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terça-feira, 22 de junho de 2010

Economia

Indústria de transformação de minérios na Huíla


A directora provincial da Indústria, Geologia e Minas na Huíla, Paula Filomena Joaquim, considerou hoje, na cidade do Lubango, necessária a implantação de indústrias de transformação de minérios e a construção de escolas técnico-profissionais nas zonas onde se faz a exploração de rochas, de modo a garantir novos postos de trabalho aos jovens da região.
Em declarações à Angop, a propósito da participação de empresas do sector privado nacional e estrangeiro na actividade mineira da província, a responsável realçou a importância do aparecimento de novas indústrias de prospecção e exploração, tendo em conta a nova conjuntura económica do país.
“A implantação de indústrias de transformação dos minérios, na província da Huíla, e noutras onde se desenvolva a actividade, garante mais empregos para os jovens, tanto a nível da prospecção, tanto na exploração. Por isso, os interessados devem acautelar este aspecto aquando da efectivação e entregas dos seus projectos às autoridades”, argumentou.
Em relação às empresas existentes na Huíla, disse haver duas com projectos centrados para a transformação de granito negro na província, facto que impulsionará a exportação do produto transformado e consequente aumento de arrecadação de receitas para o país.
Questionada sobre o volume de pedidos de licenças para prospecção e exploração mineira na província, o responsável afirmou que a instituição recebeu, de empresários nacionais e estrangeiros, muitas propostas, com realce para a implantação de indústrias siderúrgicas na região. Nesta altura, decorrem estudos sobre algumas concessões de prospecção e exploração de granito negro.
Paula Joaquim disse estarem a funcionar apenas 12 empresas de exploração de granito negro, das 85 licenças concedidas até agora pelo sector, porque alguns empresários denotam incapacidade de desenvolver a actividade, porquanto estão há mais de 10 anos sem trabalhar.



Transportes



Ligação Luanda-Malange em comboio a partir de Julho


O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL), Osvaldo Lobo do Nascimento, anunciou para a segunda quinzena de Julho a arranque da ligação ferroviária Luanda/Ndalatando/Malanje, após a reabilitação dos cerca de 400 quilómetros do troço.
Em declarações à imprensa no final de uma viagem experimental entre o quilómetro 30 (Luanda) até à localidade do Dondo (Kwanza Norte), realizada segunda-feira, o responsável disse à Angop que se não houver entraves de última hora o comboio poderá chegar a Malanje na segunda quinzena do próximo mês. Osvaldo do Nascimento explicou que, no âmbito do programa de reabilitação e modernização dos Caminhos-de-Ferro de Luanda, a linha já se encontra montada até Malanje e as suas estações reparadas.
"Reunimos com o empreiteiro e o fiscal do projecto e fomos informados de que há condições para a retomada das operações comerciais entre Luanda/Ndalatando/Malanje, numa velocidade mínima entre os 50 a 60 quilómetros/horas", frisou. "Dentro de dias informaremos o ministro dos Transportes sobre os resultados constatados no terreno, que no nosso entender são bons e dão garantias para que possamos retomar a operação do comboio neste troço ferroviário", disse.
Durante a viagem experimental, Osvaldo do Nascimento, acompanhado por técnicos dos CFL, visitou as estações de Catete, da Barraca do Zenza do Itombo e do Dondo, construídas no âmbito da reabilitação e modernização das infra-estruturas ferroviárias destruídas durante o conflito armado.
As estações, todas com dois pisos, possuem área administrativa, restaurante, posto médico, salas VIP e outras de passageiros com capacidade para 200 a 500 cadeiras.
Iniciada em 2005, a reabilitação da via ferroviária Luanda/Ndalatando/Malanje permitiu a reconstrução de 600 passagens hidráulicas, 16 estações e 40 pontes e pontões. O Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) foi inaugurado em 1909 com uma extensão total de 479 quilómetros, incluindo pequenos ramais. Após a independência, o CFL entrou num longo período de declínio, dada a redução do volume de carga transportada (de 301 mil toneladas em 1973 para 54 em 1990), perda de pessoal qualificado, dificuldades financeiras e falta de investimentos resultantes na deterioração da linha.



Sociedade

Comité Interministerial de Luta Anti-Droga inspecciona alfândegas



Uma delegação do Comité Interministerial de Luta Anti-Droga (CILAD) efectuou hoje manhã uma visita de trabalho à delegação das Alfândegas no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, para se inteirar das formas utilizadas para apreensão de drogas e outras substancias psicotrópicas proibidas.
A comitiva, liderada pela directora do CILAD, Ana Mamede Graça, iniciou a actividade na área da delegação aduaneira do piquete da Alfândega no terminal de desembarque, onde recebeu algumas explicações sobre o trabalho desenvolvido, bem como sobre o funcionamento dos novos aparelhos de RX ali instalados.
Na ocasião, de acordo com a informação divulgada pela Angop (que acompanhou a visita), o chefe da área, Geraldo Chimbundi, apresentou ilustrações fotográficas que retratam as várias formas de camuflagem de drogas, utilizadas pelos traficantes detidos no aeroporto, entre os quais frascos de desodorizantes com cocaína, preservativos masculinos, camisas, fescovas de cabelos, entre outros objectos.
Os casos mais comentados, que ocorreram recentemente, foram os de uma camisa proveniente do Brasil que continha 40 pacotes no interior da sua embalagem, perfazendo mais de dez quilogramas de cocaína, assim como os 283 carregadores de telemóvel Nokia que continham mais de sete quilos desta droga.
Os membros do CILAD, órgão coordenado pelo Ministério da Justiça, deslocaram-se ainda à delegação do terminal de cargas, onde receberam também informações sobre o funcionamento aduaneiro no local, da parte da responsável da área.
No caso das cargas também têm surgido várias formas de esconder o estupefaciente, como embutido em peças de automóvel (que passaram no scanner na África do Sul e detectada no aeroporto de Luanda), e escondidos em electrodomésticos no caso numa máquina de lavar.
No fim da visita a jurista do Ministério da Justiça Ana Mamede Graça agradeceu a oportunidade que tiveram para compreender a participação dos serviços alfandegários no combate à droga. A visita insere-se nas actividades alusivas ao Dia Mundial de Luta Anti- Droga, a assinalar-se a 26 de Junho, sábado próximo.

Mobiliário


Feira do Mobiliário e Decoração começa esta semana


A 2ª edição da Feira do Mobiliário, Decoração e Têxteis-lar “Export Home Angola/2010” abre ao público na próxima quinta-feira, em Luanda. O certame conta com a participação de 70 expositores angolanos e portugueses, verificando-se uma redução de 50 expositores em relação à edição de 2009.

A exposição será realizada num espaço de 2.800 metros quadrados e espera-se, além dos expositores, pelo menos 10 mil visitantes, segundo projecções da organização.

A criação de feiras sectoriais, de acordo com a FIL, entidade gestora da Filda, visa permitir que as empresas estabeleçam parcerias.

Diplomacia

Angola e Brasil discutem alianças


O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, inicia amanhã, quarta-feira, uma visita oficial ao Brasil, numa altura em que Luanda e Brasília têm na agenda a discussão do fortalecimento das relações económicas, estando previsto um aumento da linha de crédito brasileira para Angola.

Nesta visita, para além do aumento da linha de crédito que o Brasil mantém aberta para apoiar as exportações para o país, está ainda previsto o debate da possível assinatura de mais de uma dezena de instrumentos jurídicos para consolidar a relação bilateral.

Carlos Iglesias, encarregado de negócios da embaixada brasileira em Luanda, explicou que os documentos a assinar se centram nas áreas financeira, da defesa, agrícola e industrial. Os valores que estão em negociação para o aumento da linha de crédito brasileira para Angola não foram especificados.

Iglesias lembrou que, apesar do crescente relacionamento económico entre Luanda e Brasília, em 2009 "houve um declínio nas exportações de petróleo de Angola para o Brasil", justificado com o facto de o país carioca ter descoberto importantes reservas no seu território.

O Presidente angolano, de acordo com o diplomata brasileiro "já manifestou interesse em receber e reforçar a cooperação na área produtiva, na área industrial e agrícola, em que Angola precisa de formar as bases de uma posição mais forte". Aliás, é no campo económico que Luanda e Brasília vivem momentos altos, desde logo com o interesse já manifestado pela petrolífera angolana, Sonangol, que apostar nas novas oportunidades que o sector está a abrir do outro lado do Atlântico, bem como a crescente presença da Petrobras em Angola.

A forte presença das empresas brasileiras no país é bastante visível, através da construtora Odebrecht na linha da frente, e ainda a volumosa linha de crédito que Brasília abriu para Luanda em 2009, de quase dois mil milhões de dólares, que agora deve ser reforçada nesta visita de Eduardo dos Santos.

Em 2009, as trocas comerciais entre Angola e o Brasil ascenderam aos quatro mil milhões de dólares. As grandes marcas do Brasil económico em Angola dão pelo nome de Odebrecht, Camargo Correia, António Guterrez, Queirós Galvão, todas com a construção como principal actividade e também a Petrobras, que ainda este ano anunciou a descoberta de petróleo em Angola, onde tem várias participações em conjunto com a Sonangol, entre outras. Mas, como salientou Alberto Ésper, presidente da Associação dos Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN), em entrevista a O País, na agricultura, comércio geral, saúde e educação, a presença brasileira é significativa.