
Ligação Luanda-Malange em comboio a partir de Julho 
O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL), Osvaldo Lobo do Nascimento, anunciou para a segunda quinzena de Julho a arranque da ligação ferroviária Luanda/Ndalatando/Malanje, após a reabilitação dos cerca de 400 quilómetros do troço.
Em declarações à imprensa no final de uma viagem  experimental entre o quilómetro 30 (Luanda) até à localidade do Dondo  (Kwanza Norte), realizada segunda-feira, o responsável disse à Angop que se  não houver entraves de última hora o comboio poderá chegar a Malanje na  segunda quinzena do próximo mês. Osvaldo do Nascimento explicou que, no âmbito do  programa de reabilitação e modernização dos Caminhos-de-Ferro de Luanda,  a linha já se encontra montada até Malanje e as suas estações  reparadas. 
"Reunimos com o empreiteiro e o fiscal do projecto e fomos informados  de que há condições para a retomada das operações comerciais entre  Luanda/Ndalatando/Malanje, numa velocidade mínima entre os 50 a 60  quilómetros/horas", frisou. "Dentro de dias informaremos o ministro dos Transportes  sobre os resultados constatados no terreno, que no nosso entender são  bons e dão garantias para que possamos retomar a operação do comboio  neste troço ferroviário", disse.
Durante a viagem experimental, Osvaldo do Nascimento,  acompanhado por técnicos dos CFL, visitou as estações de Catete, da  Barraca do Zenza do Itombo e do Dondo, construídas no âmbito da  reabilitação e modernização das infra-estruturas ferroviárias destruídas  durante o conflito armado.
As estações, todas com dois pisos, possuem área  administrativa, restaurante, posto médico, salas VIP e outras de  passageiros com capacidade para 200 a 500 cadeiras.
Iniciada em 2005, a  reabilitação da via ferroviária Luanda/Ndalatando/Malanje permitiu a  reconstrução de 600 passagens hidráulicas, 16 estações e 40 pontes e  pontões. O Caminho-de-Ferro de  Luanda (CFL) foi inaugurado em 1909 com uma extensão total de 479  quilómetros, incluindo pequenos ramais. Após a independência, o CFL entrou num longo período de  declínio, dada a redução do volume de carga transportada (de 301 mil  toneladas em 1973 para 54 em 1990), perda de pessoal qualificado,  dificuldades financeiras e falta de investimentos resultantes na  deterioração da linha.
 
 
 
 

 
 
 
 
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