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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Defesa


Angola e África do Sul discutem estratégias militares




As delegações militares de Angola e África do Sul estiveram reunidas esta semana, no âmbito de um encontro que termina hoje. A visita de quatro dias ao país permitiu que as Forças Armadas de Angola (FAA) e de África do Sul analisassem questões de interesse comum, com a finalidade de estreitar as relações entre ambos os exércitos nacionais.

A comitiva participou, durante a sua estadia, num encontro com a chefia do Estado Maior da Força Aérea Nacional, numa deslocação ao comando da região militar norte, na província de Malange e visitou o marco histórico dos heróis de Kifangondo, o Instituto Superior Técnico Militar (ISTM) e a Escola Superior de Guerra (ESG), em Luanda.

Relativamente à reunião entre as forças militares, as respectivas delegações foram chefiadas pela parte angolana, o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Francisco Pereira Furtado, e pela sul-africana o seu homólogo, general Godfrey Ngwenya, que se encontraram com o intuito de reforçarem a cooperação bilateral no domínio militar. Durante as conversações que decorreram à porta fechada no Ministério da Defesa Nacional, as duas partes abordaram ainda questões que se prendem com a formação militar, a segurança das fronteiras dos dois países, o problema da imigração ilegal vivida actualmente nestes dois países da África Austral e seus efeitos, bem como a cooperação regional, tendo em conta a participação dos dois países a nível da SADC na Força em Estado de Alerta.

A delegação militar angolana fez na ocasião a apresentação da situação militar e de segurança no país e sobre o sistema de ensino militar das Forças Armadas Angolanas (FAA).

A comitiva deslocou-se, no final da reunião, às direcções do Estado Maior do Exército e da Marinha de Guerra Angolana, onde foram informados do nível de organização destes dois ramos das FAA.


Diplomacia

Enaltecido contributo de Angola para paz sub-regional


O cônsul do Gana em Luanda, John Eshun, destacou o papel que Angola tem desempenhado para promover a paz, segurança, estabilidade e desenvolvimento económico na sub-região.
Em entrevista à Angop, John Eshun sublinhou os esforços do governo angolano, sob a liderança do presidente José Eduardo dos Santos, relativos ao fomento da estabilidade, harmonia entre os povos e a consolidação dos processos democráticos e constitucionais na região Austral do continente e dos Grandes Lagos. O diplomata mostrou como exemplo o contributo prestado pelos militares angolanos às forças nacionais de países africanos, os subsídios dos quadros visando o reforço da capacidade institucional e profissional em países como a Guiné-Bissau e o apoio e incentivos de José Eduardo dos Santos aos chefes de Estado africanos na condução da política interna.




Nas suas declarações, o responsável explicou que o país tem dado provas significativas de convivência pacífica na diferença, que tem servido de modelo para o continente, sobretudo no que respeita aos países em situação de contenda permanente. John Eshun frisou o papel do trabalho desenvolvido pela União Africana (UA), na qualidade de entidade reguladora dos conflitos no continente. No entanto, na sua opinião, África continua a confrontar-se com problemas como a escassez, a pobreza e os conflitos armados, questões que a União Africana, mesmo com a implementação de políticas e programas, dificilmente os superará se não houver a disponibilidade dos Estados membros. O responsável acredita que muitas das dificuldades enfrentadas pela UA resultam da falta de recursos necessários para a aplicação prática dos seus programas, incluindo de desenvolvimento de operações de pacificação.

Cooperação

LAASP e homóloga chinesa estabelecem acordo




A Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos (LAASP) e a Associaçao do Povo Chinês para Amizade com os Paises Estrangeiros assinaram um acordo de cooperação. O documento resulta da visita de uma delegação do país asiático, que está no país desde quarta-feira e regressa hoje à China.

De acordo com a informação da Angop, o acordo propõe o incremento de acções visando o desenvolvimento da troca de experiências nos vários domínios, tendo em conta os laços de amizade entre os dois países. Por outro, prevê viabilizar a pretensão das duas instituições, que planeia, através dos meios ao seu dispor, incentivar avanços significativos nas áreas política, social, económica, científica e cultural. O documento prevê ainda a promoção de celebrações em datas nacionais, organizando-se actividades comemorativas com base em acordos mútuos ou por iniciativa das partes. Nesta vertente, os promotores deste intercâmbio realçam que as nações poderão implementar propostas de cooperação complementadas no campo da política, cultura, desenvolvimento sócio-económico, científico e técnico, realizando exposições demonstrativas dos avanços nas áreas respectivas.

Desporto

Edição do Rali 2009 decorre no domingo


Uma prova conjunta de automobilismo/motorizada, denominada Rali Kwanza Sul 2009, terá lugar já no próximo domingo na cidade do Sumbe. O evento contará com a presença de mais de duas dezenas de participantes. Os pilotos de várias partes do país começaram, ontem, a escalar a capital da província, onde vão procurar ocupar os lugares cimeiros da competição, que fica marcada pelo seu regresso a esta localidade, após 18 anos de interregno.
O largo em frente à sede do governo provincial é o ponto de partida e chegada, estando previsto que o percurso irá incluir as localidades de karimba um e dois, salinas e arredores do aeroporto local.

Política

José Eduardo dos Santos mantém compromissos



O Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, reafirmou, ontem, em Luanda, que vai manter os compromissos assumidos e as promessas feitas nas eleições legislativas de 2008. O Presidente da República, que discursava no encerramento do VI Congresso do seu partido, recordou que nos próximos quatro anos de mandato deverão ser aumentadas em cerca de quatro milhões de hectares as áreas de cultivo para produzir mais de 15 milhões de toneladas de cereais. “Deverá ainda atingir-se a auto-suficiência alimentar no domínio das leguminosas e das raízes e tubérculos, produzindo mais feijão, amendoim, soja, mandioca, batata rena e batata doce”, sustentou.
O aumento da produção de carne de frango e de vaca para cobrir pelo menos 70 por cento e 50 por cento das necessidades nacionais, respectivamente, bem como o plano para cobrir em cerca de 60 por cento o fornecimento de açúcar, são algumas das prioridades de José Eduardo dos Santos.
O responsável augurou ainda o aumento da produção da energia e água, a melhoria dos índices nos sectores da saúde e educação e do desenvolvimento humano, em geral, não esquecendo o objectivo de construir um milhão de habitações nos próximos quatro anos, uma das metas mais ambiciosas.