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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Crise financeira


Governo reagiu bem à crise internacional



No primeiro ano de governação após as eleições legislativas angolanas, a resposta à crise internacional foi positiva e o "tráfico de influências" negativo, segundo dois analistas políticos ouvidos pela Lusa.

Mário Pinto de Andrade sublinhou como positiva a capacidade que o novo Governo, do MPLA, saído das legislativas de 05 de Setembro de 2008, teve para aprovar o Orçamento Geral do Estado (OGE) e procedido, "com eficácia", à sua revisão como resposta à crise internacional em curtos meses.

Professor universitário e um dos analistas que com mais frequência é ouvido nos órgãos públicos de comunicação social sobre a política angolana, Mário Pinto de Andrade frisou ainda que, "mesmo com a crise, o Governo decidiu manter os investimentos públicos fundamentais para o desenvolvimento do país".

O analista apontou que outra realização de "mérito" tem a ver com a aprovação pelo Governo de sete novas universidades públicas no país.

O arranque do projecto de construção de um milhão de casas, prometido em campanha pelo MPLA, e as medidas de carácter financeiro, nomeadamente na estabilização da moeda nacional, o kwanza, são igualmente destacados por Mário Pinto de Andrade.

Entre os pontos negativos, o analistas nota que, "apesar de se ter criado e entrado em funcionamento a Comissão Constitucional (órgão que deverá elaborar a futura Constituição do país) há pouco debate político" sobre esta matéria essencial.

"Até agora, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, parece ser o único que cria factos políticos neste país (foi dele que partiu a iniciativa da revisão constitucional e a possibilidade de o Chefe de Estado ser eleito por via indirecta, no Parlamento) o que torna o debate político bastante débil", afirmou.

Por seu lado, Justino Pinto de Andrade, que é o mais concorrido analista na comunicação social privada com pendor para a oposição, disse à Lusa que as promessas feitas pelo maior partido angolano "estão longe" de ser concretizadas.

Os angolanos "criaram uma série de expectativas face às promessas eleitorais" realizadas aquando da campanha eleitoral para as eleições em que o MPLA, que já governa Angola desde 1975, formou o Executivo depois de obter uma margem de votos, 81, 6 por cento, apontou Justino Pinto de Andrade.

"Penso que da conjugação do irrealismo das promessas, com a situação concreta que se viveu internacionalmente, e que se reflecte cá dentro, estamos mais ou menos na mesma situação em que nos encontrávamos no passado", frisou.

"Por outro lado, são bem visíveis os níveis de nepotismo, de tráfico de influências e de corrupção. Ninguém pode deixar de repudiar a forma como um conjunto reduzido de pessoas durante este ano se aproveitou para se apropriar ainda mais dos resultados da economia nacional de uma forma injusta", denuncia Justino Pinto de Andrade, sem especificar.

Este analista político referiu entre os aspectos positivos ocorridos no primeiro ano pós eleições legislativas, a visita do Papa Bento XVI, a forma como as relações com a África do Sul se estão a normalizar e a escolha de Angola no périplo da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.


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