Portugal vai participar nos grandes projectos de regadio através da EDIA
As empresas públicas angolana, Sopir, e portuguesa, Edia, vão assinar em Setembro um protocolo de cooperação na área da construção de perímetros de rega em Angola, informou hoje o ministro da Agricultura de Portugal, Jaime Silva, em Luanda.
No dia de Portugal, na 26ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), Jaime Silva, sublinhou a presença da Edia, empresa pública especializada no regadio, "uma das prioridades do governo angolano", vai celebrar um protocolo com o a sua congénere angolana, a Sopir, "no sentido de no futuro terem projectos conjuntos".
"A Edia é uma empresa pública criada para construir e desenvolver o maior perímetro de rega da Europa, já construímos o maior lago artificial da Europa, a Barragem do Alqueva, e já regamos 50 mil hectares", sublinhou o ministro português.
Jaime Silva enfatizou ainda a capacidade da EDIA ao lembrar que em 2012 serão 110 mil hectares de regadio" sob sua responsabilidade.
"Temos o que de mais moderno existe nesta questão de tecnologia de construção de perímetros de rega, eficiência energética e energias renováveis", acrescentou o governante português.
A EDIA, ainda segundo Jaime Silva, tem "experiência em construir perímetros de rega para novos investimentos e reconversão agrícola, com capacidade para responder aos desafios angolanos que é reconstruir os grandes perímetros de rega do país".
"Vamos assinar já em Setembro um protocolo entre a EDIA e a Sopir (Sociedade de Desenvolvimento dos Perímetros Irrigados), disse o ministro, considerando ser esta "uma boa notícia".
Mas Jaime Silva mencionou ainda os "laços históricos entre os dois povos", lembrou que "é conhecido e reafirmado o diálogo institucional e político entre os dois governos e o compromisso para o aprofundar das relações políticas, económicas e comerciais", entre Luanda e Lisboa.
O ministro da Agricultura português fez ainda questão de enfatizar que a FILDA "é a maior feira de Angola, mas também a maior feira de representação de empresas portuguesas fora de Portugal", contando este ano com 103 expositores.
"E isso diz bem da importância que o governo português atribui, mas também os empresários e os agentes económicos e toda a indústria, a esta feira", disse.
A particularidade desta edição da FILDA é a aposta numa nova dinâmica que o governo de Angola quer dar ao sector da agricultura e daí, segundo Jaime Silva, o convite do seu homólogo para estar presente.
"A minha mensagem é que na realidade portuguesa há boas empresas, algumas com expansão internacional, e garantir ao governo angolano cooperação na área institucional e nas empresas. Na investigação, em termos institucionais e no âmbito das empresas", apontou.
"Angola é um parceiro incontornável em África, no mercado mundial, e Portugal, no quadro europeu, é o parceiro que melhor pode compreender essa ambição de Angola e o parceiro que melhor pode participar no crescimento e no comércio e agropecuária angolana", defendeu Jaime Silva.
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