
Embaixador em Lisboa desafia empresários portugueses a investir em Angola
O embaixador de Angola em Portugal, Marcos Barrica, desafia os empresários portugueses a investirem no seu país e a "não perderem tempo". O apelo deve-se às previsões para 2010, que se espera que seja um ano de grande crescimento económico.
"Este ano prevê-se um crescimento sempre positivo, os compromissos serão assumidos e o empresário português tem o seu espaço reservado, não percam tempo senão perdem o espaço", frisou o responsável, acrescentando que os empresários portugueses têm em Angola um espaço "privilegiado". Marcos Barrica abordou a questão no final do seminário "Oeiras - Angola: Novas Dinâmicas Empresariais", que decorreu no Taguspark, no fim-de-semana.
Relativamente ao ano passado, o diplomata admitiu que foi um ano de "abrandamento no crescimento económico, como de resto aconteceu a nível mundial", mas sublinhou que o "mais importante é que não houve recessão". "O abrandamento teve algumas consequências. Houve operadores económicos que se queixaram de algum atraso nos pagamentos, mas para este ano prevê-se um crescimento sempre positivo", esclareceu.
Questionado sobre o acordo de financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Angola, o embaixador afirmou que irá "ser cedido nos moldes estabelecidos". Quanto ao papel que Portugal e o Brasil têm a desempenhar nesse acordo, o embaixador disse apenas que "é com o FMI que governo angolano está a tratar deste assunto. Agora, internamente, se o FMI está a falar com outras pessoas que alavancam este montante" é um assunto que ultrapassa Angola. "A nossa relação é com o FMI", reiterou.
No seminário "Oeiras - Angola: Novas Dinâmicas Empresariais" o presidente da câmara, Isaltino Morais, e o vice-presidente da AITECOEIRAS, Nuno Manalvo, apresentaram ao embaixador o projeto "Oeiras Valley", um pólo de desenvolvimento empresarial, para o qual pretendem captar investimentos angolanos. Para Marcos Barrica, Oeiras é um "exemplo de sucesso do ponto de vista do desenvolvimento social e económico".