
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Economia

Ambiente
O responsável provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Andrade Moreira Bahu, admitiu à Angop que pelo menos 11.300 hectares de florestas foram devastados nos últimos seis anos na província do Huambo, devido à exploração anárquica de madeira, acto que está a colocar em risco os principais perímetros florestais desta região. Andrade Moreira mostrou-se seriamente preocupado com os actuais índices de devastação das principais zonas florestais do Huambo.
Informou ainda que o perímetro florestal do Saquengue, no município do Katchiungo, é o que mais área de ocupação perdeu, seguindo-se o de Sandenda, no município da Caála.
Esclareceu que a exploração anárquica de recursos florestais afectou sete mil dos 18 mil hectares que o perímetro de Saquengue possuía, enquanto o de Sandenda (5 mil hectares) perdeu uma área de 2.650 hectares.
Andrade Bahu revelou que o perímetro florestal do Kuima (Caála) perdeu 850 hectares dos 17 mil que ocupa, ao passo que o do Mundundo, no município do Ukuma, sofreu uma destruição de 800 hectares dos oito mil que possui.
Embora não tenha apresentado dados concretos sobre o número de árvores derrubadas nos 11.300 hectares, explicou que cada hectare comporta entre 1500 a 1600 árvores diversas.
Afirmou que o pinheiro, cuja madeira é muito apreciada para a confecção de mobiliário e construção civil, é a árvore mais abatida nas zonas florestais da província.
Para pôr fim ao abate indiscriminado de árvores, quer em perímetros florestais e nas reservas naturais desta região, o IDF na província vai, a partir do próximo ano, aplicar punições severas aos exploradores anárquicos de recursos florestais e reforçar as suas brigadas de fiscalização. Anunciou também que o IDF já elaborou um plano estratégico para o repovoamento florestal das zonas que estão a ser destruídas.
Sociedade
Dez televisores, 20 ventoinhas, bem como um número não especificado de brinquedos e material gastável foram entregues hoje, quarta-feira, ao Hospital do Prenda, em Luanda, pela companhia de teatro "Horizonte Njinga Mbande", no âmbito do seu 24º aniversário.
Segundo Hamilton Ernesto, em declarações à Angop, após a entrega dos bens, membros da companhia visitaram os vários compartimentos do hospital, tendo dirigido palavras de afecto aos doentes.
Durante a sua permanência na unidade sanitária, a companhia encenou para os doentes e para os membros da direcção do hospital a peça “Casado Sem Casa”. Hamilton Ernesto considerou importante a participação dos grupos teatrais em actividades de carácter filantrópico. “Fomos movidos pela dor e solidão dos que se encontram internados", afirmou.
Em relação aos 24 anos da companhia Horizonte Njinga Mbande, o responsável referiu que o tempo vivido representa as várias batalhas que a associação teve de enfrentar para se afirmar no mundo cultural das artes.
A internacionalização dos actores da companhia, constituem as metas para os próximos anos, explicou adiantando que o grupo tem movido forças visando alcançar este objectivo.
Cultura

O director Provincial da Cultura no Namibe, Martinho Nganga, lançou hoje um apelo para uma maior atenção da sociedade na preservação dos valores culturais etnolinguísticos da região, sobretudo dos povos Hereros, actualmente divididos em Cuvales, Muimbas, Mahacahonas e Mumuilas.
Martinho Nganga abordou, numa entrevista à Angop, os hábitos e costumes dos povos Hereros, e referiu que é necessária uma participação activa de todos os angolanos na vida cultural do país e da região, em particular, de forma a preservar os hábitos e costumes destes povos. “Não há povo sem cultura e neste sentido a defesa e preservação dos valores culturais é uma acção que carece da atenção de todos como forma de ajudar o governo e os demais agentes culturais“, admitiu.
Para a fonte, a dança é outra das riquezas culturais e para tal é preciso maior atenção. “Existem dois grupos folclóricos, os Valuanjas e os Veiocutalas que representam as danças dos Hereros, sobretudo dos Cuvales que o sector pretende dar o seu apoio “, reforçou.
Acrescentou ainda que o governo angolano está preocupado com a inserção das línguas nacionais no sistema de ensino, tendo protagonizado uma política de incentivo para manter as etnias vivas do tecido cultural dentro do país e do mundo. Explicou ainda que não existe nenhuma diferença entre os diferentes grupos dos povos hereros, apesar de cada um ter uma linguagem tradicional diferente, mas cada um entende o outro, permitindo-lhes identificar o seu traço etnolinguístico.
Construção
O governador provincial de Malanje, Boaventura Cardoso, anunciou ontem, terça-feira, que a implementação do programa do Governo denominado "Cimento e tinta" terá incício ainda este ano na província. A novidade foi adiantada durante um encontro com os líderes religiosos da região. Na ocasião, acrescentou que o programa visa fundamentalmente a pintura das fachadas exteriores dos edifícios e residências, visando garantir melhor imagem da cidade.
Boaventura Cardoso considerou que o programa é importante, pois irá proporcionar um novo aspecto à cidade de Malanje. Por outro lado, o chefe do executivo local, fez saber que no âmbito dos 35 anos de independência, a província vai ganhar vários empreendimentos sociais, com destaque para a ponte sobre o rio kwanza e a linha de férrea Luanda/Malanje.
Considerou a ponte sobre o rio Kwanza de extrema importância, uma vez que ligará Malanje ao sul do país, impulsionando o desenvolvimento das regiões e a circulação de pessoas e bens.
Precisou que tendo em conta a chegada do comboio na província de Malanje, marcado para 11 Novembro, urge toda a necessidade dos líderes religiosos trabalharem no sentido de sensibilizarem a população a respeitarem a linha férrea por formas a se evitar acidentes.