Bem-vindos ao blog da revista Angola'in!

Uma publicação dirigida a todos os angolanos, que pretende ser o elo de ligação da lusofonia. Queremos que este espaço seja mais um meio de contacto com os nossos leitores e todos aqueles que têm ligações a este país. O nosso objectivo é estarmos próximos de si e, com isso, esperamos acolher a sua simpatia e a sua opinião, como forma de enriquecer o nosso trabalho. O seu feedback é uma mais-valia, um estímulo para continuarmos a desenvolver um projecto inteiramente dedicado a si!

Angola'in à venda em Portugal e Angola

Angola'in à venda em Portugal e Angola
A 1ª edição 2012 da Angola'in é pura sedução! Disponível em Angola e Portugal, a revista marca o seu regresso ao bom estilo das divas: com muito glamour e beleza. Uma aposta Comunicare que reserva grandes surpresas para os seus leitores

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Média

Grupo Media Nova lança novo semanário




O grupo angolano Media Nova vai apresentar na quarta-feira o seu mais recente projecto, o Semanário Económico, que pretende ver como "referência no mercado".

O novo jornal económico angolano, explicou à agência Lusa o director, Pedro Narciso, vai sair para as bancas num formato broadsheet, inovador em Angola, com cinco cadernos de oito páginas cada.

Os cinco cadernos têm como denominação A, B, C, D e E e têm como temas centrais, entre outros, "Negócios e Mundo", "Macro e Finanças" ou "Emprego e Carreira", que também definem os cadernos.

O director do Semanário Económico destaca as novidades que o projecto introduz no panorama mediático angolano, como, por exemplo, a secção "Crude", do seu caderno B e com as quais pretende adquirir o estatuto de referência no mercado angolano.

Este é um projecto que Pedro Narciso destaca pela forma como apostou na formação de jovens jornalistas, numa redacção composta por 15 profissionais.

O Semanário Económico, que vai para as bancas todas as quintas-feiras, já conta com três títulos na área económica no mercado, como o Expansão, Jornal de Economia (estatal) e o Economia & Finanças, privado.

Pedro Narciso destaca ainda os colunistas do jornal, onde constam nomes como o de Ferreira Fernandes, Manuel Enes Ferreira (portugueses), como Laurinda Hoygaard, ex-reitora da Universidade Agostinho Neto, ou ainda dos cabo-verdianos, Francisco Rodrigues, director da empresa de sondagens África Sondagens, ou ainda do ex-director do Banco de Cabo Verde, Olavo Correia.

O Semanário Económico surge englobado num grande grupo de media, onde estão já o generalista O País, a TV Zimbo e a Rádio Mais, e num ciclo de grande pujança na imprensa angolana, com uma vaga de novos títulos, que começou há cerca de ano e meio com o Novo Jornal, onde a Escom, do grupo do banco BES, tem uma participação de 30 por cento.

O Expansão, do grupo Score Media também surgiu recentemente e este conta com uma parceria com o português Diário Económico.

Na dita imprensa tradicional, esta nova vaga levou a que alguns títulos apostassem numa profunda remodelação gráfica, sendo o exemplo mais visível o do Semanário Angolense.

Mortalidade


Governo quer travar alta taxa de mortalidade infantil


A média de crianças com menos de cinco anos que morrem em Angola é de 158 por mil nados vivos e cerca de 1400 mulheres sucumbem no parto em cada 100 mil, informou hoje o Ministério da Saúde.

Doenças como a malária, as diarreias agudas ou o tétano neo-natal são, segundo o Ministério da Saúde de Angola (MINSA), responsáveis por 60 por cento das mortes de crianças com menos de cinco anos.

Citando fonte do MINSA, a Agência de notícias angolana, Angop, sublinha que as autoridades de Luanda admitem que estes números são dos mais altos no mundo quanto a mortes de crianças com menos de cinco anos e de mulheres em consequência do parto, como organismos internacionais têm sublinhado.

O MINSA diz ainda que Angola "precisa baixar estes índices rapidamente" para níveis aceitáveis de forma a concretizar os objectivos propostos pelos objectivos do Milénio, até 2015, definidos pelas Nações Unidas.

Para isso, Angola propõe-se a reduzir em dois terços a mortalidade infantil e reduzir para três quartos a taxa de mortalidade materna até 2015.

A guerra que o país viveu entre 1975 e 2002 é apontada como a principal razão para estes números, indicando a Angop a destruição das infra-estruturas sanitárias e a concentração de pessoal médico nas cidades, onde estão 70 por cento dos médicos, 30 por cento do pessoal de enfermagem e 45 por cento do restante pessoal paramédico. Angola tem actualmente oito médicos para cada 100 mil habitantes, um registo abaixo da média de países comparáveis em África.

Perante este cenário, a agência de notícias estatal angolana adianta que 60 por cento da população não tem acesso aos serviços primários de saúde.

Economia

Ricardo Salgado defende criação de eixo Atlântico entre Portugal, Brasil e Angola


O presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado, defendeu em Luanda que o eixo Atlântico constituído por Portugal, Brasil eAngola pode ser um motor de inversão da crise mundial.

Na inauguração do novo edifício construído pela Escom em Luanda, que integra o GES, que teve lugar na noite de terça-feira, Ricardo Salgado manifestou-se "confiante" de que esforços conjugados entre Brasília, Luanda e Lisboa podem resultar em mais capacidade de atracção de capitais para investir em Angola.

Ricardo Salgado referiu que o mundo desde 2008 teve uma contracção, "uma crise económica violentíssima" de que a sua geração não tem memória, mas disse que há sinais concretos de recuperação, afirmando o exemplo de Portugal, que é "um dos sete países europeus" com taxas de crescimento positivas, "apesar de pequenas".

"Essa crise está a evoluir de forma mais favorável, os indicadores são melhores agora, quer nos EUA quer na Europa", notou, lamentando que, "infelizmente", os investidores orientem os seus capitais para os países que mais crescem, nomeadamente os EUA e a Europa, que "continuam a investir preferencialmente na Ásia".

Mas, reforçando a ideia de constituição de um eixo Atlântico "bem coordenado" constituído pelo Brasil, Portugal e Angola, podem ser criadas condições para "inverter esta tendência" e conseguir "atrair fluxos de capitais mais significativos para investir em Angola".

Para isso, Ricardo Salgado pediu uma "coordenação mais perfeita" e elogiou a prioridade do Brasil em investir em África, como o prova os investimentos das empresas brasileiras em Angola e Moçambique.

"Portugal, país pequeno e periférico da Europa, tem a capacidade de se relacionar melhor que qualquer um com África e a América Latina. Portugal é procurado por investidores europeus e norte-americanas para investimentos em Angola e Brasil", disse.

"É importante que a China mantenha o investimento em Angola mas é fundamental que o mundo ocidental, nomeadamente o eixo Atlântico, [consiga] desenvolver-se e possa contribuir para orientar capitais para Angola", apontou.

Ricardo Salgado esteve terça-feira à noite na inauguração do edifício Escom, apresentado como o mais alto da capital angolana , com 24 andares e 102 metros de altura, que custou 135 milhões de dólares (94,5 milhões de euros) e foi construída pela portuguesa Teixeira Duarte.

Iniciado em 2004, o Edifício Escom levou 48 meses a ser concluído e tem uma área de construção de 50 mil metros quadrados, divididos em sectores de escritórios, com 16 mil metros quadrados, habitacional, comercial e com seis pisos subterrâneos para estacionamento.

Toda a área posta à venda, a um preço de 7500 dólares (5250 euros) por metro quadrado, já está entregue.

O edifício da Escom está situado numa das zonas mais nobres de Luanda, entre o Largo do Kinaxixi e o Bairro do Miramar, onde se situam as principais embaixadas no país e onde o Presidente da República tem a sua residência privada.

Diamantes

Catoca mantém níveis de produção





Apesar da actual crise económica e financeira internacional, a Sociedade Mineira de Catoca, maior empresa de produção e de facturação na venda de diamantes em Angola, vai manter os níveis de exploração, anunciou o presidente do Conselho de Administração, Ganga Júnior.

Em declarações à Angop, Ganga Júnior confirmou que a actual conjuntura se mostra difícil para o sector. No entanto, garantiu haver já sinais de recuperação dos níveis de venda de diamantes por parte de Catoca, salientando que vão “continuar a manter" a "produção". O responsável admitiu que inicialmente "os preços foram afectados na ordem de 45 porcento", mas que já recuperaram "mais de vinte por cento, pelo que ainda podemos continuar optimistas”.

Ganga Júnior disse que a empresa está de facto a conviver com a crise, mas adoptou medidas cautelares para fazer face à situação, que passam pela redução de custos, manutenção dos níveis de produção e da força de trabalho.

Em 2008, a Sociedade Mineira de Catoca vendeu 6 milhões e 336 mil 737 quilates, registando uma ligeira recuperação em relação a 2007, durante o qual atingiu 6.118.475 quilates.


Petróleo


Total investe quatro milhões



A companhia petrolífera Total vai aplicar quatro mil milhões de dólares norte-americanos em vários projectos nacionais. A empresa e respectivos parceiros pretendem participar no desenvolvimento sustentável da nação. As afirmações são do director-geral de pesquisa e produção, Yves-Louis Darricare, que confirmou que os valores a investir serão aplicados em áreas de pesquisa e produção, nos domínios operados pela entidade na região.

Durante a cerimónia de apresentação do novo director-geral da Total Angola, Philippe Chalon, Yves-Louis Darricare explicou que " em relação ao investimento do ano 2008 houve um aumento de quase quatro por cento, daí o actual (investimento) de quatro mil milhões de dólares norte-americanos".

A Total lançou a nível mundial um programa de redução de custos que vai permitir manter os seus projectos de investimento em curso, particularmente em Angola. Quanto ao facto do preço do petróleo continuar em baixo, o representante mostra-se confiante e reitera que “é preciso investir para o futuro”. "Se não investirmos agora não vamos ter capacidade para atender a procura depois", sustentou.

O director-geral contou que o potencial de produção da Total em Angola neste momento é superior a 500 mil barris/dia, significando que a companhia opera pouco mais que em um quarto da produção petrolífera angolano.

O novo director-geral da Total Angola, Philippe Chalon pretende prosseguir na mesma linha de actuação dos eixos programados pela companhia, que consistem na produção petrolífera, na angolanização e no desenvolvimento sustentável.



Sociedade

Governo e OIT chegam a acordo sobre trabalho infantil

O Governo e a Organização Internacional de Trabalho (OIT) assinaram um protocolo de cooperação, com vista a combater o trabalho infantil no país. O tratado foi firmado entre o ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, Pitra Neto e pela directora da delegação sub-regional da OIT para a África Central, Dajina Magenga.





O documento, denominado "TACKLE", tem um carácter multi-sectorial e é financiado pela União Europeia. A sua finalidade consiste em desenvolver estratégias para proteger os menores do trabalho infantil, bem como potenciar a sua inserção em actividades escolares. O protocolo estabelece que as crianças beneficiam de especial protecção da Família, Estado e da Sociedade, que devem promover o desenvolvimento da sua intelectualidade.

O ministro angolano considerou que o Estado sempre se empenhou nesta causa, que se encontra salvaguardada na Constituição, no artigo 30º.

Dajina Magenga afirmou que o projecto deverá contribuir para a redução da pobreza nos países menos desenvolvidos e permitirá um acesso equitativo à educação básica e à formação das competências dos mais novos. “O governo angolano com a realização de fóruns nacionais sobre crianças manifesta o seu compromisso político ao mais alto nível da governação”, destacou.


Agricultura


Dois milhões de famílias assistidas



O Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) prevê, através da campanha agrícola 2009/2010, beneficiar dois milhões e 500 mil famílias camponesas. O apoio será concretizado em termos de apoios e assistência técnica. A notícia foi avançada pelo director-geral adjunto para a área técnica, Miguel Pereira. O responsável assegurou à Angop que pelo menos um milhão e 200 mil produtores familiares serão atendidos no âmbito do Programa de Extensão e Desenvolvimento Rural (PEDR), criado na época 2005/2006.

A preparação da actual campanha agrícola está já em curso, tendo sido criadas as condições necessárias desde sementes, instrumentos de trabalho fertilizantes e outros equipamentos agrícolas.
Assim, o IDA espera distribuir quatro mil toneladas de sementes diversas, das quais mil e 300 toneladas são de milho e as demais de feijão, massango, massambala, arroz e amendoim. O instituto pretende com estas medidas diversificar a dieta alimentar das populações, incentivando a criação de zonas de cultivo.
No quadro da melhoria da prestação dos seus serviços a produtores familiares, na campanha agrícola 2008/2009, o IDA perspectivou atingir pelo menos um milhões e 172 mil famílias camponesas, em termos de distribuição de sementes e meios de trabalho e assistência técnica, ou seja, distribuir quatro milhões e 520 mil instrumentos de trabalho, além de fertilizantes, juntas de bois para tracção, carroças e semeadores às empresas agrícolas familiares.
Os resultados da campanha agrícola 2008/2009 serão apresentados este ano.