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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Banco Africano de Desenvolvimento


O Chanceler do Progresso


É do conhecimento geral que o desenvolvimento do sector privado é driver de sustentabilidade, força de crescimento económico e redução da pobreza nos países. Este é, portanto, um dos principais objectivos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Uma instituição que está fortemente empenhada no estabelecimento de parcerias com empresas para o crescimento do sector privado no continente. Criado em 1964, este é hoje um dos maiores bancos multilaterais do mundo. Enquanto organismo para a promoção do progresso económico e social que tem como metas a luta contra a pobreza, a melhoria das condições de vida da população e a mobilização de recursos para o desenvolvimento económico e social dos seus países membros regionais, o BAD mobiliza recursos destinados a fi nanciar projectos e programas de crescimento.
Deste modo, uma das suas grandes estratégias é a promoção do investimento de capitais públicos e privados em projectos e programas que possam contribuir para o desenvolvimento económico e social em África, entre os quais é de destacar programas e estudos no âmbito do sector agrícola, da saúde,
dos transportes, das telecomunicações e, como é referido em cima, do sector privado.
A sua intervenção acontece ainda em sectores como o dos recursos hídricos ou o da luta contra a Sida. O seu papel tem, por esses factores, sido preponderante no continente africano, tornando-se um exemplo gratifi cante para os seus congéneres mundiais.

MAIOR COMPETITIVIDADE
As empresas africanas podem tornar-se mais competitivas, caso os governos de África e os seus parceiros internacionais agilizem o acesso ao fi nanciamento, resistam a pressões para levantar barreiras ao comércio, tornem mais efi cientes as infra-estruturas, melhorem os serviços de saúde e de educação e consolidem as suas instituições. Estas são algumas das conclusões a que o relatório The Africa Competitiveness Report 2009, (Relatório sobre a Competitividade em África 2009), faz alusão.
Um trabalho elaborado em conjunto por três instituições – o Fórum Económico Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Banco Mundial (BM), em que é salientado o facto do acesso limitado a serviços fi nanceiros continuar a ser um dos grandes obstáculos para as empresas africanas. No entanto, as infra-estruturas subdesenvolvidas, os serviços limitados de saúde e educativos e as débeis estruturas institucionais são também factores que tornam estes países menos
competitivos no mercado global. O relatório aponta ainda para uma série de histórias de sucesso na região, que são exemplos do que os países podem fazer para melhorar o clima de negócios. Para que todos atinjam um novo patamar de desenvolvimento, o documento salienta a importância da adopção de uma visão integrada dos desafi os políticos que as nações enfrentam na construção de uma base para um crescimento e prosperidade sustentáveis.

O mesmo destaca dois temas políticos de curto prazo e três a mais longo prazo, para melhorar a competitividade das economias africanas. Os dois temas de curto prazo são: o aumento do acesso ao fi nanciamento através de políticas que favoreçam o mercado e a manutenção dos mercados abertos ao comércio.
Os sistemas fi nanceiros de África têm vindo a crescer e a aprofundar-se em anos recentes, mas a presente crise global ameaça inverter esta tendência e minar os progressos iniciados. Torna-se agora ainda mais importante reforçar as estruturas necessárias para estabelecer sistemas fi nanceiros sólidos, eficientes e abrangentes. Em resposta à crise económica global estão a surgir forças proteccionistas.
Mas essas medidas só terão como resultado diminuir a procura e cercear o crescimento.
Também uma análise sobre a profundidade e sofisticação dos mercados fi nanceiros regionais, as medidas efi cazes que as economias relativamente mais pequenas do continente têm introduzido para promover a sua competitividade e a medida em que os países africanos têm implementado factores para facilitar o comércio transfronteiras. Estão também incluídos no relatório perfi s detalhados de competitividade e clima de investimento, fornecendo assim um sumário dos motores de competitividade em cada um dos países abrangidos pelo relatório.





INVESTIMENTO EM POTÊNCIA
O BAD investe anualmente cerca de 1,5 mil milhões de dólares americanos em instituições e operações de integração regional no continente para infra-estruturas básicas. De acordo com o responsável do Departamento de Ligação e Parceria com as Comunidades Económias Regionais em África da instituição bancária, Lamine Manneh, em cada dólar investido o banco consegue, através de leasing, levantar três a quatro dólares suplementares. Os 1,5 mil milhões de dólares americanos investidos por esta instituição em infra-estruturas dos instrumentos de integração regional em África, permitem mobilizar entre 4,5 mil milhões a 6 mil milhões de dólares americanos suplementares, que vêm aumentar o que foi investido. Segundo o mesmo responsável, estes fundos continuam a ser insufi cientes, já que as estimativas para as necessidades de África em investimento a nível das infra-estruturas, efectuadas pelo Consórcio Africano para as infra-estruturas, nos próximos 10 anos, atingem entre 40 e 80 mil milhões de dólares americanos destinados ao desenvolvimento das infra-estruturas básicas no continente. O perito do BAD afi rma que estas enormes necessidades em investimentos foram agravadas pela actual crise fi nanceira mundial, indicando que alguns parceiros fi nanceiros que deviam investir em alguns projectos, retiraram-se devido à crise. Em Março passado, esta entidade instaurou um Fundo de Liquidez de Emergência de um capital de 1, 5 mil milhões de dólares americanos. O BAD adoptou ainda uma iniciativa de fi nanciamento do comércio num valor
de um bilião de dólares americanos para colmatar as desistências de algumas instituições fi nanceiras dos projectos em execução em África. Dentro deste quadro, uma outra medida foi implementada, em princípios de Maio, e que consistiu na mobilização de 15 mil milhões de dólares americanos para ajudar África a ultrapassar esta fase de crise fi nanceira. Lamine Manneh indicou que, tendo em conta o custo exorbitante dos projectos de infra-estruturas básicas, o BAD criou um programa intitulado “Facilidade de Preparação de Projecto de Infra-estrutura”, através do qual o banco concede, em colaboração com os seus parceiros bilaterais e multilaterais, facilidades com a concessão sob forma de doações de recursos aos países para fi nanciar a preparação dos projectos de infra-estruturas.

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