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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Moeda


Associação de bancos incentiva pagamentos em moeda nacional



A Associação dos Bancos Comerciais (Abanc) de Angola incentiva "fortemente" a realização de pagamentos para Angola relativos a bens e serviços em moeda nacional, kwanza, ao invés de moeda estrangeira, especialmente do dólar norte-americano. Este incentivo decorre da redução do preço do petróleo nos mercados internacionais, que trouxe como consequência a escassez da oferta de divisas no país.

Em comunicado divulgado hoje na capital angolana, a "Abanc" refere que a fraca oferta de divisas em Angola não só está limitar a execução dos pagamentos para o estrangeiro, como também por via daquele mercado poderá estar a limitar as vendas e levantamentos em numerário de moeda estrangeira nos balcões do bancos.

O documento da associação refere ainda que a venda livre de moeda sem justificativo é limitada a cinco mil dólares por pessoa, limite este que também se aplica às casas de câmbio. Para as operações comerciais de prestação de serviços, os bancos estão autorizados a executar, sem prévia autorização do Banco Nacional de Angola (BNA), até ao limite anual por beneficiário de 100 mil dólares. Acima deste valor, deverá ser solicitada por via do banco comercial a respectiva autorização e licenciamento prévio junto do BNA, indica o comunicado.

Esclarece ainda que o pagamento de operações de importação de mercadorias no valor até ao limite de 100 mil dólares pode ser realizado através de ordem de transferência, sendo que para valores superiores a este montante, se torna obrigatória a abertura de uma carta de crédito.

Acordo

Sonangol e ENI vão explorar em conjunto gás natural na província do Zaire


A petrolífera angolana Sonangol e a italiana ENI assinaram um acordo para a exploração conjunta de gás natural na província angolana do Zaire durante 20 anos. A notícia do acordo foi divulgada pela agência de notícias angolana, Angop.

O acordo entre a Sonangol e a ENI prevê a exploração no offshore(águas profundas) da província do Zaire, como no onshore. O documento contempla ainda a construção de uma central eléctrica e de gás e a edificação de um novo centro de formação de quadros para o sector petrolífero. O volume das trocas comerciais entre Roma e Luanda poderá atingir os mil milhões de dólares norte-americanos em 2010, sendo que em 2008 se fixou já nos 380 milhões, o que consubstancia um aumento de 45 por cento em relação a 2007.

O Presidente angolano José Eduardo dos Santos participa como convidado especial do chefe de governo italiano na cimeira do G-8.


Cimeira G8


Durão Barroso destaca participação angolana


O Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou hoje que a presença de Angola na Cimeira do G-8 demonstra que o país "está a assumir uma importância cada vez maior nas discussões das grandes questões mundiais". "Espero que Angola venha a dar um contributo para a resolução dos grandes problemas de África e globais", revelou, em declarações à imprensa.
Angola participa pela primeira vez num evento do género e de tamanha envergadura, levando o responsável máximo da Comissão Europeia a reiterar que "foi dos que se bateu para que este organismo também se alargasse e pudesse envolver países africanos". "Estou muito satisfeito por poder encontrar o Presidente José Eduardo dos Santos aqui", anunciou.
José Eduardo dos Santos encontra-se desde quarta-feira em Itália em visita de Estado e para participar nos trabalhos do grupo G-8, que agrega as maiores potências mundiais como os EUA, Alemanha, Canadá, Rússia, Itália, França, Reino Unido e o Japão.
O Chefe de Estado angolano discursa amanhã, num evento que tem a crise económica internacional como pano de fundo e tema primordial.

Agricultura

Compra de terrenos agrícolas em África terá "manual de boas práticas"



O grupo das oito economias mais industrializadas do mundo (G8) vai propor a criação de um "manual de boas práticas" para a compra de terrenos agrícolas em África, segundo o projecto de comunicado, divulgado após o término da reunião, que decorre em L´Aquila.

"Vamos trabalhar com os nossos parceiros e com as organizações internacionais para elaborar uma proposta comum sobre os princípios e as melhores práticas em matéria de investimento agrícola internacional", pode ler-se no documento.

O projecto inspira-se num recente relatório das Nações Unidas, que levanta dúvidas sobre a compra em grande escala de terrenos agrícolas em África pelos investidores privados e sobre os perigos que este fenómeno acarreta.

Entre os principais compradores, encontram-se a China e a Coreia do Sul, bem como alguns países do Médio Oriente. Este facto está relacionado com os interesses em produzir para exportar bens alimentares para os seus mercados internos.

"As compras de terrenos agrícolas estão em rápido crescimento em África e noutras zonas, acarretando o risco de que as populações rurais mais pobres percam os seus direitos sobre as terras e outros recursos naturais, se estas operações forem mal conduzidas", contrapõe o relatório da ONU, que resulta de um estudo em oito países.

O G8 discute amanhã a situação em África, numa reunião de trabalho em que participam a África do Sul, Angola, Etiópia, Nigéria e Senegal.



Entretanto, L'Aquila foi palco de protestos por parte de organizações não governamentais, que hoje acusaram o G8 de não cumprir as suas promessas de aumento da ajuda a África e pediram medidas urgentes. Recorde-se que em 2005, o grupo chegou a acordo para disponibilizar, até 2010, 50 mil milhões de dólares em ajuda aos países africanos, que se encontram entre os mais pobres do planeta. Segundo as ONGs (entre elas as Oxfam) faltam 23 mil milhões de dólares para que seja cumprida a promessa.

A reunião do G8 decorre até sexta-feira em L'Aquila.

Saúde

OMS quer erradicar elefantíase do país





O Ministério da Saúde de Angola anunciou hoje que vai elaborar em Agosto um mapa das zonas endémicas do país afectadas pela elefantíase, com o objectivo de erradicar a doença. O plano conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde.

O mapeamento dessas áreas tem como finalidade a caracterização dos municípios endémicos, de modo a proceder à implantação do programa de controlo e eliminação da doença. O projecto será aplicado em nove províncias, nomeadamente Uíge, Kwanza Norte, Bengo, Lundas Norte e Sul, Moxico, Kuando Kubango, Huíla e Benguela, pois são consideradas endémicas.

Com o intuito de preparar a acção no terreno, arranca hoje em Luanda a formação de um grupo de técnicos, que vão ensinar as entidades das províncias, para que possam investigar a real distribuição da doença. A especialista da OMS, Irene Langa, refere que a organização tem como meta eliminar a filaríase linfática até 2020. Daí ser necessário estabelecer um programa de controlo e eliminação da doença.

O plano consiste em medicar todos os indivíduos, infectados ou não, que se encontrem em zonas onde existe a doença e que se estima que sejam 1,2 milhões de pessoas.

"A OMS veio com esta preocupação porque é uma doença negligenciada. Ela não é mortífera e, por isso, não é considerada preocupante, como por exemplo o HIV, mas tem consequências graves", esclareceu a médica.

A filaríase linfática é uma doença causada por vermes, transmitidos por picadas de mosquitos, que vivem no sistema linfático em adulto e microfilárias no sangue. Depois de longos anos exposto à picada dos mosquitos, o indivíduo infectado pode apresentar como manifestações da doença a elefantíase e a hidrocele, que consistem no inchaço das pernas, braços, mama e do escroto. É também chamada de elefantíase por afectar nomeadamente os membros inferiores, deformando-os e dando-lhes um aspecto que faz lembrar a pata de um elefante.

Palancas Negras


Manuel José preocupado com falta de tempo


O treinador da selecção angolana de futebol, Manuel José, diz estar apreensivo com o facto de dispor de "pouco tempo" para preparar os "Palancas Negras" para a Taça das Nações Africanas (CAN2010), que decorre em Janeiro, em Angola.

O técnico português assumiu o comando da equipa em Junho e acredita que, apesar de faltarem cinco meses para a competição, possui apenas 45 dias de "tempo útil" para trabalhar com o grupo. Em declarações à Angop, o seleccionador nacional entende que o tempo é "demasiado curto" para conhcecer e moldar a equipa ao seu estilo. Porém, mostrou-se bastante optimista e garantiu que vai "acelerar o processo", de modo a conseguir um bom desempenho da equipa, num campeonato que é extremamente importante para o país.Uma das opções para conseguir melhores resultados é, segundo o técnico português, realizar encontros de preparação com as equipas que disputam o campeonato nacional "Girabola".

"Daqui até Janeiro não são cinco meses para nós, por isso vamos procurar tirar o maior proveito do tempo que tivermos que usar para acelerar o processo de formação da equipa. Teremos de usufruir de todo o tempo possível e da forma mais inteligente", esclareceu Manuel José.

Empreendedorismo

Mulheres são mais empreendedoras que homens





Um estudo mundial sobre empreendedorismo, que envolveu 43 países, revela que Angola é a única nação cuja população feminina é mais activa neste tipo de actividades do que os homens. Cerca de 25,2 por cento das mulheres envolve-se em acções empreendedoras contra os actuais 20,3 por cento de homens.

O estudo "Global Entrepreneurship Monitor (GEM)" foi apresentado pela primeira vez em 1999, numa iniciativa da norte-americana Babson College e da London Business School, do Reino Unido. No último ano, Angola foi integrada no programa e os resultados foram surpreendentes. A investigação sobre o contexto angolano esteve a cargo da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) e do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN), contando com o apoio financeiro do Banco de Fomento de Angola (BFA).

Augusto Medina, da SPI, liderou o projecto, cujos resultados da realidade angolana foram apresentados ontem à noite, na UCAN, em Luanda. O investigador destacou o facto de o país surgir no topo dos 43 envolvidos pelo facto de a população feminina ser soberana em matéria de iniciativas empreendedoras, nomeadamente no que toca à criação de novos negócios. Outra das conclusões a que o GEM-Angola chegou está relacionada com a Taxa de Actividade Empreendedora (TEA) que é de 22,7 por cento, ultrapassando países como a Bósnia Herzegovina, a Índia, o Egipto e o Irão, o que lhe permite atingir o topo das regiões com economias orientadas por factores de produção. Em relação às economias voltadas para a inovação foram analisados os Estados Unidos da América, a Islândia, a França, a Eslovénia, entre outros. Já ao nível da produção orientada para a eficiência, o estudo incidiu sobre países como o Peru, Argentina, México, Turquia e Roménia.

Contudo, a GEM-Angola aponta indicadores negativos, uma vez que apesar da elevada taxa de empreendedorismo, o país apresenta ainda algumas falhas, particularmente ao nível da área da formação e educação.

O Estudo resultou de inquéritos à população. Foram ouvidos 23 peritos nesta área e procedeu-se à consulta de documentação organizada por instituições e organizações internacionais, entre elas o Banco Mundial.

Num ranking com oito itens, Angola surge na 40ª posição, entre os 43 países, em matéria de "Começar o Negócio", ocupa a 32.º no que toca a "Obter Licenças de Construção", é penúltimo em termos de "Empregar Colaboradores" e último no "Registar Propriedade".

Perante este estudo, Emídio Pinheiro, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do BFA, entidade que financiou o projecto, sublinhou a importância do documento GEM-Angola, pois "permite conhecer melhor" as perspectivas para o desenvolvimento do país.