José Eduardo dos Santos convidado para cimeira do G-8

O presidente angolano José Eduardo dos Santos vai participar na próxima cimeira do G-8, que decorrerá em Itália, entre os dias 08 e 10 de Julho.
José Eduardo dos Santos convidado para cimeira do G-8
O presidente angolano José Eduardo dos Santos vai participar na próxima cimeira do G-8, que decorrerá em Itália, entre os dias 08 e 10 de Julho.
Lisboa e Luanda vão cooperar nas novas tecnologias
O secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna de Portugal, José Magalhães, considerou em Luanda "aliciante" avançar para uma cooperação com Angola na área das novas tecnologias aplicadas às fronteiras e no combate ao crime.
José Magalhães discursou na conferência "Liberdade e Segurança no Século XXI - Mudanças e Desafios na Era digital", que decorreu no auditório Pepetela do Centro Cultural Português, em Luanda. Um dos pontos centrais da sua apresentação assentou na inovação surgida nos últimos anos na área das fronteiras electrónicas. O secretário de Estado defendeu existir um campo de trabalho conjunto possível de explorar entre Portugal e Angola, semelhante ao que Lisboa está a fazer com os países da União Europeia.
"A criação de fronteiras electrónicas com controlos automatizados de pessoas, eliminação da papelada e melhoria da cooperação entre as polícias dos dois países permitiria ao cidadão honesto uma transição mais fácil", salientou.
Sociedade "convive com um vulcão"
A sociedade angolana "convive com um vulcão" que poderá "explodir a qualquer momento" se não foram tomadas medidas sérias contra a pobreza e a exclusão social. O alerta foi lançado pelo escritor e Prémio Camões, Pepetela. As afirmações foram proferidas ontem à noite, durante a apresentação do livro do escritor e sociólogo Paulo de Carvalho, que aborda a exclusão social em Angola, especialmente no que respeita ao caso dos deficientes.
"E se esse vulcão um dia explodir, não foi por falta de aviso", argumentou Pepetela, acrescentando que o livro é de todo o interesse para o poder público, "a todos os níveis". O autor Paulo de Carvalho defende, na sua obra, que os incapacitados fisicamente constituem o grupo social mais marginalizado em Angola. A ideia foi corroborada por Pepetela, que considerou que essas pessoas podem ser muito úteis à sociedade.
No livro de Paulo de Carvalho, este chama à atenção para a existência de mais de 150 mil deficientes em Angola, os mais expostos à exclusão social e considera que são urgentes programas de acompanhamento destas pessoas para que possam inserir-se na sociedade com o seu saber e ser útil, o que muitas vezes não acontece por causas como os preconceitos ou a falta de auto-estima, situações debeláveis com acompanhamento eficaz.