Bem-vindos ao blog da revista Angola'in!

Uma publicação dirigida a todos os angolanos, que pretende ser o elo de ligação da lusofonia. Queremos que este espaço seja mais um meio de contacto com os nossos leitores e todos aqueles que têm ligações a este país. O nosso objectivo é estarmos próximos de si e, com isso, esperamos acolher a sua simpatia e a sua opinião, como forma de enriquecer o nosso trabalho. O seu feedback é uma mais-valia, um estímulo para continuarmos a desenvolver um projecto inteiramente dedicado a si!

Angola'in à venda em Portugal e Angola

Angola'in à venda em Portugal e Angola
A 1ª edição 2012 da Angola'in é pura sedução! Disponível em Angola e Portugal, a revista marca o seu regresso ao bom estilo das divas: com muito glamour e beleza. Uma aposta Comunicare que reserva grandes surpresas para os seus leitores

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Agricultura


Sector privado deve envolver-se na cafeicultura



O responsável provincial do Kwanza Norte do Instituto Nacional do Café de Angola (INCA), Tavares Hombo Geremias, considerou hoje em Ndalatando, de pertinente o envolvimento do sector privado na cafeicultura, para facilitar o relançamento da actividade na província.
Em declarações à Angop, o responsável adiantou que o envolvimento do sector privado superaria os actuais níveis de produção de café na província e facilitaria o cultivo de todas as áreas destinadas à cafeicultura.
O INCA no Kwanza Norte, esclareceu, trabalha com grupo de famílias por falta de empresas ligadas à produção do café.



Informou que a província controla quatro mil e 95 fazendas familiares e empresariais, estando presentemente em actividades 760 de carácter familiar, ocupando uma área de 16 mil hectares, dos quais oito mil a produzirem plenamente.
Referiu que algumas fazendas estão a ser reabilitadas pelos proprietários, enquanto outras continuam abandonadas por razões desconhecidas.
Até 2005, disse, altura em que se interrompeu o processo de alienação de propriedades agrícolas, tinham sido adjudicadas 50 fazendas de café para fins empresariais, estando nessa altura quase todas inactivas, por suposta dificuldades financeiras dos proprietários, deixando perto de 92 mil hectares de terras sem serem exploradas.
Segundo o responsável provincial do INCA, se todas as fazendas estivessem a produzir teria sido superada a actual produção, estimada em mais de 80 toneladas anuais em média e aproximar os níveis de produção da província aos do Uíge, considerada o maior produtor de café actualmente.
Tavares Geremias disse estar preocupado pelo facto de alguns fazendeiros do município do Golungo-Alto estarem apenas interessados com o corte de madeira nas fazendas que lhes foram cedidas em detrimento da cultura de café.
Apesar de reconhecer o valor do corte de árvores para a limpeza dos cafezais, disse que não devia sobrepor-se ao cultivo de café, a principal actividade pelas quais foram adjudicadas as fazendas.
A província do Kwanza Norte dispõe de mais de 100 mil hectares de terras para o cultivo de café.

Comércio


Presild reduz investimento




O Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e Distribuição de Bens Essenciais à População (Presild) reduziu para um bilião e 524 milhões de dólares norte-americanos o seu plano de investimentos avaliado em três biliões e 840 milhões de dólares norte-americanos, disse hoje à Angop o chefe do gabinete de comunicação, marketing e publicidade, João Pedro.
O plano consubstanciado na construção de infra-estruturas comerciais de pequena, média e grande dimensão, nas 18 províncias de Angola, sofreu tal corte nas suas despesas devido aos efeitos da crise financeira mundial.
Do total do valor inicialmente previsto para as despesas do Presild já foram gastos USD 600 milhões na construção de infra-estruturas comerciais como as lojas “Nosso Super”, “Poupa Lá”, mercados municipais, lojas pedagógicas, Shopping Nosso Centro e Centros de Logística e Distribuição (Clods).
A fonte informou que o programa previa a construção de 285 infra-estruturas comerciais em todo país, até 2012, mas erguerá apenas mais 65, uma vez que 48 já estão construídas e em funcionamento.
Disse que, embora o programa tenha sido repensado e redimensionado por força da crise financeira, as obras de construção de outros projectos estão em curso um pouco por todo país.
O Presild é um programa criado em 2005 pelo Governo angolano com o objectivo de assegurar o fornecimento de bens básicos à população, estabilizar preços no mercado, combater a especulação e acabar com o monopólio que se registava no sector comercial do país por parte de um grupo reduzido de empresários.
A implementação do Presild permitiu certo equilíbrio no preço dos produtos básicos, desconcentração e maior oferta de bens essenciais à população.

Economia


Tecmaia e Banco Africano de Investimento assinam protocolo


O Banco Africano de Investimento Europa (BAIE) vai apoiar as empresas instaladas no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia (Tecmaia) na concretização de negócios em Angola, no âmbito de um protocolo hoje assinado entre as duas instituições.
Em declarações à agência Lusa, Tavares Moreira, do BAIE, afirmou que a iniciativa resulta da aposta daquele banco na zona Norte de Portugal e que se traduziu já, em Junho, na assinatura de um outro protocolo de colaboração com a Associação Industrial do Minho (AIMinho).
"O BAIE, que abriu em Maio um escritório no Porto, constatou que a zona Norte, do ponto de vista do relacionamento comercial com Angola, é a mais forte do país", disse.
No caso do Tecmaia, onde estão instaladas cerca de uma centena de empresas na área das tecnologias de ponta, Tavares Moreira disse haver "muito interesse" no envolvimento com o mercado angolano.
Por outro lado, acrescentou, "Angola é um mercado com muito apetite por novas tecnologias", o que poderá potenciar a concretização de negócios com as empresas portuguesas instaladas no Parque de Ciência da Maia.
"Acho que num prazo muitíssimo curto vamos ter negócios", sustentou, afirmando estarem em causa quer a exportação de bens e serviços para Angola, quer a realização de investimentos directos naquele país africano.
O presidente do conselho de administração do Tecmaia, Bragança Fernandes, referiu que o protocolo hoje assinado pretende dinamizar o intercâmbio com Angola, país actualmente muito atractivo para as empresas portuguesas e que já havia sido referenciado por várias das unidades instaladas naquele parque.
"Queremos aumentar o número de empresas presentes no Tecmaia e o protocolo vai ajudar", afirmou o também presidente da Câmara da Maia, apontando como objectivo a duplicação da actual centena de unidades instaladas no parque e o aumento dos actuais 2.000 para 10.000 do total de empregos ali criados.
No âmbito da segunda fase de desenvolvimento do Tecmaia, actualmente em curso, Bragança Fernandes disse estar já assegurada a instalação no parque do centro de negócios da Adidas, do centro de investigação da Infineon (que actualmente está nas instalações da Qimonda de Vila do Conde) e do Pólo de Competitividade da Saúde (Health Cluster).
Nos termos do protocolo hoje assinado, o Tecmaia passará a informar o BAIE do interesse das suas empresas em desenvolver negócios em Angola, sendo estas informações utilizadas pelo banco com o objectivo de oferecer aos empresários "as melhores condições financeiras para a realização de transacções com Angola, sejam de investimento ou simplesmente comerciais".
Ao BAIE caberá ainda informar regularmente a Tecmaia sobre o "desempenho e perspectivas da economia angolana".
O BAIE é a filial em Portugal do Banco Africano de Investimentos (BAI), que está presente em Angola e Cabo Verde.

Visita de Estado


Zuma destaca oportunidades de negócios para empresários sul-africanos


O Presidente sul-africano afirmou hoje que a realização do Fórum Empresarial Angola/África do Sul foi uma oportunidade de negócios e desenvolvimento e, se ele fosse empresário, a agarraria com as duas mãos e investiria todo o seu dinheiro.
Jacob Zuma discursava na cerimónia de encerramento do fórum, que decorreu desde quarta-feira em Luanda, no âmbito da visita oficial de dois dias que está a realizar a Angola, e que contou com a participação de mais de 400 empresários angolanos e sul-africanos.
"Acredito que em ambos os lados (África do Sul e Angola), uma oportunidade singular foi aberta. Quem imaginava, há décadas atrás, que os homens de negócios da África do Sul e de Angola iam sentar-se lado a lado para juntos discutirem assuntos do progresso?", interrogou Zuma.
"Acredito que concordarão comigo que os esforços empreendidos para resolver os problemas da África Austral criaram oportunidades para negócios e desenvolvimento", frisou.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado da África do Sul defendeu o desenvolvimento de parcerias com outros países do continente, acrescentando que o seu país continuará a ajudar na reconstrução e desenvolvimento de África, especialmente nas situações pós-conflito.
"Tais programas irão requer a participação de todos os sectores, incluindo a comunidade de negócios, pois para que a paz seja preservada é necessário desenvolvimento e desta forma queremos parcerias com a comunidade de negócios, nas iniciativas de construção de paz, com vista ao alcance de um continente pacífico e estável", disse.
Na perspectiva de Zuma, "para pôr fim ao conflito e para que a paz seja preservada é preciso reconstruir o país devastado pela violência, porque se não o fizermos a violência voltará".
"É importante que os negócios de África vejam a paz como uma oportunidade para participarmos e criarmos negócios e beneficiarmos os cidadãos dos países", adiantou.
Por seu lado, o primeiro-ministro angolano, Paulo Kasssoma, referiu que Angola conta com a África do Sul para a aplicação do processo de diversificação da economia.
"Para a concretização dos nossos objectivos devemos revitalizar as nossas relações institucionais, no sentido delas impulsionarem todas as nossas acções de cooperação", afirmou Kassoma.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aviação

Primeira fase do Aeroporto de Lubango concluida este ano



A primeira fase da reabilitação do Aeroporto do Lubango, na província da Huíla, tem o seu término previsto para Novembro deste ano, referiu hoje o engenheiro da empresa executora da obra, Marco Boa Hora.
Esta etapa da empreita vai facilitar a ligação da província com o resto do país durante a preparação e realização do Campeonato Africano das Nações (CAN) em futebol sénior masculino, a ter lugar de 10 a 31 de Janeiro de 2010 nas cidades de Lubango, Luanda, Cabinda e Benguela.
Segundo a fonte, a empreitada iniciou em Janeiro deste ano e compreende a recuperação das estruturas do aeroporto e seus acessos, instalação de um sistema moderno de iluminação para voos nocturnos, construção de uma placa de estacionamento com capacidade para aviões de pequeno, médio e grande porte.
"A nova pista possui três mil e 200 metros de comprimento, 45 metros de largura e 15 metros de berma, estando já a receber a primeira camada do tapete asfáltico", frisou.



O responsável acrescentou que, em simultâneo, decorre a edificação da nova aerogare do aeroporto, colocação do novo piso e a finalização dos trabalhos da alvenaria.
De acordo com a fonte, a construção do novo aerogare contempla a construção de um novo terminal de passageiros dotado de características modernas e dois andares.
Em relação à torre de controlo, fez saber que os trabalhos estão na sua fase final de execução, faltando apenas a montagem da cúpula da infra-estrutura.
Marco Boa Hora adiantou que a segunda fase da recuperação do aeroporto do Lubango terá início em 2010.

Debate


Universidade Lusíada promove discussão sobre modelo de gestão



Uma conferência, dedicada ao sistema de governo na futura Constituição da República de Angola como factor de estabilidade política e social, realiza-se hoje, na Universidade Lusíada.
Dirigiram os painéis o jurista Carlos Araújo e o dirigente da UNITA Abel Chivukuvuko, que, em considerações gerais, expuseram as vantagens e desvantagens dos distintos modelos de governo.
Os prelectores concordaram que o país deve adoptar o sistema que melhor assegure e promova a defesa dos anseios dos cidadãos, na sua diversidade.
Para o reitor da instituição, Mário Pinto de Andrade, a pertinência de envolver a comunidade científica no debate impõe-se pelo momento histórico presente, quando está em curso um processo constituinte.
Para o académico, o regime democrático possibilita adopção de sistemas de governo como o presidencialista ou semi-presidencialista, parlamentar ou semi-parlamentar, cada qual devidamente caracterizado e classificado no que respeita aos seus traços essenciais.
Recordou que a doutrina do constitucionalismo democrático liberal estabelece, contudo, princípios estruturantes, como o de governo limitado, eleição periódica dos representantes do povo, ou o exercício do poder político de acordo com o estabelecido pela Constituição e demais leis ordinárias.
Mário Pinto de Andrade ajuntou que os cidadãos e os seus representantes são chamados a participar do significante acto de cidadania que é a discussão das opções a inserir na Constituição de Angola.
A conferência assistiram distintas personalidades, entre académicos, parlamentares estudantes, professores e outros agentes da sociedade civil.

Economia

Exportações de petróleo a caminho do valor mais alto do ano






As exportações de petróleo angolanas deverão atingir 1,903 milhões de barris diários em Outubro, o nível mais elevado do ano, acima da quota do país na Organização de Países Exportadores de Petróleo, segundo os programas de exportação.

Os programas preliminares das grandes petrolíferas a operar em Angola, segundo a Bloomberg, apontam para um total de 62 carregamentos em Outubro, num valor total de 59,1 milhões de barris, uma média diária de 1,903 milhões de barris.
Este é o nível mais elevado desde Dezembro de 2008, quando a OPEP fez sucessivos cortes de produção para tentar conter a descida do preço do petróleo nos mercados internacionais.
Em Setembro, as exportações atingiram uma média diária de 1,854 milhões de barris, num total de 58 carregamentos.
Segundo o ministro angolano do Petróleo, Botelho de Vasconcelos, a actual objectivo de produção do país é de cerca de 1,656 milhões de barris, no âmbito da OPEP.
O cartel petrolífero aumentou o nível de produção em Julho, na sequência da recuperação dos preços registada nos últimos meses.
As melhores perspectivas para o sector petrolífero angolano têm levado os analistas que acompanham a economia do país a rever em alta as previsões de crescimento, afastando o cenário de recessão profunda antevisto no início do ano.
Na semana passada, foi o Banco Mundial a rever a quebra de 1,9 por cento do PIB para um crescimento "flat", de zero por cento, segundo disse à Lusa o economista-chefe para Angola, Ricardo Gazel.
O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o sector petrolífero crescer mais de 10 por cento.
Mas, entretanto, o preço do petróleo subiu e a produção de petróleo angolana inscrita no Orçamento de Estado revisto, 1,8 milhões de barris diários, está apenas 6,5 por cento abaixo da registada no ano passado.
Apesar da quebra, afirma Gazel, o valor previsto para a produção está "acima do que seria se todos os cortes acordados com a OPEP fossem implementados".
"Mas a verdade é que nenhum país está a implementar a 100 por cento" os cortes do cartel, sublinha.
A recuperação do sector petrolífero angolano levou também o Banco BPI a rever em alta previsões para o PIB angolano em 2009, para menos 2,0 por cento, enquanto o Governo angolano espera um crescimento de 6,1 por cento.