O presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma, encontra-se em Abuja (Nigéria), numa viagem que representa a importância que as autoridades angolanas dão às relações históricas de amizade e solidariedade entre os dois países. O director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores (Mirex), Nelson Cosme, admitiu que estes países são 'irmãos', pertencentes a organizações regionais e mundiais, num discurso à imprensa no complexo presidencial do aeroporto internacional Nnamdi Azikiwe, em Abuja.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Diplomacia
O presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma, encontra-se em Abuja (Nigéria), numa viagem que representa a importância que as autoridades angolanas dão às relações históricas de amizade e solidariedade entre os dois países. O director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores (Mirex), Nelson Cosme, admitiu que estes países são 'irmãos', pertencentes a organizações regionais e mundiais, num discurso à imprensa no complexo presidencial do aeroporto internacional Nnamdi Azikiwe, em Abuja.
Ambiente

O Ministério do Ambiente está a trabalhar na identificação de novas áreas de conservação, no âmbito da preservação e protecção da biodiversidade angolana, revelou no Lubango, o vice-ministro do sector, Sianga Abílio.
Falando na abertura do primeiro seminário internacional sobre a “Biodiversidade e o Desenvolvimento Sustentável das Comunidades”, o responsável afirmou que se trata dos mangais da voz do Rio Congo, floresta do Maiombe e que inclui ainda a protecção de espécies como gorilas, chimpanzés, pacaças e o búfalo vermelho.
Sianga Abílio sustentou, em declarações à Angop, que estas novas áreas serão incluídas na rede existente no país, nomeadamente os parques nacionais. Acrescentou que o Ministério e os seus parceiros estão ainda a recuperar as áreas de conservação, como parques nacionais e espécies ameaçadas de extinção, com destaque para a Palanca Negra Gigante, cujos resultados são animadores, com vista a garantir uma protecção efectiva da biodiversidade.
O vice-ministro explicou que a nova filosofia de gestão das áreas de conservação farão delas zonas de desenvolvimento comunitário. Como exemplo, o responsável apontou o Parque Nacional do Bicuar (Huíla), cuja reabilitação, com os esforços do governo e parceiros, permitiu que este ficasse habilitado para acolher o ecoturismo. “O Ministério do Ambiente está engajado na conservação da nossa riqueza biológica e elaborou uma série de legislação que se juntam às existentes, nomeadamente o decreto-lei sobre a avaliação de impactos ambientais, licenciamento e auditorias ambientais, assim como a estratégia nacional sobre a biodiversidade”, lembrou.
O vice-ministro do Ambiente considerou que a degradação do habitat, resultante das queimadas, da caça furtiva, desmatamento e obstrução das rotas de transumância, deve ser travada, pois são actos que colocam em perigo a diversidade biológica.
Sugeriu ser importante o papel do sector privado e empresarial, das organizações não-governamentais, nomeadamente na contribuição, sob forma de parcerias público-privadas no melhoramento das condições de vida da população. Por outro lado, afirmou que a organização deste seminário na Huíla, sob o lema: “a biodiversidade e o desenvolvimento das comunidades envolventes”, foi uma escolha feliz, tendo em conta a riqueza biológica que a Huíla ostenta, fenómeno ligado ao tipo de clima onde é notório o desenvolvimento do sector agro-pecuário.
O evento, uma iniciativa da empresa UniOne em pareceria com o governo da Huíla e Ministério do Ambiente, encerra domingo e reúne ambientalistas, administradores municipais, militares e estudantes.
Desporto
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Educação
A empresa petrolífera Chevron e o Bureau D'Ingeniere en Education et Formation (BIEF) assinaram hoje, em Luanda, um cooperação para a expansão do Plano Mestre de Formação de Professores em 16 províncias de Angola.
O referido acordo, que envolve a entrega de 1.5 milhões de dólares norte-americano em três fases, foi assinado pela directora geral de política e relações governamentais pública da Chevron, Eunice de Carvalho, e a representante do BIEF, Alexia Peyser, como parceiro do MED, na presença do ministro da Educação, Mpinda Simão.
Na ocasião, a responsável da Chevron para a área de políticas relações governamentais e pública, Eunice de Carvalho, afirmou que a empresa petrolífera continuará a apostar na melhoria da futura geração de quadros angolanos, capazes e comprometidos com o renascimento económico e social de Angola.
O financiamento insere-se no âmbito da responsabilidade social da Chevron em Angola e deverá permitir a expansão do plano mestre de professores a nove províncias que até ao momento não foram abrangidas por esta iniciativa do Ministério da Educação por dificuldades financeiro.
O Plano Mestre de Formação de Professores do Ministério da Educação resulta da reforma educativa iniciada em 2001 pelo Governo, com vista a melhorar das capacidades pedagógicas, metodológicas e académicas dos professores, bem como o ensino e desenvolvimento de competências especificas e pedagógicos e supervisão metodológica.
Este financiamento será disponibilizado por um período de três anos e deverá abranger as províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Uíge, Lundas Norte e Sul, Moxico, Kwanza Norte e Kuando Kubango. A formação está cargo do Instituto Nacional de Formação de Quadros e incidirá sobre as áreas de gestão escolar e administração. "O financiamento vem alargar o compromisso de longa data que a Chevron tem em Angola e o princípio de pareceria com o governo angolano e as comunidades em todo o país. Ao longo de 20 anos a empresa investiu mais de USD 37 milhões em vários projectos relacionados com o ensino e a educação, desde a construção de infra-estruturas à formação de professores e alunos”, enfatizou, em declarações à Angop.
Em 16 das 18 províncias do país a Chevron tem levado acabo programas sociais efectivos com impacto, abrangendo os sectores da educação, saúde capacitação humana e de infra-estruturas, agricultura e pescas, apoio as pequenas e medias empresas, ambiente saneamento básico e artes e cultura.
Diplomacia
O atraso das autoridades angolanas nos pagamentos internos e externos deve-se principalmente à redução das receitas petrolíferas, afirmam os ministros da Economia e Finanças em carta ao Fundo Monetário Internacional. O documento foi divulgado pelo FMI, um dia depois desta instituição financeira ter libertado 353 milhões de dólares (262 milhões de euros) a Angola, ao abrigo do acordo de "stand by" (SBA), apesar de não terem sido alcançadas as metas quantitativas quanto a acumulação de pagamentos em atraso.
Na carta ao director do FMI, Dominique Strauss-Khan, os dois ministros afirmam que o acordo ajudou a fazer "progressos significativos na recuperação da estabilidade macroeconómica", afectada pela quebra de crescimento económico e de reservas externas angolanas no ano passado.
O mercado de moeda estrangeira está "normalizado" e as reservas externas estão reconstituídas graças a "ajustamentos orçamentais substanciais", o que "gerou um ímpeto de crescimento positivo", juntamente com a "forte implementação da agenda estrutural" prevista no acordo.
"Apesar destes progressos, o Governo continuou a acumular pagamentos atrasados, devido principalmente à acentuada redução das receitas orçamentais petrolíferas, em resultado da crise económica e financeira internacional", adiantam os ministros Manuel Nunes (Coordenação Económica) e Carlos Alberto Lopes (Finanças). Outros factores para a incapacidade em resolver a situação dos pagamentos são "atrasos no processo de faturação pelas empresas contratadas, dificuldades na obtenção de financiamento doméstico e algumas fraquezas na gestão das finanças públicas", referem.
Consciente do impacto adverso destes atrasos na actividade económica e confiança dos investidores, o Governo reitera o compromisso de limpar a "maior parte" destes pagamentos até final deste ano.
"O Governo já começou a eliminar estes atrasos e vai também garantir que não sejam acumulados mais pagamentos atrasados daqui para diante", refere a carta, em que é pedido ao FMI que seja dispensada esta meta, dadas "as medidas correctivas a serem tomadas".
A situação macroeconómica, afirmam, é "sólida", mas "menos favorável" do que na primeira revisão do acordo "stand-by", dado os preços petrolíferos menos favoráveis do que o inicialmente projectado. Além disso, referem os ministros, "as perspectivas estão sujeitas a riscos significativos relacionados com a frágil retoma económica global e a elevada volatilidade dos preços internacionais do petróleo".
Para "mitigar estes riscos e preservar os ganhos obtidos nos últimos meses", adiantam, o Governo pretende "fortalecer as suas políticas económicas" de acordo com o acordo de "stand by".
Com o novo crédito aprovado a 24 de Setembro, eleva-se a 882,9 milhões de dólares (cerca de 665 milhões de euros) o apoio total concedido pelo FMI.
Aprovado em Novembro de 2009, o acordo SBA prevê o desembolso de 1,32 mil milhões de dólares ao longo de 27 meses.
Murilo Portugal, director adjunto do FMI, afirmou na segunda feira que Angola precisa de implementar "vigorosamente" o programa de redução de dívidas em atraso.
Economia

Banca
Sonangol reforça capital no BCP para 10,16 por cento
A petrolífera angolana Sonangol aumentou a sua participação qualificada no BCP, passando a deter 10,168 por cento do capital social do banco português, do qual já era o maior accionista. De acordo com uma nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco Comercial Português (BCP) informou que "a 22 de Setembro de 2010 [a Sonangol] aumentou a sua participação qualificada no BCP, detendo actualmente 477.333.998 acções BCP", representativas de mais de dez por cento do capital social e dos direitos de voto. "A 31 de Dezembro de 2009, a Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, empresa pública) detinha 469.000.000 acções BCP, o que correspondia a 9, 990 por cento do capital social", indica o documento.