O responsável provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Andrade Moreira Bahu, admitiu à Angop que pelo menos 11.300 hectares de florestas foram devastados nos últimos seis anos na província do Huambo, devido à exploração anárquica de madeira, acto que está a colocar em risco os principais perímetros florestais desta região. Andrade Moreira mostrou-se seriamente preocupado com os actuais índices de devastação das principais zonas florestais do Huambo.
Informou ainda que o perímetro florestal do Saquengue, no município do Katchiungo, é o que mais área de ocupação perdeu, seguindo-se o de Sandenda, no município da Caála.
Esclareceu que a exploração anárquica de recursos florestais afectou sete mil dos 18 mil hectares que o perímetro de Saquengue possuía, enquanto o de Sandenda (5 mil hectares) perdeu uma área de 2.650 hectares.
Andrade Bahu revelou que o perímetro florestal do Kuima (Caála) perdeu 850 hectares dos 17 mil que ocupa, ao passo que o do Mundundo, no município do Ukuma, sofreu uma destruição de 800 hectares dos oito mil que possui.
Embora não tenha apresentado dados concretos sobre o número de árvores derrubadas nos 11.300 hectares, explicou que cada hectare comporta entre 1500 a 1600 árvores diversas.
Afirmou que o pinheiro, cuja madeira é muito apreciada para a confecção de mobiliário e construção civil, é a árvore mais abatida nas zonas florestais da província.
Para pôr fim ao abate indiscriminado de árvores, quer em perímetros florestais e nas reservas naturais desta região, o IDF na província vai, a partir do próximo ano, aplicar punições severas aos exploradores anárquicos de recursos florestais e reforçar as suas brigadas de fiscalização. Anunciou também que o IDF já elaborou um plano estratégico para o repovoamento florestal das zonas que estão a ser destruídas.
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