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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Diplomacia

Angola e EUA reforçam relacionamento



Balbina da Silva, directora para América do ministério das Relações Exteriores, aproveitou o 233º aniversário da independência dos EUA, para afirmar que os responsáveis norte-americanos e Angola têm desenvolvido um grande trabalho para o incremento da cooperação em múltiplos sectores.

A responsável salientou o recente acordo comercial TIFA, celebrado entre os dois países e que permitirá que a cooperação seja alargada a áreas que não estejam relacionadas com o petróleo.

A directora garantiu que a visita do ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, em Maio último, permitiu o reforço de estratégias, pelo que as autoridades dos dois Estados esperam cooperar em todas as áreas da vida social.
"O Mundo está praticamente com os olhos virados para Angola", afirmou Balbina da Silva, justificando o interesse nos relacionamentos bilaterais.

Os Estados Unidos da América reconheceram Angola no dia 19 de Maio de 1993, 18 anos depois da proclamação da Independência Nacional, em 11 de Novembro de 1975.


Educação

Ministério lança rede de transmissão via satélite



O Ministério da Educação dispõe, a partir de hoje, de uma rede de transmissão e partilha de dados via satélite. O mecanismo é capaz de permitir, em tempo real, a troca e distribuição de dados e informações entre a instituição e as delegações provinciais.

Jaime Franco, director do Gabinete de Planeamento e Estatísticas do ministério explicou que a nova plataforma permitirá a realização, troca e gerenciamento das informações, como por exemplo dados estatísticos e perfis dos professores e director de escolas.
O sistema interno do Ministério da Educação está em conformidade com os "padrões internacionais", empregues para descrição e indexação de conteúdos via satélite. O seu acesso cabe apenas aos delegados provinciais e municipais que fazem parte da entidade. A nova tecnologia custou aos cofres do Ministério da Educação um milhão e 300 mil dólares.
A plataforma foi desenvolvida inteiramente com um software livre, pela empresa angolana Auvitel.
Numa primeira fase, beneficiarão da rede as províncias de Benguela, Kuanza-Norte e Luanda. No entanto, Jaime Franco garantiu que as restantes áreas estarão ligadas dentro de dois meses.


Infra-estruturas


Caminhos-de-Ferro aumenta oferta



O Chefe de Operações dos Caminhos-de-Ferro, Aurélio Russo anunciou que a empresa criou dois novos horários, que deverão colmatar as necessidades dos passageiros dos comboios suburbanos. As locomotivas são compostas por cinco carruagens, com capacidade para 200 lugares cada. Actualmente, as composições circulam em 16 horários (12 suburbanos por dia e quatro expresso), transportando em média 16 mil passageiros por dia.

O porta-voz da entidade garantiu que o aumento da capacidade de transportação irá minimizar a carência de meios de locomoção, que estavam a ser afectados devido às obras na via Viana/ centro e diminuir o número de taxis que circula ilegalmente.

Aurélio Russo referiu que as obras dos Caminhos-de-Ferro em Luanda decorrem a bom ritmo. A empreitada está avaliada em 90 milhões de dólares e engloba a criação de novas estações, a aquisição de locomotivas, carruagens e um sistema de comunicação moderno.


Economia

Governo estabelece regime de preços vigiados



Manuel Nunes Júnior, ministro da Economia anunciou hoje em Luanda que o Governo vai estabelecer um "regime de preços vigiados". A medida permite ao Estado intervir sempre que existam imperfeições no mercado.

O responsável anunciou a intenção durante o plenário da Assembleia Nacional, após o debate do Orçamento Geral do Estado revisto, que deverá ser aprovado no final do mês. "O Governo vai aprovar uma alteração do regime de preços no país para poder passar a integrar um regime de preços vigiados", revelou.

Nunes Júnior explicou que "haverá também um regime de preços vigiados para que o Governo possa intervir, sempre que verifique que os preços que estão a ser praticados não correspondem às forças do mercado, nomeadamente à lei da procura e da oferta". "Na economia de mercado, os preços em geral são estabelecidos de acordo com a lei da procura e da oferta, mas há situações em que esta lei não deve ser completamente considerada, devido a imperfeições que existam no mercado, em que existam monopólios ou oligopólios", prosseguiu, defendendo que nessas situações é indispensável a intenção do Governo.

O ministro referiu ainda que as autoridades se encontram "atentas" à existência de uma "ligeira depreciação" da moeda nacional (o kwanza) em relação ao dólar norte-americano. "O Governo está atento e a seguir este processo, só que o nosso regime é de taxa de câmbio flexível e não fixa. Vamos deixar a moeda flutuar livremente, mas não chegar a situações que possam ser socialmente prejudiciais, porque sabemos que a taxa de câmbio tem também um efeito nos preços da nossa economia", esclareceu, reiterando que o Estado está a acompanhar estas situações.



Reconheceu igualmente que se regista uma diminuição dos influxos de divisas para o país devido a baixa do preço do petróleo, uma vez que os recursos petrolíferos constituem a base fundamental das receitas de Angola. O titular da pasta da Economia explicou que, ao considerar em 37 dólares o preço de referência do barril do petróleo no Orçamento Geral de Estado revisto (apesar de se registar um aumento significativo), está a proteger-se para quando a economia se defrontar com uma eventual descida dos preços, de modo a que a execução orçamental se mantenha controlada.

Media

Jornalistas portugueses responsáveis por alterações no sector





O acréscimo do número de jornalistas portugueses a trabalhar em Angola está a reflectir-se em mudanças no panorama do sector, cuja forma de noticiar e grafismos são cada vez mais semelhantes. Actualmente, a quantidade de profissionais lusos ao serviço no país é sete vezes superior do que há três anos.

"Calculamos que estejam cerca de 40 jornalistas portugueses em actividade em Angola, mas não conseguimos controlar todos os freelancers", explicou o responsável do Sindicato de Jornalistas Angolano Teixeira Cândido, em declarações à Lusa, lembrando que em 2006 não existiam mais de cinco profissionais de comunicação portugueses. O responsável acredita que este fenómeno se deve às vantagens económicas oferecidas, levando os jornalistas portugueses a optar pelos media angolanos. "Os estrangeiros não podem ocupar lugares de direcção [nos media], segundo a lei angolana da imprensa, mas ficam como conselheiros", revelou.

"O panorama da comunicação social em Angola está a ficar parecido com o de Portugal porque os jornais e as notícias são feitos pelas mesmas pessoas", concluiu, afirmando que até "os projectos gráficos são já muito parecidos".

Este aumento representa já dois por cento do total de profissionais a desempenhar funções nesta área, tendo como consequência o "estimulo da competitividade local". O dirigente argumenta que "os jovens [jornalistas angolanos] sentem a falta de oportunidades", uma vez que os finalistas das primeiras licenciaturas em Comunicação Social, que arrancaram em 2002, começam a entrar no mercado. "Os órgãos de comunicação social preferem contratar jornalistas com experiência, sobretudo portugueses e brasileiros", dificultando a inserção dos angolanos na profissão, contrapôs Teixeira Cândido. O responsável esclareceu que o Sindicato defende que os media devem apostar nos quadros nacionais ao invés dos estrangeiros.