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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Economia

Independência permitiu proliferação de associações e cooperativas

A organização das famílias camponesas em cooperativas e associações para o acesso aos diversos programas de apoio a produção de alimentos ficou facilitada depois do alcance, em 1975, da independência nacional, revela a Unaca, na província do Huambo. O presidente da Federação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agro-pecuárias (Unaca), no Huambo, Abraão Fernandes, revelou que a independência deu lugar à liberdade de actuação dos camponeses e melhor actuação dos líderes comunitários. “Antes de 1975, os camponeses não tinham grandes extensões de terra, porque usavam toda a sua força e meios ínfimos para sobreviver. A governação colonial preocupava-se mais com as exigências do imposto e o trabalho forçado, quase nada fazia para reduzir o sofrimento das famílias camponesas”, referiu.

Explicou que os angolanos, particularmente os do meio rural, estão a beneficiar de diversos programas que lhes dão maior dignidade, desde a saúde, educação, transportes públicos, micro crédito e crédito agrícola de campanha. Sem revelar dados anteriores, Abraão Fernandes apontou que nos últimos oito anos o número de cooperativas agro-pecuárias cresceu de sete para 104, enquanto a cifra de associações de camponeses passou de 579 para 633.

Referiu que hoje a Unaca controla 23.687 cooperadores e 91.159 associados. Do total, 66.684 são mulheres. Abraão Fernandes salientou como outro ganho da independência a adesão da mulher rural as aulas de alfabetização, capacitando-se para a compressão dos problemas da sua comunidade.



Sociedade

"Meios de vida" da ADRA apoia 17 mil famílias

A Acção Angolana para o Desenvolvimento Rural e Ambiental (ADRA) está a apoiar, desde 2007, 17 mil famílias dos municípios da Caála e Bailundo, província do Huambo, através do projecto “meios de vida”. Segundo a responsável da instituição, Maria de La-Salete, em declarações à Angop, o projecto tem o término previsto para o mês de Dezembro e é executado com a entrega de imputes agrícolas, apoio à legalização de terras, educação para cidadania e o processo de aproximação das associações de camponeses com as instituições do estado.

Segundo Maria de La-Salete, também está consubstanciado em crédito de meios agrícolas (cimentes, fertilizantes, ferramentas para agricultura, gado de tracção e criação), com objectivo de criar fundos comunitárias. “O projecto meio de vida até ao momento permitiu que as famílias camponesas criem estabelecimentos comerciais para a venda de produtos do campo e não só, de forma a evitar que as populações das comunidades rurais percorram longas distâncias para a aquisição de meios básicos”, sublinhou. Falando durante um encontro de balanço dos quatro anos da existência do projecto, Maria de La-Salete considerou de positivo a sua execução, visto que está a contribuir para a redução da pobreza nas comunidades.

O certame, que teve como objectivo avaliar os resultados da execução do projecto, analisou temas ligados ao aumento da produção agrícola e a comercialização, conhecimentos dos mecanismos e leis para a defesa e legislação das terras comunitárias.

Métodos para aumentar a capacidade de incidência política das organizações comunitárias de base com as autoridades locais sobre os principais processos que afectam a vulnerabilidade, conhecimento dos camponeses e os processos que condicionam as suas estratégias de meios de vida, foram igualmente estudados no colóquio. Participaram do encontro que decorreu na sala de reuniões da ADRA, 25 pessoas entre responsáveis de associações de camponeses e representantes de deveras organizações não governamentais.


Infra-estruturas

População da Môngua inaugura posto móvel de emissão do BI


A população da comuna da Môngua, município do Kwanhama (Ondjiva, Cunene), ganharam um posto móvel com um sistema completo de emissão de Bilhetes de Identidade. O dispositivo, suportado por uma carrinha, dispõe dos equipamentos tecnológicos modernos e poderá emitir 50 a 60 Bilhetes de Identidade por dia.
Na ocasião, o governador provincial em exercício, Jerónimo Haleyinge, explicou que este acto simboliza os esforços do Governo, no sentido de levar os vários serviços à população nos seus locais de residência. Referiu que se trata de uma oportunidade para que todos os cidadãos tenham o BI, documento de capital importância.
Por outro lado , o soba da comuna da Môngua, Hilunanhe Jonas mostrou-se satisfeito pela acção governamental. "Agora os cidadãos nesta jurisdição terão o seu B.I, o que os identifica como angolanos", defendeu.
O posto móvel de emissão do B.I. conta com quatro trabalhadores e tem uma capacidade de recepção e tratamento de 50 a 60 processos por dia, tendo sido apresentado ontem, quinta-feira.



Aviação


Aeroporto de Benguela reabre ao fim de dois anos


Uma aeronave Embraer-120, da companhia aérea Air26, que levava a bordo 31 pessoas, entre passageiros e tripulantes, concretizou ontem, quinta-feira, a primeira aterragem em segurança na pista do aeroporto de Benguela. Este serviço marcou a reabertura da infra-estrutura ao tráfego aéreo, após dois anos de inactividade, devido a obras de restauro.
O EMB-120, um avião turbo hélice bimotor pressurizado de alta performance, desenvolvido pela fabricante brasileira Embraer, fazia a rota Luanda-Benguela e chegou à pista, do designado aeroporto "17 de Setembro", às 10:59 minutos, numa altura em que centenas de pessoas se juntaram para assistir ao retomar dos voos domésticos à cidade das Acácias Rubras.
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana), Manuel Ceitas, acompanhado de técnicos séniores da instituição, esteve entre os passageiros a bordo do avião, cuja aterragem se inseriu nas festividades dos 35 anos da Independência Nacional.
Em declarações aos jornalistas, o director regional da Enana (que representa as províncias de Benguela, Bié, Kwanza Sul e Huambo), Miguel Politano, afirmou que todas as companhias aéreas nacionais vão funcionar no aeroporto com recurso a aviões com peso igual ou inferior a 21 toneladas. Segundo o responsável, a pista de 1620 metros de comprimentos e 30 de largura deste aeródromo serve para aparelhos como a Embraer-120 ou o Fokker 50, de porte médio e projectado pela indústria aeronáutica holandesa para atender mercados domésticos e regionais.
O responsável garantiu que todas as condições necessárias para que o aeródromo funcione em pleno foram criadas, embora deve ser reforçada a secção de recursos humanos e a técnica para se corresponder aos equipamentos modernos instalados. Referiu que dada às limitações impostas pela extensão da sua pista, o aeroporto de Benguela só pode receber as aeronaves com capacidade igual ou inferior a 50 lugares.
O aeroporto “17 de Setembro”, de acordo ainda com a fonte, conta com um sistema de balizagem de iluminação definitiva que é importante para a aterragem das aeronaves, dadas às condições meteorológicas. Para além da EMB-120, outra aeronave do tipo Beechcraft King Air 200 (B200) ao serviço da companhia Air Jet, chegou ainda esta quinta-feira à pista do aeródromo de Benguela.
O aeroporto “17 de Setembro” dispõe de um edifício de mil e 800 metros quadrados, com salas de embarque para passageiros, de venda de bilhetes ao público, raio-X, check-in, controlo e um parque de estacionamento. São resultado de um investimento de oito milhões, 499.959 dólares norte-americanos para proporcionar maior conforto, mobilidade, acessibilidade e segurança aos passageiros e às aeronaves.

Efeméride

Ban Ki-moon felicita 35º aniversário da independência

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, felicitou hoje Angola pelo 35º aniversário da sua independência, assinalado ontem, quinta-feira, e afirmou que o apoio do Governo angolano na resolução de assuntos cruciais globais tem contribuído para a construção de um mundo mais próspero, equitativo e sustentável para todos.

Numa mensagem endereçada ao Presidente José Eduardo dos Santos, o líder da organização mundial reiterou que as Nações Unidas continuam a ser o fórum universal para o debate das principais questões mundiais, tais como as mudanças climáticas, a problemática do género, a manutenção da paz, o desenvolvimento e os direitos humanos, sendo vital o empenho dos Estados Membros. Ban Ki-moon referiu contar com os esforços dos membros da organização mundial para reunir energias com vista a alcançar os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) em 2015, que, segundo o diplomata sul-coreano, trata-se de uma agenda que requer eficácia e agilidade das Nações Unidas, sendo animador saber que a ONU pode contar com o apoio de Angola em todas estas matérias.