
Novas áreas de conservação da biodiversidade
                       O  Ministério do Ambiente está a trabalhar na identificação de novas áreas  de conservação, no âmbito da preservação e protecção da biodiversidade  angolana, revelou no Lubango, o vice-ministro do sector, Sianga  Abílio.
Falando na abertura do primeiro  seminário internacional sobre a “Biodiversidade e o Desenvolvimento  Sustentável das Comunidades”, o responsável afirmou que se trata dos  mangais da voz do Rio Congo, floresta do Maiombe e que inclui ainda a  protecção de espécies como gorilas, chimpanzés, pacaças e o búfalo  vermelho.
Sianga Abílio sustentou, em declarações à Angop, que estas novas áreas serão incluídas na rede existente no país, nomeadamente os parques nacionais. Acrescentou  que o Ministério e os seus parceiros estão ainda a recuperar  as áreas de conservação, como parques nacionais e espécies ameaçadas de  extinção, com destaque para a Palanca Negra Gigante, cujos resultados  são animadores, com vista a garantir uma protecção efectiva da  biodiversidade.
O vice-ministro explicou que  a nova filosofia de gestão das áreas de conservação farão delas zonas  de desenvolvimento comunitário. Como exemplo, o responsável apontou o Parque  Nacional do Bicuar (Huíla), cuja reabilitação, com os esforços do  governo e parceiros, permitiu que este ficasse habilitado para acolher o ecoturismo. “O  Ministério do Ambiente está engajado na conservação da nossa riqueza  biológica e elaborou uma série de legislação que se juntam às  existentes, nomeadamente o decreto-lei sobre a avaliação de impactos  ambientais, licenciamento e auditorias ambientais, assim como a  estratégia nacional sobre a biodiversidade”, lembrou.
O  vice-ministro do Ambiente considerou que a degradação do habitat,  resultante das queimadas, da caça furtiva, desmatamento e obstrução das  rotas de transumância, deve ser travada, pois são actos que colocam em perigo a  diversidade biológica.
Sugeriu  ser importante o papel do sector privado e empresarial, das  organizações não-governamentais, nomeadamente na contribuição, sob forma de parcerias  público-privadas no melhoramento das condições de vida da população. Por  outro lado, afirmou que a organização deste seminário na Huíla, sob o  lema: “a biodiversidade e o desenvolvimento das comunidades  envolventes”, foi uma escolha feliz, tendo em conta a riqueza biológica  que a Huíla ostenta, fenómeno ligado ao tipo de clima onde é notório o  desenvolvimento do sector agro-pecuário.
O evento, uma iniciativa  da empresa UniOne em pareceria com o governo da Huíla e Ministério do  Ambiente, encerra domingo e reúne ambientalistas, administradores  municipais, militares e estudantes.