"Os quadros angolanos que acabaram de se formar devem voltar já ao país, porque este é o momento ideal", defendeu Evaldo Fonseca, presidente da Associação de Estudantes Angolanos em Portugal (AEAP), após um encontro que reuniu 250 alunos no Inatel, na Foz do Arelho.
Em declarações à agência de notícias Lusa, o porta-voz sintetizou as declarações de um encontro, que durou dois dias, e debateu temas como "A juventude angolana na era da globalização", a "Integração e reintegração da juventude angolana na sociedade" e "Formação especializada, empregabilidade e empreendedorismo em Angola". O evento serviu para mostrar aos estudantes "a necessidade de quadros e mão-de-obra qualificada" num país que "precisa do envolvimento da sociedade para ajudar o Estado a promover o desenvolvimento".
A maioria dos estudantes demonstrou vontade de regressar ao país, preferindo Luanda em detrimento das restantes províncias. "A falta de infra-estruturas noutros locais leva as pessoas a optar por Luanda, mas a reconstrução do país passa também por uma mudança de mentalidades", alegou Evaldo Fonseca, que apontou Benguela, Lubango e Huambo como regiões que começam a tornar-se atractivas. O encontro contou com a participação de representantes do Governo, deputados da Assembleia Nacional de Angola, quadros e membros das associações de estudantes angolanos radicados em Espanha, Portugal e Reino Unido.
O evento foi o mote para a celebração de um protocolo com o Instituto de Implantologia e outro com a Real Transfer, que isenta os estudantes do pagamento de taxas nas transferências de verbas entre os dois países.