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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Justiça


Reclusos desejam verificação de prisão preventiva



Os detidos da Comarca da Província do Uíge pediram ao presidente do Tribunal Supremo, Cristiano André, que seja verificada a situação da prisão preventiva dos reclusos, de acordo com a Lei.
Essa preocupação vem exposta num memorando entregue ao magistrado judicial durante uma visita que efectuou ao estabelecimento prisional. No documento, os subscritores pediram o envio das certidões de sentença em tempo oportuno, no sentido de permitir que a direcção dos Serviços Prisionais elabore as propostas de liberdade condicional, em conformidade com a tabela dos mínimos de permanência estabelecidos.
Lê-se no documento, ao qual a Angop teve acesso, que foi pedido junto do Ministério do Interior que verifique a situação da remuneração de reclusos enquadrados no trabalho socialmente útil, com o propósito de ajudar a resolver problemas como os das multas aplicadas pelos Tribunais.
Na ocasião, Cristiano André garantiu que a maioria das preocupações colocadas já estão a ser tratadas a nível da magistratura judicial. Quanto à remuneração dos enquadrados no trabalho socialmente útil, fez saber que vai levar, mais uma vez, a preocupação ao Ministério do Interior que, acredita, está a estudar a situação.

Cultura

Livro reúne memória de antigos alunos do Liceu Salvador Correia


Pioneiro no ensino secundário em Angola, pelo Liceu Nacional Salvador Correia de Luanda passaram nomes como o do presidente da República de Angola ou do ainda ministro português Mário Lino, um percurso de mais de meio século reunido agora em livro.
Publicado para assinalar os 90 anos da criação do Liceu Nacional Salvador Correia de Luanda, o livro "Viva a malta do liceu!" percorre os 56 anos de existência da escola (1919-1975), fundada por Monsenhor Alves da Cunha e rebaptizada Liceu Mutu Ya Kevela, após a independência de Angola. "O objectivo é fazer um pouco da história do liceu e deixar depositada a memória dos que passaram por lá", disse à agência Lusa Miguel Anacoreta Correia coordenador da obra, que será apresentado sexta-feira em Lisboa.



Anacoreta Correia, também ele antigo aluno do liceu, lembra a importância da escola como "centro de irradiação de pensamento e cultura" do século XX em Angola e como local de formação das "novas elites angolanas".
Pelos bancos do Salvador Correia passaram personalidades como o actual presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, o ministro das Relações Exteriores angolano, Assunção dos Anjos, o ainda ministro português das Obras Publicas, Mário Lino, o actual presidente do Instituto Sá Carneiro, Alexandre Relvas ou a procuradora distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem. Dos seus tempos de liceu, Anacoreta Correia recorda particularmente "a enorme camaradagem", "as praxes simpáticas" e as "pugnas desportivas de grande rivalidade" com a escola industrial Oliveira Salazar. Para o antigo aluno, o sentido de camaradagem continua presente nos almoços de antigos alunos e nas tertúlias que se realizam todos os anos. "Num liceu, que ao longo de 50 anos teve cerca de 20 mil alunos, nos almoços há sempre cerca de 800 presenças, o que é significativo", disse.
Depois do livro, Anacoreta Correia, espera poder avançar com a publicação de uma revista sobre a história do liceu e acontecimentos contemporâneos de Luanda.
"Viva a malta do Liceu!" é uma iniciativa conjunta da Associação dos Antigos Alunos do Liceu Salvador Correia e das editoras Pangeia e Chã de Caxinde e terá uma tiragem de 2.500 exemplares.

Cooperação

Investimento chinês é alavanca do desenvolvimento



A China tem contribuído "imensamente" para o desenvolvimento de Angola e "sem exigências", constatou hoje em Macau o embaixador angolano, João Manuel Bernardo, ao salientar que se pretende o alargamento da cooperação a mais áreas.
"Angola tem já algumas condições para o seu desenvolvimento ao nível de infra-estruturas, com estradas, pontes, habitação, escolas e hospitais construídos graças ao apoio que tem recebido da China, através de créditos e investimento directo", observou o embaixador, em declarações à agência portuguesa Lusa, por ocasião da Feira Internacional de Macau, onde Angola marca presença com um stand. Ao constatar a relação "excelente" que Angola e China mantêm hoje e o peso da presença chinesa naquele país africano, João Manuel Bernardo considera "justo" afirmar que o gigante asiático "tem ajudado imensamente Angola a desenvolver-se, através de uma presença positiva, sem exigências de condições", facto que o país pretende realçar durante a próxima conferência ministerial sino-africana, no Egipto. "Queremos aprofundar esta relação para o benefício dos dois países, não só ao nível da construção civil, mas também da indústria, agricultura e formação", sublinhou o dirigente angolano, realçando que há mais de uma centena de estudantes angolanos entre o continente chinês e Macau, o que considera ser um sinal da "vontade e abertura dos dois países" para cooperarem.



João Manuel Bernardo falava à margem da 14ª edição da Feira Internacional de Macau, para a qual olha como uma "óptima oportunidade para encontrar a força e impulso ao investimento e para Angola aproximar-se mais dos países lusófonos e da China".
Angola marca presença na feira com um stand inserido no Pavilhão dos Países de Língua Portuguesa -- onde estão ainda Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor-Leste e Brasil --, procurando alavancar a importação de materiais de construção e a exportação de café. O representante do ministério angolano das Obras Públicas, Manuel Victor, explicou à Lusa que "se antes da independência nacional o país tinha uma oferta de materiais de construção de acordo com as necessidades, o mesmo não se pode dizer do período de desenvolvimento pós-independência". "É preciso relançar a indústria nacional de materiais de construção, não só criando unidades de produção novas, mas também recorrendo à importação, enquanto a oferta não for suficiente e, por isso, viemos até à feira de Macau para conhecer quem nos pode ajudar e potenciais investidores que poderão contribuir para o crescimento deste sector fundamental", sustentou.
A Cafangol está também presente na Feira Internacional de Macau, mas com o objectivo inverso, de alargar o negócio da exportação de café até à Região Administrativa Especial e à China, além de Portugal e Espanha, para onde já vende.
A responsável salienta que "não pode ser só a China a levar os seus serviços para Angola", ao defender que tem de haver mais intercâmbio entre os dois países, situação que a Cafangol está a procurar promover, tendo já assinado uma carta de intenções com uma empresa de Macau para a exportação de café durante o encontro empresarial entre a lusofonia e a China, no Rio de Janeiro.

Construção civil


Cimento e granitos são os mais importados



Dos 100 produtos mais importados por Angola, no segundo trimestre deste ano, o cimento ocupa a primeira posição com 628.526,11 toneladas, seguido de rochas como granito, porfírio, basalto, arenito e outras pedras de construção totalizando 89.741,27 toneladas.
Os cem produtos foram seleccionados de uma lista de, pelo menos, 36.512 bens diversos, que indica os cimentos, os granitos, os açúcares de cana, o arroz e o sal como sendo os primeiros cinco produtos que mais entraram em Angola no II trimestre do ano em curso. Segundo o boletim do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), documento onde vem expresso esses dados estatísticos, entre os principais fornecedores de produtos para Angola, isto é, por continentes, durante o segundo trimestre de 2009 destaca-se a Europa (na primeira posição) seguido da América e da Ásia.
Angola importou da Europa 943.018,28 toneladas de produtos diversos, 895.849,69 da América, e 733.890, 25 da Ásia, enquanto a partir de África foram importados 167.441,7 toneladas e da Austrália 672, 52 toneladas, anunciou a Angop.
O boletim menciona também os que mais exportaram para Angola, constando entre os principais mercados 86 países. A China lidera a lista, seguida de Portugal, Brasil, Espanha, Turquia e África do Sul na sexta posição. As posições de ordem são atribuídas mediante as toneladas importadas destes Estados para Angola.
Quanto aos importadores, o documento traz uma lista dos 100 maiores importadores do II trimestre de 2009, seleccionados de um total de 13 mil dos mais variados sectores de actividade. A Nova Cimangola vem a frente seguida da Angola LNG e do Grupo Arosfram, todas elas empresas angolanas.

Investimento


Lobito acolhe fábrica de moldes de construção de casas



A cidade do Lobito (Benguela) contará nos próximos dias com uma fábrica de moldes de betão para a construção de habitações. O lançamento da primeira pedra decorreu ontem, numa cerimónia presidida pelo ministro do Urbanismo e Habitação, José Ferreira, que está a visitar a província.
A fábrica, orçada em 8.800 milhões de dólares norte-americanos, tem capacidade de produzir na primeira fase painéis (moldes) para a construção de 500 moradias por ano de tipo II e III. De acordo com o presidente da empresa espanhola Mersa, que faz parte da sociedade Mersacer responsável do projecto, Ramon Rodrigo, a fábrica produzirá na segunda fase, dois anos depois, moldes para construir mil casas em 12 meses. Para o responsável, de acordo com informações da Angop, a construção da fábrica visa viabilizar o programa do governo de garantir condições materiais para a construção de um milhão de fogos para cidadãos.
Ramon Rodrigo admitiu a hipóteses de se construir fábricas de género em algumas províncias do país de acordo com o plano conjugado entre o governo e a sociedade. Os painéis de betão a serem produzidos oferecem resistência para serem transportados a longas distâncias onde deverão ser montados para a construção de moradias.
Os trabalhos da montagem da fábrica, que é a primeira em África, deverão ser concluídos no prazo de 120 dias a contar desta data em que foi lançado o projecto e contará 120 trabalhadores dos quais mais de setenta porcento angolanos.
O ministro do Urbanismo e Habitação, José Ferreira, visitou as reservas fundiárias dos municípios do Lobito, Benguela e Baía Farta que nos próximos dias serão loteadas de modo a iniciar com a construção das casas.