
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Serviços

Comércio

Apoio à legalização da venda de carros na rua
Os agentes económicos mostram-se interessados em legalizar o comércio de viaturas, que decorre na via pública. A ideia consiste em que o exercício da actividade possa ser feito sem prejudicar os agentes licenciados e possibilitar que as pessoas de baixa renda adquiram automóveis nas concessionárias, de acordo com os seus rendimentos.
Na efectuada pela Angop na capital angolana, os agentes económicos ligados ao comércio de viaturas foram questionados sobre a matéria e as opiniões foram unânimes. Todos afirmam que a legalização dos vendedores de veículos automóveis na via pública seria um passo importante para através das leis do mercado forçar as actuais concessionárias a baixarem os preços, mediante o aumento da oferta.
Gerónimo Kalunda, agente económico, foi peremptório ao assegurar que a compra de viaturas em stands de automóveis oferece mais vantagens de que os negócios na via pública, devido à existência de prazo de garantia e à segurança que transmite a quem compra um veículo novo. No entanto, afirmou compreender a opção feita por muitos cidadãos, fundamentalmente os de baixa renda, em adquirir viaturas (usadas) na via pública. Tal “deve-se ao preço relativamente acessível cobrado pelos agentes informais”. O comerciante reconheceu ainda que os vendedores ilegais causam prejuízo aos agentes legalizados, pelo que contribuem para o aumento dos rendimentos do Estado por via do pagamento de impostos. Para se pôr termo ao que chamou duplicidade, considerou urgente que a Direcção Nacional de Transportes Rodoviários do Ministério dos Transportes crie mecanismos simplificados e eficientes para a legalização dos comerciantes de automóveis não oficiais.
Maria Costa, técnica de telecomunicações, admite, por seu lado, que “mais do que eliminar este comércio seria viável a legalização da actividade informal neste ramo, desde que seja feita de modo ordeiro e em locais que não causem embaraço ao trânsito automóvel”. Maria da Costa considera que a entidade competente do Estado deve optar por legalizar os vendedores informais, obrigando-os a pagar impostos sobre a actividade que exercem e desta forma permitir que os vendedores continuem a ter um meio de sustentar e os compradores, a obter um carro com preços a seu alcance.
Negócios

A Sonangol Distribuidora encontra-se preparada para enfrentar a concorrência, anunciou o director da empresa em Cabinda, António Jeuscelino de Oliveira. A notícia foi divulgada no âmbito da abertura do mercado nacional a outras operadoras no sector de comercialização de combustíveis.
O dirigente afirmou que estão em curso uma série de medidas, que têm como finalidade a prestação de um serviço eficiente aos clientes, no qual se incluem as condições de armazenamento dos combustíveis no Terminal Oceânico de Cabinda (TOC), adstrito à Sonangol Logística. No que respeita à comercialização, declarou que a província de Cabinda consome em média 120 mil litros diários de gasolina, 292 mil litros de gasóleo/dia e 150 mil litros de petróleo iluminante/dia.
Em relação ao gás, o consumo médio é de 25 botijas de seis kg diárias e 775 botijas do mesmo tipo por mês, enquanto as de 12 kg têm um consumo diário de mil e 83 botijas/dia e 74 mil e 480 botijas mensais. Já nas de 51 kg, o consumo médio é de 45 botijas, o que perfaz mil e 395 botijas/mês.
O responsável territorial da Sonangol Distribuidora assegurou ainda que a empresa se prepara para os futuros desafios, que vão surgir com a implantação do Pólo Industrial do Fútila e com a necessidade de abastecimento de gás e gasóleo aos grupos geradores a serem instalados na zona industrial.
Apelo
Turismo
Ponte do Xangongo potencia turismo
O ministro da Hotelaria e Turismo, Pedro Mutindi, ministro da Hotelaria e Turismo, mostrou-se optimista quanto às mais-valias da inauguração da estrada Ondjiva/Humbe e da ponte sobre o Rio Cunene, no Xangongo, enquanto potenciadores da expansão da rede hoteleira nacional e do desenvolvimento do turismo no país.
Após a cerimónia inaugural das infra-estruturas, o antigo governador do Cunene confirmou, em declarações à Angop, que tal facto impulsionará as obras em curso nas províncias vizinhas, nomeadamente no que toca à construção de hotéis e a edifícios sociais, pelo que motivará muitos estrangeiros a investir no mercado nacional. "Essa ponte está no percurso que liga Angola à fronteira com a Namíbia e naturalmente vai permitir a turistas de distintas nacionalidades, principalmente de países da África Austral, virem conhecer o país e, quiçá, fazer investimentos", declarou, aludindo à organização do CAN em 2010. O sector hoteleiro em Angola está a crescer e tende a melhorar com a inauguração da referida estrada. "Só para ver, aqui no Cunene, quando começamos, não havia nenhum hotel e hoje já há algumas boas unidades", anunciou.
O responsável contou que estão em construção no Lubango cerca dez novos hotéis, à semelhança do que acontece em Benguela e Kwanza Sul.
"Paralelamente aos investimentos privados, o Governo angolano está a projectar a construção, a partir do próximo mês, de quatro novos hotéis para cada uma das províncias sedes do CAN. Ainda que estas obras não fiquem concluídas antes da prova, servirão muitos turistas em próximas ocasiões", afirmou, reiterando que as estradas Ondjiva/Humbe (108 quilómetros a ligar os municípios do Cuanhama e Ombadja) e a ponte de Xangongo (880 metros) constituem motivos de alegria e orgulho para os angolanos, pois impulsionará a circulação do norte para o sul e vice-versa.