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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sociedade

Governo vai realizar censo populacional até 2014


Angola vai realizar o primeiro censo populacional depois da independência até 2014, prazo que as Nações Unidas estabeleceram para que todos os países efectuem o seu censo, anunciou o Governo. Segundo a ministra do Planeamento de Angola, Ana Dias Lourenço, o Governo angolano "tem todo o interesse" em realizar o censo na ronda que começou em 2007 e termina em 2014. "A partir de 2010, teremos verbas no Orçamento Geral do Estado (OGE) para dar continuidade ao trabalho de preparação do censo", referiu Ana Dias Lourenço, após a cerimónia do Dia Africano de Estatística, celebrado quarta-feira.

Em Agosto do último ano, o Conselho de Ministros recomendou que o OGE de 2010 previsse as verbas para dar início ao processo preparatório do censo, que culminará em 2014, com a sua realização.

A governante reafirmou que é de todo o interesse do Governo que Angola consiga realizar o seu censo até 2014, lembrando ainda que o Estado está a fazer um esforço "muito grande" para melhorar a qualidade e a quantidade de estatísticas oficiais, no sentido de poderem ser tomadas decisões. "E também escolher sempre as melhores soluções para a resolução dos problemas macroeconómicos e também micro-económicos, porque os privados precisam igualmente de dados estatísticos para tomar decisões", frisou.

O Governo pretende ainda com este censo obter informações sobre a estrutura da população, sua distribuição geográfica e evolução, bem como elaborar com eficácia o planeamento e ordenamento do território, com vista à "optimização dos recursos e à concessão de programas sustentáveis de desenvolvimento económico e social e do ambiente". A concretização do censo vai esclarecer as dúvidas quanto ao número real da população angolana, que se estima variar entre 16 milhões e 18 milhões de habitantes.

Efeméride

Amanhã é Dia da Industrialização de África




A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o 20 de Novembro Dia da Industrialização de África, no âmbito da segunda década do Desenvolvimento Industrial de África. A efeméride pretende mobilizar a comunidade internacional e levá-la a assumir um compromisso em relação à industrialização do continente africano.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, considerou hoje que o Dia da Industrialização de África é celebrado num momento difícil, em que o mundo enfrenta uma crise financeira. Segundo a agência internacional, o preço dos alimentos e dos fertilizantes são consideravelmente mais elevados do que há três anos. Os efeitos das alterações climáticas estão a acelerar-se e a tornar-se cada vez mais evidentes. “Não se conhecem ainda todas as consequências destas crises, mas alguns dos seus efeitos já se fizeram sentir e há agora o perigo da melhoria dos indicadores económicos e sociais, conseguida recentemente diminuir ou até de a tendência se inverter”, lê-se na mensagem, a que a Angop teve acesso. O documento acrescenta que a desaceleração da economia mundial irá atingir duramente os exportadores de produtos de base, que representam mais de 50% do valor das exportações de África, tornando o continente particularmente vulnerável às crises económicas mundiais.

Para Ban Ki-Moon, é essencial que África tenha capacidade de transformar as suas matérias-primas em produtos de forte valor acrescentado, tanto para o seu consumo interno, tanto para a exportação. Mais de metade da população africana trabalha no sector agrícola, o que torna essencial desenvolver as actividades agro-alimentares e agro-industriais. Em numerosos casos, já existem mercados internos para estes produtos.

A ONU considera que o desenvolvimento industrial sustentável parece ter dificuldade em tornar-se realidade no continente africano, que está atrás de todos os outros em matéria de crescimento industrial e de criação de emprego. Durante os últimos 15 anos, a parte da produção industrial mundial, que corresponde a África, tem-se mantido no mesmo nível, 1%. Acrescenta ainda que há agora mais perspectivas de melhoria da situação social e económica. O crescimento económico conheceu uma aceleração em muitos países de baixo rendimento, graças ao qual um número considerável de pobres poderia libertar-se da pobreza absoluta.

É verdade que, em certos países, o crescimento abrandou e as metas em termos de redução da pobreza não foram atingidas, mas muitos outros estão no bom caminho para alcançar o objectivo de reduzir a pobreza para metade, até 2015. Em Angola, o sector industrial tem registado avanços depois do alcance da paz e estabilidade política há sete anos, mormente a implementação de políticas, programas e acções de desenvolvimento sustentável de longo e médio prazos para o bem-estar da população.

Os níveis de crescimento da economia angolana, nomeadamente em termos de PIB, registaram de 2005 a 2008 (20,6, 18,6, 23,3 e 13,8 porcento, respectivamente), e uma variação no mesmo período da taxa de inflação (23, 13,3, 11,8 e 13 por cento). Na sequência das eleições legislativas de Setembro de 2008, o governo concebeu um Plano Nacional consubstanciado na continuação da recuperação das infra-estruturas económicas e sociais, estabilização macroeconómica e expansão de um sector privado forte e competitivo, entre outras acções.

No Dia da Industrialização de África, a ONU reafirma o compromisso de fortalecer a indústria africana, a fim de contribuir, como catalisador, para o crescimento económico sustentável e a erradicação da pobreza.

Ambiente

Exposição marca Conferência Internacional sobre o Planeta Terra


A Conferência Internacional sobre o Planeta Terra começa hoje, em Lisboa (Portugal), com a inauguração da exposição "World Press Photo" e a apresentação dos resultados da reunião do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT). O certame é uma iniciativa do Banco Espírito Santo Angola (BESA), que juntou profissionais angolanos de fotografia e de outros países africanos para retratar a realidade sócio-cultural de Angola.

O evento decorre no Parque das Nações e Angola está representada por uma delegação do Ministério do Ambiente chefiada pela ministra Fátima Jardim. Segundo o programa a que a Angop teve acesso, a governante angolana fará uso da palavra na cerimónia de abertura, na qual também haverá a intervenção, entre outros, do director-geral para as Ciências Naturais da Unesco, Walter Erdelen.

Em três dias de actividade, a organização espera contar com a presença de mais de 700 participantes estrangeiros para uma jornada que incluiu ainda conferências, amostras de projectos educativos e projecção de filmes.

Com essa iniciativa, a Unesco pretende relançar o projecto "Ciências da Terra para a Sociedade", por mais uma década - a Década da Terra 2010-2020, dando assim continuidade ao trabalho realizado pelos Comités Nacionais durante o triénio 2007-2009. O Ano Internacional do Planeta Terra (triénio 2007-2009) é uma iniciativa conjunta da UNESCO - IUGS (União Internacional das Ciências Geológicas) e tem como objectivo aproximar o público das Ciências da Terra e promover o potencial dos geo-cientistas.


Selecção Nacional

Seleccionador nacional analisa empate em duas partes distintas


O técnico da selecção nacional, Manuel José, analisou o desempenho da equipa, no empate nulo frente ao Ghana, disputado hoje no estádio da Cidade, em duas partes distintas. A primeira em que esteve inibida e a segunda em que melhorou substancialmente.




Em conferência de imprensa, justificou que na primeira parte alguns jogadores da selecção apresentaram-se nervosos e "incrivelmente" inibidos. Sem citar nomes, Manuel José disse, segundo noticia a Angop, não compreender o comportamento nervoso dos atletas por maior parte deles ter competido nos dois últimos campeonatos africanos, designadamente Egipto2006, Ghana2008 e mundial da Alemanha em 2006. "Acho que quem tem este passado tem que jogar tranquilamente, seja com quem for e fundamentalmente quando joga em casa com um público extraordinário, que motiva a selecção e são condescendentes mesmo nos maus momentos", sustentou.
Disse que os Palancas Negras foram completamente diferentes na segunda parte, onde pressionaram e circularam bem a bola nos flancos, mas houve menor precisão nos cruzamentos e nos passes devido ao desgaste psíquico e anímico mercê do comportamento negativo da primeira etapa.
Manuel José referiu que fará a escolha dos eleitos para o CAN2010 em função do carácter competitivo de cada atleta, acrescentando que no desafio de hoje três ou quatro futebolistas (não citou nomes) estiveram longe das exigências quando se joga na condição de anfitriã.
Trata-se do quinto empate da selecção nos jogos de preparação para o CAN2010 que o país vai albergar de 10 a 31 de Janeiro do próximo ano, em Luanda, Benguela, Cabinda e Huíla.

Literatura

Escritora defende maior participação da juventude


A juventude angolana deve trabalhar no sentido de fazer da leitura e da produção literária infantil um acto de orgulho e de festa, tal como acontece com a produção musical, disse hoje, em Luanda, Cremilda Lima. A escritora, membro da União de Escritores angolanos, lançou este apelo durante uma palestra subordinada ao tema: Produção e divulgação da literatura infantil, inserida no programa Novembro Cultural.
Segundo a palestrante, lê-se muito pouco actualmente, porque há poucos livros e a produção de literatura infantil é escassa. "Os jovens devem ter coragem para mostrarem os seus projectos literários aos escritores já consagrados, antes de publicá-los em livros, rádios ou jornais, sob pena de saírem defraudados em relação a qualidade das obras", advertiu a oradora dirigindo-se à plateia, dominada por estudantes e membros da Brigada Jovem de Literatura (BJL).
A Angop noticia que a escritora considera haver dificuldades na produção, principalmente na literatura infantil, devido a falta, até aqui, de interesse por parte do empresariado nacional, sublinhou ser necessário que os novos escritores procurem pautar por textos que criem impacto ao público leitor, já que é no interesse da obra onde reside a força do escritor.
Aconselhou os estudantes a criarem debates à volta do livro e literatura oral, durante as próximas férias.




Os debates tiveram como moderadora a escritora Canguimbo Ananáz. A oradora enumerou alguns títulos de escritores do mundo literário infantil angolano, com realce para as publicações de Dário de Melo, Gabriela Antunes, Manuel Rui Monteiro, Maria Eugénia Neto, Henrique Guerra, Pepetela, Octávio Correia, entre outros.