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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mercado Financeiro


Reservas internacionais mantêm queda mas estabilizam entre Abril e Maio



As reservas internacionais líquidas do Estado angolano eram de 12,2 mil milhões de dólares em Maio, mantendo a quebra desde Dezembro de 2008, quando se situavam nos 17,5 mil milhões de dólares, anunciou o Banco Nacional de Angola (BNA).

A queda do preço do petróleo e dos diamantes nos mercados internacionais, as principais fontes de divisas de Angola, é a razão pela qual as reservas em dívidas do BNA mantêm uma queda desde finais de 2008. Em Dezembro do último ano, Angola dispunha de cerca de 17,5 milhões de dólares em reserva, passando para cerca de 13,2 mil milhões em Março e para 12,4 mil milhões em Abril.



Os números traduzem igualmente uma estabilização das reservas entre Abril e Maio, correspondendo ao aumento do preço do barril do petróleo verificado entretanto, que passou de cerca de 40 dólares no início do ano para os actuais cerca de 70 dólares norte-americanos.

Esta quebra coerente entre Dezembro de 2008 e Maio último traduz a decisão do Governo de Luanda de recorrer às suas reservas internacionais líquidas para manter em curso os investimentos das infra-estruturas englobadas no programa de reconstrução nacional, encetado após o fim da guerra em 2002.

O Governo angolano tem defendido que o preço mínimo para manter a estabilização do sector é de 75 dólares o barril, o que significa que a partir deste valor o Estado deixa de precisar de recorrer às suas reservas internacionais para manter o plano de investimentos públicos. Perante esta quebra, directamente relacionada com a crise económica e financeira mundial, o Governo angolano estabeleceu prioridades para os investimentos, estendendo os prazos para alguns dos projectos em curso, nomeadamente no sector das obras públicas, e colocando outros em "stand by".



Com uma capacidade de produção em torno dos dois milhões de barris/dia, Angola, devido à diminuição imposta pela OPEP, produz actualmente 1.650 milhões, tendo esta situação contribuído também para a diminuição nas suas reservas internacionais líquidas.

Produção

Cana-de-açúcar é aposta governamental


O projecto de investimento "Unidade Agro-Industrial de Cacuso-Malanje", no valor de USD 272 milhões e 379 mil, foi aprovado ontem em reunião de Conselho de Ministros. O programa, que será implementado na província de Malanje, tem como finalidade incentivar o cultivo da cana-de-açúcar, com vista à produção de açúcar, álcool e energia eléctrica. Segundo as previsões, o plano vai criar aproximadamente 500 postos de trabalho directos (350 são nacionais) e 700 indirectos.

O Conselho de Ministros aprovou ainda o contrato de empreitada para a execução de infra-estruturas, no âmbito do projecto integrado de avicultura familiar, celebrado entre o Ministério da Agricultura e as empresas coreanas Hansol EME Co.Ltd e a Truelife Co. Ltd. O projecto será implementado nos municípios de Cacuso e Lucala, nas províncias de Malanje e Kwanza Norte, respectivamente.
Durante a reunião, o Executivo aprovou o acordo de financiamento entre a República de Angola e o Fundo Africano de Desenvolvimento, que visa apoiar o sector do ambiente durante um período de cinco anos, no domínio da Convenção Ambiental Integrada e Gestão dos Recursos Humanos.


Turismo

Hotelaria deve investir no CAN



O ministro da Hotelaria e Turismo, Pedro Mutindi, defendeu esta semana, em Cabinda, a necessidade de apoiar as iniciativas privadas que visam melhorar a organização no CAN2010.
O responsável, que presidiu ao acto de abertura do Programa Nacional de Formação de Brigadas Itinerantes para a Qualificação dos Profissionais do sector, tendo em vista o CAN2010, incentivou os agentes hoteleiros locais a unirem esforços com os vários intervenientes do evento desportivo, elaborando um programa de simbiose sobre o turismo cultural, de forma a criar uma maior interligação dos turistas.
No âmbito do programa nacional de formação de brigadas itinerantes serão ministrados cursos de mesa, bar, cozinha, hospedaria, recepção, andares e guias com a duração de dois meses e meio, prevendo-se a participação de 700 profissionais. A acção tem como objectivo formar os agentes hoteleiros, para que consigam aplicar e prestar um serviço de melhor qualidade.
O projecto prevê instruir os quadros do sector para uma melhor capacidade de atendimento aos turistas, que vão deslocar-se a Angola para assistir ao CAN.


Imigração


Mais de 100 milhões de dólares gastos no combate à imigração ilegal



O Governo de Angola despendeu mais de 100 milhões de dólares (71.3 milhões de euros), desde a restauração da paz em 2002, no combate à imigração ilegal, revelou hoje em Luanda o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA).

O general Francisco Pereira Furtado, dirigindo-se aos deputados da Assembleia Nacional durante uma conferência sobre Segurança Nacional, anunciou estar em curso, desde 9 de Maio, uma operação militar denominada "Crise", que permitiu expulsar 18 mil estrangeiros ilegais das zonas diamantíferas da província angolana da Lunda-Norte. "Esta operação foi despoletada como resultado da crise económica e financeira mundial que afectou o sector diamantífero nacional, onde 11 projectos mineiros de grande importância foram abandonados pelos seus tutores, ou detentores de licenças (de exploração)", salientou Francisco Furtado, referindo que a missão foi atribuída às FAA. O responsável esclareceu que "em 37 dias desta operação foram expulsos 18 mil cidadãos estrangeiros", só na província da Luanda-Norte. "Isto é para chamar à atenção dos senhores deputados para o fenómeno da imigração ilegal e as repercussões e consequências que esta tem para a segurança nacional", reiterou.

Em Abril de 2004, o Governo angolano lançou a operação "Brilhante" que culminou com a expulsão de centenas de milhares de imigrantes clandestinos, oriundos maioritariamente da República Democrática do Congo e de países da África do Leste que se dedicavam à extracção de diamantes nas províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul.

Indústria

Governo aprova plano nacional para o sector mineiro



O Governo angolano aprovou ontem em Conselho de Ministros o Plano Nacional de Geologia, que tem como principal objectivo apurar as potencialidades geológicas e mineiras do país.

O plano é considerado um "instrumento fundamental" para a definição da estratégia de desenvolvimento do sector mineiro e pretende garantir que este possa desempenhar o seu papel como instrumento de desenvolvimento "sustentável", participando "activamente" no processo de reconstrução nacional.

O comunicado divulgado pelo Conselho de Ministros refere ainda que o plano tem igualmente como objectivo o aumento da arrecadação de receitas para o Estado, a criação de novos postos de trabalho e a melhoria das condições sociais para as populações. Nesse âmbito, o Governo aprovou o Plano de Desenvolvimento Estratégico do Instituo Geológico de Angola (IGA), que tem por missão capacitar o país, em termos de infra-estruturas geológicas, para a obtenção de informações de "qualidade e credíveis", que permitam conhecer e avaliar o potencial mineiro do território nacional.

Foi também aprovado o Plano de Desenvolvimento dos Recursos Humanos do IGA como condição para a "eficácia da sua actividade". O órgão colegial do Governo aprovou ainda o regulamento de exploração artesanal de diamantes aluvionares ou secundários, com uso exclusivo de métodos e meios artesanais, com mecanização e sem tecnologia mineira industrial, uma actividade previamente licenciada pelo ministério da Geologia e Minas.

Durante a reunião, o Conselho de Ministros alterou o estatuto orgânico do Ministério dos Transportes para a criação do gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos. Este órgão de apoio técnico terá como função investigar os acidentes com aeronaves civis, participar nos programas e políticas de prevenção de acidentes e promover estudos e propor medidas de prevenção que visem reduzir a sinistralidade aeronáutica.

O executivo angolano autorizou igualmente o aumento do investimento da empresa de telefonia móvel (Unitel) no valor de 1,795 milhões de dólares até ao ano de 2013, com vista a melhoria da qualidade de serviços, modernização dos equipamentos, e adaptação às constantes mudanças tecnológicas do sector e o contínuo aumento da oferta de emprego.