Bem-vindos ao blog da revista Angola'in!

Uma publicação dirigida a todos os angolanos, que pretende ser o elo de ligação da lusofonia. Queremos que este espaço seja mais um meio de contacto com os nossos leitores e todos aqueles que têm ligações a este país. O nosso objectivo é estarmos próximos de si e, com isso, esperamos acolher a sua simpatia e a sua opinião, como forma de enriquecer o nosso trabalho. O seu feedback é uma mais-valia, um estímulo para continuarmos a desenvolver um projecto inteiramente dedicado a si!

Angola'in à venda em Portugal e Angola

Angola'in à venda em Portugal e Angola
A 1ª edição 2012 da Angola'in é pura sedução! Disponível em Angola e Portugal, a revista marca o seu regresso ao bom estilo das divas: com muito glamour e beleza. Uma aposta Comunicare que reserva grandes surpresas para os seus leitores

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Inovação


Aeroporto 4 de Fevereiro tem novo terminal


O Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro disponibiliza um novo terminal de desembarque de passageiros. Inaugurado conjuntamente pela ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço e pela ministra-governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo, e o ministro dos transportes, Augusto Tomás, a nova infra-estrutura ficou orçada em 9,5 milhões de dólares. O presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA), Jorge dos Santos Correia de Melo, afirmou que o novo terminal foi construído em cinco meses. Ocupa uma área total de 10 mil metros quadrados e está equipado com 12 balcões de atendimento aos passageiros. O terminal tem uma área para atendimento de passageiros em trânsito e serviços de sanidade pública. A sala de recolha de bagagens conta com dois tapetes rolantes. Existe ainda a sala de perdidos e achados, sob responsabilidade da TAAG, balcões de “rent a car”, bancos e casas de câmbios. O parque de estacionamento de viaturas tem capacidade para 120 veículos. Jorge de Melo afirmou que “a construção do segundo terminal é uma alternativa que permite continuarmos a prestar um serviço de assistência aos passageiros dos voos internacionais, que desembarcam no nosso aeroporto, reduzindo os incómodos e transtornos devido às obras em curso no aeroporto Internacional 4 de Fevereiro”.

Saúde


Luanda vacina um milhão de crianças


A chefe de departamento de Saúde Pública, Isilda Neves, revelou que, em Luanda, foram vacinadas 1 253 896 crianças até aos cinco anos, contra a poliomielite, de 14 a 26 do mês de Junho, superando as expectativas. Isilda Neves informou que só em Luanda, a Direcção Nacional de Saúde Pública pretendia vacinar 1 126 222 crianças contra a poliomielite. A médica sublinhou que durante a campanha denominada “Viva a Vida com Saúde”, que decorreu durante as três últimas semanas de Junho, em todo o país, foram também vacinadas contra o sarampo 1 003 132 crianças e administrada a vitamina A em 943 703 crianças dos seis meses aos cinco anos. A chefe do departamento de Saúde Pública de Luanda acrescentou que foram administradas igualmente doses de Albendazol a 903 703 crianças. Isilda Neves garante que a campanha de vacinação ultrapassou as metas previstas, acrescentando que o grupo que integra todas as crianças menores de cinco anos é o da poliomielite, onde se previa imunizar mais de um milhão de crianças. De acordo com dados do Ministério da Saúde, nesta segunda campanha a meta era vacinar, em todo o país, 3,3 milhões de crianças dos nove meses aos cinco anos contra o sarampo, 3,5 milhões crianças dos seis meses aos cinco anos com a administração de uma dose suplementar de vitamina A e 3,1 milhões de crianças de um ano aos cinco anos com dose de Albendazol. Para a segunda fase, que começa na terceira semana de Julho, estão criadas equipas móveis que se deslocam às diferentes unidades, nos locais previamente estabelecidos e de acordo com as autoridades tradicionais.

Energia


Angola adere à Agência Internacional de Energias Renováveis


Angola aderiu, na passada semana, à Agência Internacional de Energias Renováveis, uma organização que tem como objectivo apoiar os países interessados em potenciar as suas capacidades energéticas. O Embaixador angolano na República Árabe do Egipto, Pedro Hendrik Vaal Neto, assinou na passada terça-feira, na cidade egípcia de Sharm el Sheik, em nome do Governo, a carta de adesão à agência, cuja reunião constituitiva deverá ter lugar em 2010 na cidade de Abu Dhabib, capital dos Emiratos Árabes Unidos. A criação da Agência Internacional de Energias Renováveis é uma ideia que nasceu há dois anos, tendo Angola estado na base do nascimento da Comissão Provisória que a partir de agora dará lugar à nova instituição. Vários países do mundo vêem, nesta organização, a grande possibilidade de potenciarem as suas capacidades energéticas contando, para isso, com o apoio financeiro das grandes potências que se comprometeram, no âmbito da instituição, a apoiar programas sustentados que lhes sejam apresentados. No primeiro dia de trabalhos da Comissão Provisória, os Emiratos Árabes Unidos foram eleitos como sede da futura agência tendo, para tal, contado com o apoio de Angola e beneficiado da desistência concertada de dois outros candidatos: a Alemanha e Áustria. A França assumiu a direcção geral da Agência Internacional de Energias Renováveis que terá a sua primeira reunião constituitiva em 2010 na cidade de Abu Dhabib, capital dos Emiratos Árabes Unidos. Os trabalhos da Comissão Provisória terminaram a semana passada e contaram com a presença de representantes de 134 dos 185 países membros. Os participantes debateram os estatutos e o orçamento que regerão a actividade da Agência Internacional de Energias Renováveis. A República de Angola tem vários projectos em estudo que, com a assinatura da carta de adesão, poderão ser incrementados.

Cultura

Projecto do Teatro Avenida avaliado em 126 milhões de dólares


A construção do “Complexo Teatro Avenida” está orçada em 126 milhões de dólares e o seu prazo de construção é de 36 meses. A informação foi divulgada em Luanda, durante uma sessão de consulta pública organizada pelo Ministério do Ambiente e a empresa Dry Dock. O projecto é construído no mesmo espaço do Teatro Avenida. O administrador da Dry Dock, George Sherrel, afirma-se tratar-se de um complexo com 21 andares, que inclui um teatro com capacidade para 510 lugares, quatro andares para escritórios e 14 para apartamentos. O edifício conta também com quatro andares no subsolo para estacionamento de 179 viaturas. Além destes equipamentos tem ainda ginásio, cafetaria e serviços com uma vista aberta para a Baía de Luanda. Tendo em conta o impacto ambiental, o abastecimento de água é feito directamente da rede pública para um tanque de betão. A energia é fornecida através de uma subestação de transformação localizada no subsolo do edifício. Os trabalhos de demolição e remoção do entulho continuam a ser realizados no velho Teatro Avenida, que durante décadas foi o maior palco das artes cénicas da capital do país. O director nacional para a avaliação de impactos ambientais, Camilo Ceita, disse que a construção do Complexo Teatro Avenida, constitui uma grande pressão para o ambiente e para a qualidade de vida das pessoas que ali habitam. Os impactos exercidos por um projecto com estas características e desta envergadura, na óptica de Camilo Ceita, são sempre significativos. “Nenhum projecto está ausente de impactos, temos é que velar para que sejam sentidos o mínimo possível pelas populações”, disse.

Investimento

Iniciar negócios é mais caro em Angola




Angola é o país africano onde os custos para iniciar um negócio são os mais elevados (884,6) e o segundo que exige maior número de procedimentos (14) aos investidores, mas está inserido num continente cheio de oportunidades, afirma o economista John Luiz. John Luiz, especialista em negócios e estratégia, da “Wits Business School, Universidade de Witawatersrand”, da África do Sul, pronunciou-se no âmbito da conferência “Cooperação num quadro internacional de desafio energético e alimentar”, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa. Luiz defendeu que, apesar dos riscos, um só país do continente africano poderá ser a décima economia mundial, depois da Índia, Brasil ou Rússia. Parece “uma ironia a África muito pobre criar oportunidades”, mas o impacto da crise económica mundial é menor neste continente, que oferece uma base de mais de 900 milhões de consumidores, disse. Mesmo entre os pobres existem muitas oportunidades, alertou, remetendo os interessados para o livro “Fortune at the Bottom of the Pyram mid”, do indiano C.K. Prahalad, o mais influente pensador do mundo dos negócios, porque os ajudará a compreender o fenómeno. John Luiz salientou que, apesar de metade de África viver com menos de um dólar por dia, a outra metade está ávida de produtos e serviços. No continente mais de 50% da população tem menos de 24 anos e há uma classe média que deseja coisas novas. Quanto aos riscos, “mais aparentes do que reais”, disse o orador, é necessário aprender a geri-los. Luiz, que falava sobre “Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Económico e Empresarial em África”, indicou outros países africanos onde os custos de investimento para começo de um negócio são ainda muito elevados RD Congo (556,8), Níger (396,4), Ruanda (316,9), Togo (229,6) e Tanzânia (186,9), sendo a África do Sul o que tem o menor custo (9,1) da região. Existem outros países, em geografias de referência mundial, com custos inferiores, como os EUA (0,6), a Austrália (2,1) e a Rússia (6,7). John Luiz não deixou de equacionar que, embora os riscos sejam altos, à medida que emergem e se aprofundam os mercados, eles são maiores em conjecturas do que na realidade. A chave, disse, “é aprender a gerir esse risco”. Referiu que os serviços e produtos são necessários nas áreas da educação, saúde, agricultura, infra estruturas, operações bancárias e, sobretudo, nas novas tecnologias. Entre 1999 e 2004 o telefone móvel cresceu 58% ao ano em África, enquanto na Ásia, região de maior predominância, a subida foi de apenas 35%. O continente tem mais petróleo do que o Médio Oriente, mas a China e a Índia estão a aumentar rapidamente as suas reservas, afirmou o economista, recordando que em 2025 África, agora abrangida por várias organizações económicas AMU, COMESA, ECCAS, IGAD, CEDEAO e SADC – terá um Mercado Comum, à semelhança da Europa. Eleições obrigam a rigor sem condescendências. A estabilidade política e a existência de instituições credíveis de protecção dos direitos humanos, de garantia dos contratos e de zelo pela transparência das contas do governo, são etapas fundamentais para sedimentar a confiança que os diferentes países do continente terão de proporcionar a potenciais investidores estrangeiros, salientou. A maior parte dos líderes em África, em todos os regimes de transição, e desde 1960, tem desaparecido, principalmente devido a golpes de estado, guerra ou invasões, mas também a acidentes naturais, referiu John Luiz. No período de 1960-1969 morreram 27 estadistas, entre 1970-79 desapareceram 30, na década de 80 morreram 22 e o mesmo número na seguinte, perfazendo no início de 2000 um total de 101 líderes vítimas de guerras, golpes de estado ou invasões. Mas África está a mudar, defendeu. Desde os anos 90, o multipartidarismo, através de eleições, instalou-se em mais de 40 países, na maioria em consequência de eleições pluripartidárias pós-independência. O economista aconselhou os investidores em África a terem de ter bom senso e responsabilidade social, a saberem lidar com a diversidade cultural e a serem atentos e pedagógicos com problemas como a sida e a pobreza.