
Vistos de 10 anos para investidores
Angola está a conceder vistos privilegiados de 10 anos a investidores estrangeiros e vai lançar em breve um mecanismo online para aproximar os empresários a Luanda. O responsável da Agência Nacional para o Investimento Privado angolana anunciou hoje que entre os vários benefícios que o Governo criou para atrair investimento estrangeiro no país, se inclui a concessão de um visto privilegiado de 10 anos.
"Depois de aprovado o projecto (de investimento), o investidor tem direito a um visto privilegiado, mas desde já alerto que, para beneficiar desse visto privilegiado, ele tem, no mínimo, que realizar o capital declarado até 80 por cento", referiu Olim Neto aos jornalistas à margem do "Access África Fórum", que decorre em Lisboa.
De acordo com o director da ANIP, "sem isso, o investidor não terá o benefício do visto privilegiado". Esta foi a forma encontrada pelo Estado para resolver o problema de vistos , situação que vigora há algum tempo.
Para facilitar a comunicação com potenciais investidores estrangeiros, o Governo prepara-se para disponibilizar uma ferramenta online para permitir troca de informações em tempo real.
"Estamos a concluir um link de interacção com os investidores. Não é necessário deslocarem-se a Luanda. O investidor coloca as suas dúvidas e nós, na hora, respondemos", explicou Olim Neto. De acordo com o responsável, este "será um veículo para aproximação da ANIP a potenciais investidores".
Na página de Internet da ANIP, já estão disponíveis as prioridades estabelecidas pelo Executivo de José Eduardo dos Santos em matéria de investimentos, os requisitos necessários para se investir em Angola e toda a documentação precisa. Agricultura e pecuária, indústria transformadora, transportes, saúde, educação e infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e aéreas são os sectores avançados pelo responsável como prioritários em Angola.
A todos os empresários estrangeiros que queiram investir nesses sectores, Angola "oferece" benefícios fiscais e aduaneiros. Olim Neto promoveu ainda os investimentos no interior do país, afirmando que a grande maioria está a ser feita em Luanda e Benguela. "O investimento português já se está a deslocar para o interior do país. Aplaudimos essa visão dos investidores portugueses", sublinhou.