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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Banca

Banco angolano BPA Europa inicia actividade em Portugal




O Banco Privado Atlântico - Europa (BPAE), de capitais maioritariamente angolanos, vai iniciar na hoje a sua actividade em Portugal, na área da banca de investimento, anunciou hoje a instituição.
"A missão do BPAE é apoiar projectos de investimento que assentem no cruzamento de participações entre empresários angolanos e portugueses, geradores de valor para as duas economias e que no caso de Angola contribua para a diversificação da sua economia, não no crédito à exportação, mas sim no apoio financeiro ao investimento cruzado", disse no comunicado Carlos da Silva, presidente do BPAE.
A presidência do Conselho de Administração do BPAE será assegurada por Carlos da Silva, que desempenha funções executivas no BPA Angola.
Em Portugal, tal como a agência Lusa noticiou em Março, a presidência executiva estará a cargo de André Navarro.
O BPA Europa, detido maioritariamente pelo banco parceiro do Millennium bcp em Angola, tem como objectivo aprofundar e desenvolver os negócios entre Angola, Portugal, Estados Unidos, Europa, China e o Brasil, em especial nos sectores da energia, ambiente e no desenvolvimento de infra-estruturas.
No comunicado, o presidente do banco salientou, neste contexto também, o "contributo estruturante que o BPAE quer dar à economia angolana, apoiando empresários e empreendedores no desenvolvimento dos seus negócios e no acesso às novas tecnologias".
O banco recebeu luz verde das autoridades portuguesas para iniciar a sua actividade em Fevereiro de 2009.
O BPAE tem um capital social de 18 milhões de euros e é participado pelo BPA Angola, pela Sonangol e pela sociedade de gestão de activos Global Pactum e por quadros do banco.
Em Angola, o Banco Privado Atlântico foi lançado em 2006 por quadros superiores do sector financeiro bancário angolano e tendo como maiores accionistas a petrolífera estatal angolana Sonangol, com cerca de 20 por cento, e a GlobalPactum, uma sociedade também angolana mas controlada por Stanley Ho e Jorge Ferro Ribeiro.
No âmbito do recente acordo de venda de 49,9 por cento do Millennium Angola, este passou também a ter 10 por cento do capital.
No mercado português, o BPA irá juntar-se a outras instituições angolanas já a operar, como o Banco Africano de Investimentos (BAI) e o BIC - Banco Internacional de Crédito.

Agricultura



Pequenos agricultores recebem crédito norte-americano a partir de Setembro



Agricultores angolanos de média e pequena produção vão beneficiar, em Setembro, de 150 milhões de dólares (105 milhões de euros) já disponíveis de uma linha de crédito norte-americana, aprovada em Março deste ano pelo Governo.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da União Nacional das Associações de Camponeses Angolanos (UNACA), Paulo Uime, disse que o financiamento está disponível em três bancos angolanos, que vão permitir o acesso dos camponeses ao crédito.
O total do crédito norte-americano soma 350 milhões (246 milhões de euros). Os restantes 200 milhões de dólares destinam-se a grandes investimentos na área da agricultura em Angola.
Paulo Uime disse que uma das dificuldades para o acesso dos produtores ao crédito é a falta de bancos em zonas do interior do país, o que levou o Governo a criar "comités de materialização do financiamento", que vão facilitar os agricultores residentes em áreas onde não existem agências bancárias.
Segundo Paulo Uime, a linha de crédito, que também se destina a associações e cooperativas agropecuárias, ocorre em altura oportuna, tendo em conta o início da campanha agrícola 2009/2010 no próximo mês.
O financiamento norte-americano vai também permitir alargar as áreas de cultivo e aumentar os rendimentos desses agricultores.
O responsável disse que esses camponeses já beneficiavam, desde 2005, de um micro-crédito na ordem dos cem dólares (70 euros) por cada agricultor.
"Apesar de pouco, servia de algum apoio aos camponeses, mas tendo em conta a grandeza da tarefa de relançar a agricultura e diversificar a economia, o Governo aumentou substancialmente este valor para cinco mil dólares 3,5 mil euros), com vista a cobrir as principais necessidades do produtor", afirmou.
Com este aumento, os agricultores, que não beneficiam de apoio directo do Governo, vão poder custear as suas despesas referentes à compra de sementes, instrumentos agrícolas e aluguer de tractores.
De acordo com Paulo Uime, o apoio prestado pelo Governo, através do Instituto de Desenvolvimento Agrário, é insuficiente para cobrir a quantidade de agricultores existentes no país.
A UNACA, que está representada em todo o país, tem registado cerca de 600 mil camponeses.
Durante a visita, no domingo e segunda-feira da Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, a Angola, foi assinado um memorando de entendimento para o desenvolvimento agrícola que vão permitir revitalizar o sector agrícola angolano de pequena e média dimensão.
No seu discurso, Hillary Clinton disse que o investimento de seis milhões de dólares (4,23 milhões de euros) vai ajudar a "aumentar os rendimentos em Angola, combater a fome e assegurar o desenvolvimento sustentável".

Política

Assembleia Nacional mais próxima da sociedade civil



O presidente em exercício da Assembleia Nacional, João Lourenço, considerou o primeiro ano legislativo, resultante das eleições há um anos, "uma aprendizagem constante" que permitiu aproximar o parlamento da sociedade civil.
Na sua intervenção durante a cerimónia de encerramento do período legislativo, João Lourenço considerou o último ano "um desafio, uma aprendizagem constante de uma gestão complexa, por razões económicas, financeiras e infra-estruturais".
"Entre as discussões versaram questões actuais inscritas na agenda política mundial, o que valoriza a actuação dos deputados, na busca de soluções para os graves problemas que afectam as comunidades, assumindo um papel de destaque no processo de decisão do Governo, actuando assim como caixas de ressonância da sociedade", salientou João Lourenço.
Segundo o líder da Assembleia Nacional, "este exercício permitiu o estreitamento das relações entre o parlamento e a sociedade civil em enriquecer os trabalhos das diferentes comissões funcionando a iniciativa legislativa sobre as diversas matérias".



"Com a aprovação da lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) e do Plano Nacional(PN) para 2009 e mais recentemente as suas revisões, num momento que vivemos os efeitos nefastos de uma grave crise financeira devido à recessão das grandes economias mundiais, estão criados os instrumentos vitais para o normal funcionamento das nossas instituições, da economia e da sociedade como um todo", frisou.
Por seu lado, os deputados da oposição consideraram positivo o balanço do primeiro ano legislativo, tendo a bancada da FNLA enaltecido a sua participação em acções legislativas, enquanto a UNITA considera estar a viver uma nova experiência no exercício da democracia.
"Começámos a legislatura com pouco dinamismo, mas ao longo do ano fomos aumentando a qualidade das nossas intervenções, participando em todas as plenárias, onde aparecemos muitas vezes com ideias construtivas e pensamos continuar com mais qualidade", afirmou Ngola Kabangu, da FNLA .
Já o deputado Silvestre Samy, da UNITA, disse que este período legislativo foi marcado por nova experiência e que, apesar da baixa presença numérica, a sua bancada não deixou de prestar o subsídio possível e necessário.
"Mesmo com 16 deputados, não deixamos de dar a nossa contribuição no exercício da democracia e também nas questões sociais do país", referiu Samy.
Por seu lado, o deputado Adão Cortez, do partido maioritário, MPLA, as comissões de trabalho trabalharam arduamente, uma vez que produziram material suficiente sobre deliberações da própria Assembleia Nacional.
"Considero o balanço positivo embora reconheça que há muito que fazer. Há muitas outras questões de natureza social. Nós devemos trabalhar também na revisão da lei das terras", advogou Adão Cortéz.
A composição do parlamento angolano resulta das eleições legislativas realizadas em 05 de Setembro de 2008, as segundas na história do país, ganhas pelo MPLA com maioria qualificada.

Viação


"Cadongueiros" resistem ao Código da Estrada e autocarros chineses






Uma das marcas visíveis de Luanda e que movimenta a urbe de lés a lés são os "candongueiros", resistindo ao novo Código de Estradas, numa afronta diária dos operadores das carrinhas de transporte semi-público à lei.
Logo às primeiras horas da manhã, o movimento frenético dos carros "azuis e brancos" de Luanda e arredores já se impuseram como postal da cidade, mas as autoridades angolanas declararam guerra a esta actividade quase ilícita.
Para combater a concorrência desleal a que os "cadongueiros", maioritariamente carrinhas Toyota Hiace adquiridas em "quarta mão" na Europa, submetem os transportes públicos, o Governo importou remessas de autocarros da China, mas ainda se contam pelos dedos das mãos a sua circulação por Luanda.
Já os "candongueiros", sempre que paralisam a sua actividade para protestar contra a vaga de operações policiais de identificação de veículos ilegais, rapidamente se instala o elevado índice de absentismo nos locais de trabalho.

Apesar de o novo código de estradas limitar estas carrinhas a nove passageiros, Patrício Cambinda, 28 anos, outro motorista, adaptou um conjunto de bancos que lhe permite duplicar a lotação.
"Tenho que fazer isso e andar muito rápido para até às 12:00 conseguir o dinheiro do patrão. Senão estou frito", desabafa Cambinda.
Um dos passageiros, Amaro Victor, confidenciou que prefere circular nas carrinhas, não por ser mais rápido, mas por estacionar onde o cliente pretende, enquanto os autocarros públicos têm paragens definidas.
"Mas critico a maneira de conduzir dos 'candongueiros', que colocam em perigo a vida de muita gente, os cobradores que desrespeitam passageiros e as elevadas tarifas que praticam de forma desordenada", descreve Amaro Victor.
As tarifas dos candongueiros sobem quando o fluxo de passageiros é enorme e baixa quando escasseia. Por viagem o passageiro desembolsa entre um e três euros, embora para chegar ao serviço tenha, muitas vezes, de utilizar três ou quatro carros diferentes.
Fontes da Direcção Nacional de Viação e Trânsito dizem que os "candongueiros" são responsáveis por muitas das infracções ao novo Código de Estrada.
As principais infracções são a falta de cartasde condução, manobras perigosas, excesso de velocidade e ultrapassagem pela direita.

Basquetebol

Angola conquista décimo título africano


A selecção angolana de basquetebol masculino alcançou hoje o seu décimo título consecutivo africano da modalidade, ao vencer a Costa do Marfim, por 82-72, em Tripoli.
A Costa do Marfim ficou na segunda posição e a Tunísia em terceiro lugar, apurando-se para o campeonato do Mundo a disputar em Setembro de 2010, na Turquia.

Banco Africano de Desenvolvimento


O Chanceler do Progresso


É do conhecimento geral que o desenvolvimento do sector privado é driver de sustentabilidade, força de crescimento económico e redução da pobreza nos países. Este é, portanto, um dos principais objectivos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Uma instituição que está fortemente empenhada no estabelecimento de parcerias com empresas para o crescimento do sector privado no continente. Criado em 1964, este é hoje um dos maiores bancos multilaterais do mundo. Enquanto organismo para a promoção do progresso económico e social que tem como metas a luta contra a pobreza, a melhoria das condições de vida da população e a mobilização de recursos para o desenvolvimento económico e social dos seus países membros regionais, o BAD mobiliza recursos destinados a fi nanciar projectos e programas de crescimento.
Deste modo, uma das suas grandes estratégias é a promoção do investimento de capitais públicos e privados em projectos e programas que possam contribuir para o desenvolvimento económico e social em África, entre os quais é de destacar programas e estudos no âmbito do sector agrícola, da saúde,
dos transportes, das telecomunicações e, como é referido em cima, do sector privado.
A sua intervenção acontece ainda em sectores como o dos recursos hídricos ou o da luta contra a Sida. O seu papel tem, por esses factores, sido preponderante no continente africano, tornando-se um exemplo gratifi cante para os seus congéneres mundiais.

MAIOR COMPETITIVIDADE
As empresas africanas podem tornar-se mais competitivas, caso os governos de África e os seus parceiros internacionais agilizem o acesso ao fi nanciamento, resistam a pressões para levantar barreiras ao comércio, tornem mais efi cientes as infra-estruturas, melhorem os serviços de saúde e de educação e consolidem as suas instituições. Estas são algumas das conclusões a que o relatório The Africa Competitiveness Report 2009, (Relatório sobre a Competitividade em África 2009), faz alusão.
Um trabalho elaborado em conjunto por três instituições – o Fórum Económico Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Banco Mundial (BM), em que é salientado o facto do acesso limitado a serviços fi nanceiros continuar a ser um dos grandes obstáculos para as empresas africanas. No entanto, as infra-estruturas subdesenvolvidas, os serviços limitados de saúde e educativos e as débeis estruturas institucionais são também factores que tornam estes países menos
competitivos no mercado global. O relatório aponta ainda para uma série de histórias de sucesso na região, que são exemplos do que os países podem fazer para melhorar o clima de negócios. Para que todos atinjam um novo patamar de desenvolvimento, o documento salienta a importância da adopção de uma visão integrada dos desafi os políticos que as nações enfrentam na construção de uma base para um crescimento e prosperidade sustentáveis.

O mesmo destaca dois temas políticos de curto prazo e três a mais longo prazo, para melhorar a competitividade das economias africanas. Os dois temas de curto prazo são: o aumento do acesso ao fi nanciamento através de políticas que favoreçam o mercado e a manutenção dos mercados abertos ao comércio.
Os sistemas fi nanceiros de África têm vindo a crescer e a aprofundar-se em anos recentes, mas a presente crise global ameaça inverter esta tendência e minar os progressos iniciados. Torna-se agora ainda mais importante reforçar as estruturas necessárias para estabelecer sistemas fi nanceiros sólidos, eficientes e abrangentes. Em resposta à crise económica global estão a surgir forças proteccionistas.
Mas essas medidas só terão como resultado diminuir a procura e cercear o crescimento.
Também uma análise sobre a profundidade e sofisticação dos mercados fi nanceiros regionais, as medidas efi cazes que as economias relativamente mais pequenas do continente têm introduzido para promover a sua competitividade e a medida em que os países africanos têm implementado factores para facilitar o comércio transfronteiras. Estão também incluídos no relatório perfi s detalhados de competitividade e clima de investimento, fornecendo assim um sumário dos motores de competitividade em cada um dos países abrangidos pelo relatório.





INVESTIMENTO EM POTÊNCIA
O BAD investe anualmente cerca de 1,5 mil milhões de dólares americanos em instituições e operações de integração regional no continente para infra-estruturas básicas. De acordo com o responsável do Departamento de Ligação e Parceria com as Comunidades Económias Regionais em África da instituição bancária, Lamine Manneh, em cada dólar investido o banco consegue, através de leasing, levantar três a quatro dólares suplementares. Os 1,5 mil milhões de dólares americanos investidos por esta instituição em infra-estruturas dos instrumentos de integração regional em África, permitem mobilizar entre 4,5 mil milhões a 6 mil milhões de dólares americanos suplementares, que vêm aumentar o que foi investido. Segundo o mesmo responsável, estes fundos continuam a ser insufi cientes, já que as estimativas para as necessidades de África em investimento a nível das infra-estruturas, efectuadas pelo Consórcio Africano para as infra-estruturas, nos próximos 10 anos, atingem entre 40 e 80 mil milhões de dólares americanos destinados ao desenvolvimento das infra-estruturas básicas no continente. O perito do BAD afi rma que estas enormes necessidades em investimentos foram agravadas pela actual crise fi nanceira mundial, indicando que alguns parceiros fi nanceiros que deviam investir em alguns projectos, retiraram-se devido à crise. Em Março passado, esta entidade instaurou um Fundo de Liquidez de Emergência de um capital de 1, 5 mil milhões de dólares americanos. O BAD adoptou ainda uma iniciativa de fi nanciamento do comércio num valor
de um bilião de dólares americanos para colmatar as desistências de algumas instituições fi nanceiras dos projectos em execução em África. Dentro deste quadro, uma outra medida foi implementada, em princípios de Maio, e que consistiu na mobilização de 15 mil milhões de dólares americanos para ajudar África a ultrapassar esta fase de crise fi nanceira. Lamine Manneh indicou que, tendo em conta o custo exorbitante dos projectos de infra-estruturas básicas, o BAD criou um programa intitulado “Facilidade de Preparação de Projecto de Infra-estrutura”, através do qual o banco concede, em colaboração com os seus parceiros bilaterais e multilaterais, facilidades com a concessão sob forma de doações de recursos aos países para fi nanciar a preparação dos projectos de infra-estruturas.