Cooperação

Itália quer investir nas obras públicas

A Itália anunciou, através do seu embaixador, Giuseppe Mistretta, que está interessada em investir no sector das obras públicas, especialmente na construção de casas sociais, empreendimentos de águas e criação de infra-estruturas industriais.

A disponibilidade foi demonstrada durante a abertura oficial do curso de Mestrado em Ordenamento e Planeamento das Áreas Urbanas, no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Engenharia, da Universidade Agostinho Neto (UAN). O país europeu pretende cooperar com a referida instituição.

Giuseppe Mistretta destacou, em declarações à imprensa, que em Maio um grupo de empresários italianos virá a Angola para estabelecer parcerias de negócios em diversos sectores, nomeadamente no âmbito das infra-estruturas sociais. O embaixador reconheceu os esforços do Governo angolano no processo de reconstrução nacional, acrescentando que Itália pretende contribuir na edificação de estruturas benéficas à população. “Angola está a viver profundas mudanças no domínio da reconstrução nacional, sobretudo na reparação de infra-estruturas básicas que contribuem para a melhoria de condições de vida das populações”, assegurou.

O diplomata realçou ainda a importância da criação de um mestrado neste domínio, que permitirá uma melhor actuação no ordenamento das cidades, dando como exemplo a cidade de Luanda, considerada “um grande desafio pelo rápido crescimento e desenvolvimento, com o surgimento de edificações modernas “ .

A cerimónia oficial de abertura do curso contou com a presença do Vice-reitor da UAN para Assuntos Científicos, Albano Ferreira, do decano da Faculdade de Engenharia, Albano Kanga Manuel, de professores universitários e estudantes de engenharia e arquitectura. O mestrado, com duração de dois anos, conta com a participação de 20 estudantes e será ministrado no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Engenharia.

Saúde

OMS apela para combate à tuberculose

O director regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África, Luís Gomes Sambo, aproveitou o Dia Mundial da Tuberculose, que hoje se assinala, para lembrar que a comunidade africana deve envolver-se mais nas questões ligadas ao combate à tuberculose, de modo a controlar e diminuir a incidência da doença na região.
A efeméride tem como tema para este ano a “Inovação”, cujo lema é “Em marcha contra a tuberculose”. Luís Gomes Sambo destacou, segundo noticia a Angop, a necessidade de se aumentar a participação comunitária no combate contra a tuberculose, bem como de impulsionar a investigação científica, garantindo métodos de diagnóstico mais eficazes.
O responsável alega que as parcerias entre a comunidade e as instituições de saúde podem garantir um maior acesso das pessoas ao tratamento, incluindo os casos de resistência aos medicamentos.
A OMS e os parceiros estão a apoiar os estudos de investigação orientada para a produção de novos instrumentos de diagnóstico e medicamentos que acelerem a identificação dos casos e encurtem a duração do tempo tratamento.
O apelo vai para a mobilização de mais recursos para as campanhas de luta contra a tuberculose.
O director realçou que, apesar da existência de intervenções eficazes de controlo, a doença continua a ser uma das patologias que mais se propaga em África, continente que alberga cerca de 12 por cento da população mundial, onde surgem pelo menos 22 por cento de casos da pandemia por ano. Por outro lado, apontou a debilidade dos sistemas de saúde em grande parte dos países da região como um dos principais obstáculo à intensificação das actividades de controlo.

Realçou que em 2008 apenas 12 países da região atingiram a meta internacionalmente recomendada de identificação de pelo menos 70 por cento de novos casos, enquanto 13 nações africanas conseguiram que 85 por cento de pacientes finalizassem os tratamentos.

Construção

ONU impressionada com plano habitacional

A secretária-geral adjunta das Nações Unidas, Anna Tibaijuka, manifestou-se ontem, no Rio de Janeiro, impressionada com o programa de habitação que está a ser executado pelo Governo angolano.

Em declarações à imprensa, depois da audiência com o ministro de Urbanismo e Construção, José Ferreira, Anna Tibaijuka explicou que ficou impressionada com o programa que lhe foi apresentado em 2008, altura em que se deslocou a Angola. A directora executica da ONU-Habitat alega que o importante é aumentar a dimensão do programa. O encontro com o ministro angolano de Urbanismo e Construção permitiu discutir a abertura dos escritórios da ONU-Habitat, prevista para dentro de cinco meses.

A dirigente das Nações Unidas referiu que o fórum está a decorrer segundo as expectativas e explicou que o encontro com os representantes angolanos permitiu a troca de experiências .

O 5º Fórum Urbano Mundial que decorre sob o lema “ O direito à cidade: Unindo O urbano Dividido” conta com 16 mil participantes de 160 países que estão a discutir assuntos relacionados com as desigualdades de renda nas cidades, directrizes urbanas para o desenvolvimento, entre outros assuntos.

Investimento

Governo do Bié vai adquirir ambulâncias

O governo da província do Bié pretende adquirir 30 ambulâncias ainda este ano. O objectivo consiste em apoiar as unidades sanitárias locais, garantindo rapidez e eficiência na transportação dos doentes.

A informação foi divulgada pelo secretário-geral do governo do Bié, Avis Agostinho Vieira, em declarações à Angop, por ocasião da apresentação do plano de acções a serem desenvolvidas em benefício do sector da saúde. A fonte sublinhou que as referidas ambulâncias, que serão igualmente distribuídas nas vilas do interior, serão adquiridas através das disponibilidades financeiras concebidas às administrações municipais, enquadradas no quadro do fundo de gestão municipal e do programa de investimentos público da província.

Avis Agostinho Vieira disse que as viaturas irão, fundamentalmente, beneficiar as unidades sanitárias de referência da província do Bié, pelo facto de acolherem maior número de pacientes. De acordo com a fonte, para efectivação do programa, o governador da província do Bié, Álvaro de Boavida Neto, reuniu no fim-de-semana último com os administradores municipais.

O executivo da província do Bié está empenhado em melhorar da assistência sanitária às populações, com vista a reduzir o índice de mortalidade, principalmente das crianças.

Entre acções que visam melhorar a assistência sanitária constam a construção e reabilitação de unidades sanitárias, enquadramento de novos enfermeiros, distribuição de mosquiteiros, palestras de sensibilização sobre as grandes endemias, entre outras.

Iniciativa

Portadores de deficiência constroem escola

O projecto "Vem Comigo", que dá apoio a portadores de deficiência, está a construir uma escola do I ao III nível, com oito salas de aulas, na cidade de Saurimo, província da Lunda Sul.

Em entrevista hoje à Angop, o coordenador da região norte e leste do projecto, Amós Samuel Sabundi, sublinhou que o material utilizado para a construção do estabelecimento é proveniente do centro de artes e ofícios, que congrega 60 portadores de deficiência. O centro produz 350 blocos diariamente, assim como outros materiais de construção e o cultivo, na região, de 50 hectares de terra.

A cooperativa agrícola, criada em Julho de 2009, é composta por dez famílias de portadores de deficiência e dedica-se ao cultivo da mandioca, batata-doce, milho e feijão, cujos produtos são posteriormente comercializados no mercado local. Amós Samuel enalteceu o apoio prestado pela governadora provincial, Cândida Narciso, aos portadores de deficiência, contribuindo para a diminuição do número de mendigos na cidade de Saurimo.

O Projecto Vem Comigo iniciou a 22 de Abril de 2003, no município do Dande, província do Bengo, num acto presidido pela primeira dama, Ana Paula do Santos, na qualidade de presidente do Fundo de Solidariedade Social "Lwini", e do ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, Pitra Neto. Financiado pelo Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, o projecto é administrado pelo Fundo de Solidariedade Social Lwini e coordenado pela Associação Nacional de Deficientes Angolanos (ANDA).