
quinta-feira, 25 de março de 2010
Aviação

Economia
Contudo, de acordo com uma nota do RMB enviada hoje aos clientes do banco sul-africano, "há a possibilidade de a emissão obrigacionista ser inferior aos 4 mil milhões de dólares esperados como consequência da recuperação do preço do petróleo e da economia angolana." Nas últimas estimativas do Banco Mundial, o 'Correio do Patriota' noticia que o país deverá contabilizar um crescimento entre 6,5% e 7,5% este ano, como consequência da subida do preço do crude (que contribui em mais de 50% do PIB angolano) e da recuperação das reservas internacionais do país.
"Há uma estratégia finalmente posta em marcha para que o país possa ter um ‘rating’ soberano para o Governo poder financiar-se no mercado de capitais", revelou Aguinaldo Jaime.
Construção

Petróleo

Esta semana deu-se o inverso. O ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, anunciou à imprensa disse que ia pedir autorização para aumentar a sua quota, estabelecida em 1.750 mil barris por dia. Porém, a OPEP ignorou novamente o pedido. Recorde-se que Angola já tinha submetido três pedidos idênticos no ano passado, mas a OPEP não deu provimento a nenhum deles.
Os ministros da OPEP entenderam ser melhor manter os «tectos» atribuídos a cada país. A OPEP nota que embora haja sinais de recuperação em relação à crise que estalou em 2008, o mercado continua ameaçado pelo elevado peso da dívida pública em vários países, lembrando que apesar de haver maior procura, o previsível aumento da oferta por parte de países não membros vai resultar numa redução da procura de petróleo produzido pelo cartel.
Angola continuará a produzir 200 mil barris de petróleo abaixo do seu potencial.
Sustentabilidade
Lei sobre Biocombustíveis aprovada
A proposta do Presidente da República para a Lei sobre os Biocombustíveis foi ontem aprovada, em Luanda, pela Assembleia Nacional, com 146 votos a favor, zero contra e quatro abstenções.
O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, apresentou o documento, onde defendeu que a lei vai colmatar as necessidades energéticas nacionais, preservando o ambiente e atendendo a diversificação da economia. O projecto baseia-se numa estratégia de produção de biocombustíveis, que vai gerar novos empregos e desenvolver uma fonte de energia renovável com futuro. As expectativas são elevadas, esperando-se a integração regional e incentivo ao retorno ao meio rural.
Durante os debates, oito deputados solicitaram esclarecimentos sobre alguns aspectos e apresentaram sugestões para que o Executivo avance na implementação da produção do biocombustível.
O ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, Afonso Pedro Canga, assegurou que não haverá contradição entre a produção alimentar e os biocombustíveis, já que estes serão explorados em terras “marginais”. Afirmou que está em carteira um projecto de produção de açúcar na província de Malanje, que visa a diminuição da importação desse produto, ao mesmo tempo que sublinhou as vantagens dessa cultura em termos de obtenção de etanol e criação de biodisel.
O relatório parecer das Comissões de Economia e Finanças, dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento, e da Saúde, Ambiente, Acção Social, Emprego, Antigos Combatentes, Família, Infância e Promoção da Mulher foi favorável à aprovação da lei.
O documento considera que com a aprovação da legislação, o Estado angolano terá grandes hipóteses de atrair investidores nacionais e estrangeiros interessados em auxiliar o país a introduzir os biocombustíveis na sua vasta matriz energética.