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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Banca


CGD reafirma empenho na criação de banco de investimento

O banco de investimento que a Caixa Geral de Depósitos e a Sonangol anunciaram há cerca de um ano está "em andamento", mas a um ritmo "marcado pela conjuntura internacional". O balanço é do vice-presidente da CGD, Francisco Bandeira. Durante uma deslocação a Saurimo, capital da Lunda Sul, de onde é extraída uma parte significativa dos diamantes angolanos e onde foi inaugurado o primeiro balcão fora de Luanda com a nova marca do Caixa Totta, Francisco Bandeira disse à Lusa que, "apesar da crise financeira, não baixou o ânimo" para a criação da unidade.

"O Banco de Investimento está em andamento, a situação financeira internacional obriga a não baixar o ânimo, mas tem de se marcar o ritmo de acordo com a conjuntura. Não há nenhum problema com o banco de desenvolvimento de Angola", garantiu Bandeira.

O também presidente do conselho de administração do Caixa Totta Angola (banco que emerge da entrada no capital do antigo Totta Angola da CGD e da petrolífera angolana, Sonangol) sublinhou igualmente que está para breve uma aceleração do processo de criação do banco de desenvolvimento. "Vamos ter agora uma aceleração desse processo, e é nesse plano que estamos, de recrutamento e formação, porque um banco de investimento é mais exigente que um banco de retalho", notou.

O banco de investimento da CGD e da Sonangol, que terá sede em Luanda e filial em Lisboa, visa "fortalecer a presença das empresas portuguesas em Angola e também abrir cada vez mais portas do mercado português às entidades angolanas".

Sobre a escolha da capital angolana dos diamantes, Saurimo, para o primeiro balcão do Caixa Totta, Saurimo, o dirigente explicou que se deve ao facto de ser uma cidade "que tem um negócio em crescimento e onde temos importantes clientes".

Sobre a proximidade do novo balcão às principais minas de diamantes de Angola, Bandeira disse que é "uma actividade segura para um banco seguro". "Os dois accionistas do Caixa Tottta são dois bancos que marcam a solidez e a segurança do sistema financeiro ibérico, tal como é segura a actividade ligada aos diamantes em Angola, como é o caso da Lunda Sul", afirmou.

Petróleo


Dicionário português de termos petrolíferos lançado em Luanda

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL) lançou na última sexta-feira, em Luanda, um dicionário em português de termos utilizados no sector dos petróleos. A elaboração do volume contou com a participação da empresa portuguesa de serviços petrolíferos Partex, da Petrobras e do Instituto Brasileiro de Petróleo e Biocombustíveis.

A obra, a primeira em língua portuguesa, com 635 páginas e dividida em sete capítulos, tem como objectivo explicar claramente terminologias técnicas usadas no sector dos hidrocarbonetos. Por ordem alfabética aparecem 900 mil termos usados no ramo dos petróleos, nas áreas de pesquisa, exploração e produção do crude, em cada um dos três países, nomeadamente Angola, Brasil e Portugal.

O ministro dos Petróleos angolano, Botelho de Vasconcelos, considerou no acto de lançamento da obra que o dicionário é uma contribuição essencial para os trabalhadores do ramo dos petróleos e de outras pessoas que dela tiverem necessidade. A obra, que já foi lançada no Brasil e em Portugal, existe em português, inglês e francês.

Vinicultura


ViniPortugal quer crescer oito por cento


A ViniPortugal quer aumentar este ano em 8 por cento as vendas de vinhos portugueses em Angola, que é o principal mercado de exportação, mas que tem grande potencial de crescimento nos vinhos "finos" e junto dos jovens.

Segundo revelou à agência Lusa a 'area manager' para Angola da ViniPortugal, o estudo que é apresentado hoje, segunda-feira, no Porto (e terça-feira em Lisboa), confirma o que a associação inter-profissional responsável pela promoção dos vinhos portugueses já tinha como certo: Angola é "um mercado muito sério" para Portugal e deve ser tratado como tal. "Angola é um mercado muito sério para nós, quer em termos de volume, quer de valor, e não podemos, de todo, achar que o temos ganho só porque já lá vendemos imenso", afirmou Sónia Fernandes.

Actualmente, o país africano é de longe o maior mercado de importação dos vinhos lusos, tanto em volume, como valor, destacando-se como aquele onde Portugal mais vende os seus melhores vinhos. Apesar de as vendas de vinhos a granel terem "caído um bocadinho" nos últimos dois anos, penalizando as exportações em volume, Sónia Fernandes destaca que esta quebra tem sido compensada com a boa 'performance' dos vinhos engarrafados, motivando o crescendo das vendas em valor.

Encomendado pela ViniPortugal à Brands Advance, o "Estudo sobre o Mercado dos Vinhos em Angola" a apresentar na próxima semana é o primeiro do género e visa sistematizar o "conhecimento empírico" de que associação já dispunha.

Durante mais de um ano, a Brands Advance estudou 'in loco' os processos do vinho em Angola: de que forma chegam lá os vinhos, como, onde e a quem são mais vendidos, quais os impostos aplicados à importação e como é feita a distribuição pelas várias províncias angolanas.

Uma "panóplia de dados" que, segundo Sónia Fernandes, são importantes para a definição de uma estratégia de comunicação e 'marketing' para os vinhos portugueses naquele mercado, "onde ainda há potencial de crescimento em termos de consumo médio anual per capita".

Do trabalho resultou que a aposta da ViniPortugal em Angola deve passar pelos vinhos de qualidade superior, ditos "finos", que têm vindo a ganhar quota de mercado, em detrimento dos vinhos a granel.

Os jovens a partir dos 18 anos são apontados como o grande potencial de consumo, apesar de actualmente os principais clientes do vinhos lusos em Angola se situaram na faixa dos 40-45 anos.

Apesar de quase estar focado na capital Luanda, o estudo aponta alguns dados no sentido da distribuição dos vinhos portugueses para outras províncias "em forte desenvolvimento".

É o caso do Lobito, onde, segundo Sónia Fernandes, a ViniPortugal promoveu muito recentemente e com "imensa afluência" a primeira prova de vinhos ali realizada.

A Brands Advance concluiu ainda que o mercado angolano "está cada vez mais a querer profissionalizar-se nos vinhos", procurando muita informação nesta área com vista à formação de profissionais.

Face à perspectiva de crescimento da economia angolana na ordem dos oito por cento este ano, a meta da ViniPortugal é continuar a explorar o potencial de Angola, acompanhando este ritmo e crescendo ali "os mesmos oito por cento em volume e valor".

Gourmet

Portugal em destaque nas cartas de vinhos


Quem abre uma carta de vinhos num restaurante em Luanda encontra, por inerência, vinho português. Os restantes surgem no final, na categoria "outros vinhos", atestando o potencial que a afinidade com Portugal pode representar para as exportações do setor para Angola. Ainda assim, e em entrevista à agência de notícias portuguesa Lusa, dias antes da apresentação do primeiro Estudo sobre o Mercado dos Vinhos em Angola, a responsável pela 'area manager' da Viniportugal para aquele país africano alerta que há que "continuar a tratar o mercado angolano com muita atenção e não podemos deixar de o trabalhar". "É que existem várias ameaças ao vinho português, nomeadamente da África do Sul, cujos vinhos estão a começar a entrar no mercado e podem muito bem, se não tivermos atenção na nossa promoção e venda, roubar-nos alguma quota de mercado", sustenta Sónia Fernandes.

Beneficiando da muito maior proximidade do país, a África do Sul coloca com maior rapidez e menos custos os seus vinhos naquele mercado, "o que permite que sejam vendidos a um preço mais simpático". Para além destes, na categoria "outros vinhos" das cartas dos restaurantes nacionais surgem sobretudo marcas provenientes do Chile e Espanha. Os vinhos espanhóis lideram, aliás, as vendas de vinho a granel em Angola, enquanto Portugal domina por completo o mercado de vinho engarrafado, com uma quota de 97 por cento. "Vendemos para Angola de tudo e de todas as marcas, desde vinhos verdes a licorosos, mas essencialmente muito vinho tinto", referiu a responsável da Viniportugal. Após já ter organizado algumas acções em Angola, este ano, desde sessões para obter 'feedback' dos importadores a "pequenas provas" com profissionais em Luanda e no Lobito, a associação promove amanhã uma "grande prova de vinhos portugueses", com "mais de 75 produtores" a apresentar as suas novas colheitas.

Também para este ano está previsto um concurso de cartas de vinhos em Luanda, assim como a continuidade da aposta em formação iniciada no ano passado com a deslocação a Portugal de um grupo de jornalistas de Angola para receberem formação na área da prova de vinhos e visitarem algumas regiões portuguesas.

Depois de Angola - que é o maior mercado dos vinhos portugueses, com 445 mil hectolitros e 57 milhões de euros importados em 2009 - os principais clientes de Portugal são, em valor, o Reino Unido (19,5 milhões de euros) e os EUA (18,5 milhões de euros).