Bebés siameses em Portugal para serem operados no Hospital D. Estefania
Os bebés siameses angolanos a necessitar de uma intervenção cirúrgica para a sua separação já estão em Portugal, onde vão ser operados no Hospital D. Estefânia, em Lisboa.
O director do Hospital Pediátrico David Bernardino, Luís Bernardino, disse à Agência Lusa que o estado de saúde dos bebés é "satisfatório", mas, tal como o médico que os tem acompanhado, Francisco Domingos, já admitiram a complexidade da intervenção.
As crianças nasceram em Agosto na província do Kwanza Sul, ligados pelo abdómen e tórax.
A demora na transferência dos bebés para Portugal deveu-se a questões burocráticas, como a falta de cédulas para o registo dos bebés, a emissão do passaporte de um dos acompanhantes e, por fim, a concessão dos vistos. Os bebés são do sexo masculino, filhos de camponeses do Kwanza Sul e nasceram unidos pelo tórax e o abdómen.
Segundo Luís Bernardino, os médicos angolanos e portugueses têm estado em regular contacto para a troca de informações sobre o estado dos bebés. "Nas nossas consultas de telemedicina com médicos cardiologistas do Hospital de Coimbra, os bebés foram observados para, com mais detalhes, fornecer a informação sobre o estado de saúde das crianças ao médico encarregado pela operação, o diretor dos serviços de cirurgia do Hospital D. Estefânia de Lisboa, Paulo Cazela", salientou.
Em Luanda, os bebés estão a ser acompanhados pelo médico Francisco Domingos, que seguiu com as crianças e a mãe destas para Lisboa. Francisco Domingos disse que os exames realizados às crianças revelaram que as mesmas têm corações e fígados independentes, restando dúvidas quanto à independência dos intestinos. "De forma regular, temos entrado em contacto com alguns médicos do Hospital D. Estefânia para os manter informados sobre o real estado dos bebés", disse Francisco Domingos.
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