requer ajuda especial daquela instituição financeira mundial.
A ajuda a conceder a Angola tem o objectivo específico de estabilizar a Balança de Pagamento, mecanismo que reflecte o que o país vende e compra do exterior. Em função do diagnóstico realizado pelo FMI concluiu-se ser necessário um acordo especial de financiamento entre as partes.
Depois da missão, que decorreu de 3 a 7 de Agosto, o país receberá uma segunda no mês de Setembro próximo, a qual se seguirá uma terceira, em Outubro, que, caso seja conclusiva, permitirá ao FMI assinar um acordo especial de financiamento com o Governo de Angola para minimizar os efeitos da crise na Balança de Pagamento.
Caso as negociações sejam conduzidas favoravelmente para as partes, o acordo especial com o FMI poderá entrar em vigorar a partir de Janeiro de 2010.