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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Continente

África terá que adoptar Cibersaúde

A OMS requereu ontem, terça-feira, que todos os países africanos adoptem e usem a Cibersaúde, instrumento definido pela organização como modo seguro e com boa relação custo-eficácia para agregar as tecnologias de informação e comunicação (ICT) às áreas da saúde e correlacionadas. O objectivo do mecanismo consiste em contribuir para o reforço dos sistemas de saúde e para melhorar os seus produtos.

Luís Sambo lembrou que " a Cibersaúde pode contribuir de vários modos para o reforço dos sistemas de saúde, melhorando a oferta, a qualidade e o uso de informações e dados factuais, com o reforço dos sistemas de informação sanitária e de vigilância da saúde pública, do desenvolvimento dos profissionais e a da melhoria do seu desempenho, entre outros factores".

O director regional apontou alguns desafios que os países deverão enfrentar na adopção e na aplicação das soluções da Cibersaúde, como recorrer a estruturas e serviços de ICT mais eficientes e adequados, trabalhar a consciencialização dos potenciais benefícios do uso deste intrumento, recursos financeiros inadequados, desenvolver um ambiente propício à nova política e resolver problemas relacionados com a falta de liderança, de coordenação, de monitorização e de avaliação.

O responsável considera que apesar dos desafios, existem oportunidades para planear e instalar soluções de Cibersaúde na região africana, pelo que propõe um plano de acção com sete pontos integrados no contexto da implementação das Declarações de Argel e de Ouagadougou, que proporciona maior acesso aos instrumentos e serviços da Cibersaúde.

Sambo apontou ainda alguns dos importantes projectos de Cibersaúde na região, nomeadamente a Rede de Tele-medicina para os países africanos de Língua Oficial Francesa, o Acesso a Iniciativa para a Investigação, o Projecto Ciberportuguês e o projecto Pan-africano de Ciber-rede.







Banca


BIC instala agência no Kuvango



O Banco Internacional de Crédito (BIC) vai abrir até ao final do ano, no município do Kuvango, a 305 quilómetros da cidade do Lubango, uma nova agência, com vista a facilitar o dia-a-dia dos funcionários públicos da circunscrição, que passam a ter maior facilidade no levantamento de salários e outras operações bancárias. O administrador do BIC, João Helifilua, explicou à imprensa que a escolha do local se deve ao seu crescimento socioeconómico. O responsável considerou a abertura da nova dependência (a primeira na localidade) como um passo fundamental no desenvolvimento da região, pois permitirá aos habitantes concretizar as suas transacções sem se deslocar para outras localidades.
O administrador adiantou que foi disponibilizada uma infra-estrutura para o funcionamento do banco BIC e alojamento dos técnicos bancários no município. Confirmou ainda a contratação de uma equipa da direcção regional do BIC para implementar a actividade empresarial.
A agência vai permitir transacções comerciais com maior segurança e rapidez, bem como acesso ao crédito.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ambiente


Educação ambiental para jovens

Oitenta jovens do município do Cazenga, em Luanda, estão a participar desde segunda-feira num seminário sobre educação ambiental, numa promoção do Ministério do Ambiente em parceria com a administração municipal. A formação decorre no salão nobre da Administração Municipal do Cazenga e prolonga-se até quinta-feira. A acção tem como finalidade capacitar os jovens para que se tornem activistas ambientais e transmitam a informação até às comunidades.

O seminário conta com a participação de estudantes, membros da JMPLA, da administração municipal e munícipes convidados.

Em representação do administrador municipal do Cazenga, Tany Narciso, o administrador adjunto, João Adão, destacou, em declarações à Angop, a importância da realização do seminário, uma vez que o ambiente é a base fundamental para manter uma vida saudável nas comunidades. João Adão aconselhou os participantes a tirarem o maior proveito da formação, apelando para que não deixem passar a oportunidade de se informarem sobre a importância da prevenção do ambiente, que é um bem para a humanidade.

Economia

Investimento privado superou mil milhões de dólares


Angola atingiu no primeiro semestre deste ano um investimento privado avaliado em 1,2 mil milhões de dólares. Segundo o coordenador da Comissão de Gestão da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), Aguinaldo Jaime, os números deste ano - 1,255 mil milhões de dólares superaram os do mesmo período de 2009, que atingiu os 450 milhões de dólares.

O coordenador da ANIP adiantou a informação ontem, segunda-feira, durante um Fórum de Investimento e Negócios Angola-Japão, no âmbito da visita de uma delegação japonesa ao país, para promover parcerias comerciais entre os dois Estados.

Aguinaldo Jaime referiu que 64 por cento do valor investido é proveniente de capital privado nacional e 32 por cento é de origem estrangeira, todos aplicados na indústria transformadora, que deram emprego a 11 608 pessoas, fora do sector petrolífero. O responsável da ANIP apelou aos investidores para que se interessem também pela área da agricultura, potencial área geradora de empregos. "Hoje, os empresários estão a investir na indústria, deixando para trás o sector agrícola e gostaríamos de convidar-vos a investir na agricultura", apelou.

A delegação japonesa, chefiada pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros do Japão, Osamu Fujimuro, deslocou-se a Angola para identificar novas áreas de investimento, tendo assinado vários acordos nomeadamente uma troca de nota para a modernização do Centro de Formação Profissional de Viana, estimado em 10 milhões de dólares (7,87 milhões de euros). Foi igualmente rubricado um acordo para a reabilitação da fábrica de tecidos Textang II, que impulsionará a produção de algodão. A delegação, que deixa hoje o país, negociou igualmente um acordo de protecção recíproca de investimento.

Basquetebol

Selecção nacional luta pelo apuramento


A Selecção Nacional de Basquetebol sénior masculino continua na corrida por um dos quatro lugares do grupo A, que dão acesso à segunda fase do mundial da Turquia. Apesar da derrota de ontem, segunda-feira, no pavilhão Kayseri Arena, ante a sua congénere da Argentina, por 70-91, ainda é possível conseguir o apuramento para a etapa seguinte.
Os atletas angolanos sofreram a segunda derrota em três jornadas, mas ainda assim tem possibilidades de atingir os oitavos, face ao posicionamento dos restantes concorrentes, numa série em que apenas a líder Argentina soma seis pontos e está praticamente qualificada.
Igualada em termos de pontuação (quatro pontos) com a Alemanha (próximo adversário), Angola depende exclusivamente de si, uma vez que as selecções da Sérvia e Austrália (ambas com cinco pontos) defrontam-se na quarta ronda e a tabela classificativa registará obrigatoriamente alterações, que poderão ser decisivas no final das contas.
Em caso de vitória sobre os alemães (jogo agendado para quarta-feira) e australianos, a equipa Angola garante presença entre as 16 melhores equipas da prova, pois totalizará oito pontos.

Porém, a tarefa não será fácil, tendo em conta a estatura e o potencial técnico-táctico dos adversários. A equipa nacional conta com a vantagem de melhores estatísticas.
O facto de a Alemanha encerrar a primeira fase diante da Jordânia, selecção que até então só tem cedido pontos, é bastante preocupante e “obriga” a que os comandados de Luís Magalhães vençam os germânicos, sob pena de verem anulados os seus propósitos na competição.

Lusofonia


Expo Xangai: Pavilhão angolano supera expectativas


O espaço de Angola na Expo Xangai 2010 registou até ao momento uma média de 28 mil a 30 mil visitantes por dia. Os curiosos que procuram o pavilhão, aberto a um de Maio, são de múltiplas nacionalidades. A informação foi veiculada por, Élio Gamboa, director do recinto, em entrevista à Angop.
O responsável explicou que o número foi crescendo paulatinamente e deveu-se em parte às diversas atracções presentes na representação angolana. A feira é já considerada a maior exposição de todos os tempos. “Nos primeiros meses começamos com uma média de 2500/dia, na primeira semana, na segunda os números subiram, na terceira idem e só depois do primeiro mês é que os números começaram a ser consistentes ”, confirmou.
O director de Comunicação e Marketing do pavilhão acrescentou que o país optou por levar um pouco da sua história, do seu passado, do presente e das perspectivas para o futuro. Élio Gambôa sublinhou que Angola tem transmitido a mensagem de que depois da guerra longa, o país está em paz, em franco desenvolvimento, aberto ao mundo, propenso a parcerias e aposta no desenvolvimento, na melhoria das condições e na elevação do nível de vida dos angolanos.“Não temos ainda “Better Life” (Vida Melhor) , nem a “Better City” (Cidade Melhor), lema da Expo 2010, mas estamos a trabalhar neste sentido", sustentou.
O director lembrou que pelo pavilhão já passaram, desde a abertura, uma série de individualidades nacionais e estrangeiras, destacando-se o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, o primeiro-ministro moçambicano e mais sete ministros do seu executivo e delegações ministeriais da Argélia, Quénia, Namíbia, Guiné Equatorial, Togo e Zâmbia.
A Expo Shangai 2010 conta com a participação de 240 países, territórios e organizações, sendo por isso, considerada uma das maiores até aqui já realizada.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Alta Definição



Televisão do futuro



A alta definição está a chegar a Angola e, à semelhança do que acontece no resto do mundo, a substituição do sinal analógico pelo digital promete revolucionar o modo como se vê televisão. A União Europeia determinou que todos os países adoptem a nova funcionalidade tecnológica nos próximos dois anos. A SADC alargou o prazo até 2013. A Angola’in explica como funciona a TDT (Televisão Digital Terrestre) e em que vai mudar a sua experiência com o pequeno ecrã.



Em três anos, as famílias terão de se adaptar à tecnologia do século XXI. Durante este período, os governos dos países africanos e europeus vão assegurar a cobertura dos respectivos territórios substituindo os sinais analógicos pelos digitais. Na América, a funcionalidade encontra-se vigente desde o último ano. Os utilizadores da televisão ‘tradicional’, à excepção dos subscritores de ligações por cabo ou satélite, terão que adaptar os seus aparelhos para receber a nova tecnologia, através de um descodificador que permitirá aceder a um novo mundo de funcionalidades. O apagão da era analógica está agendado para 2013. Daí em diante será possível ver conteúdos em Alta Definição (HD) e gravar (ou programar) os seus conteúdos preferidos.


Meta africana

A última reunião de ministros de Telecomunicações, Correios e Tecnologias de Informação e Comunicação da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ditou a assunção do compromisso de implementar as metas traçadas pelos Estados integrantes da entidade. Além da discussão em torno do serviço de roamming (está em estudo a criação de um modelo que permita a todos os cidadãos da SADC usar o telemóvel em qualquer país com o cartão SIM de origem), ficou estabelecido que todos os membros da organização regional vão implementar a Televisão Digital Terrestre até 2013. Na ocasião, o ministro angolano José da Rocha referiu que a transição da teledifusão do sistema analógico para digital será um desafio de mudança para as regiões da SADC, pois vai impulsionar e tornar possível uma maior interactividade entre os produtores de conteúdos e os telespectadores. Por outro lado, a alteração vai contribuir para a convergência de redes e de serviços, introduzindo uma nova forma de pensar televisão. No entanto, alertou que a mudança de estações de teledifusão vai implicar um reequipamento de meios com estruturas adequadas ao sistema digital, pelo que ficou definido na reunião que a SADC terá de encontrar um sistema de TV Digital comum para todos os países.



Angola adere

Em Maio, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Pedro Mendes de Carvalho, frisou que Angola vai implementar a TDT tendo em conta os seus benefícios para o país e os compromissos regionais (SADC) e internacionais (UIT). O responsável adiantou que os aparelhos analógicos, actualmente usados, só poderão funcionar com um conversor, que será comercializado na “devida altura”. Para uma adaptação gradual à TV Digital, o ministro anunciou que os dois sistemas vão coexistir durante algum tempo, para que os utilizadores possam adquirir os novos equipamentos.

A TDT promete catapultar o sector. Essa é a garantia de Pedro Mendes de Carvalho que entretanto explicou que será oferecida uma imagem e som de qualidade superior aos dos aparelhos actuais e que vai permitir a interacção com determinados programas (especialmente os de teor educativo), bem como a possibilidade de gravar o que está a ser emitido, através do descodificador PVR (vídeo gravador pessoal). Durante o III Congresso de Marcas de Angola, o ministro advertiu que a transição obriga o país a prestar especial atenção à capacidade do desenvolvimento humano, em que os intervenientes deverão criar conteúdos nacionais capazes de se converterem em marcas concorrenciais que promovam a projecção dos produtos locais. “A televisão é encarada como um poderoso meio de promoção e fortalecimento da unidade nacional, sendo necessário que cada vez mais se disponibilize os recursos de comunicação nas mais variadas dimensões geográficas do país, permitindo a disponibilidade de serviços públicos através da TV como a educação, saúde, comércio, entre outros”, assegurou. Na ocasião, o director de operações da empresa MS Telecom, Mário Oliveira, corroborou as afirmações do ministro, sugerindo que a evolução da sociedade justifica a adopção desta tecnologia de transmissão, que tem como principal vantagem a difusão de conteúdos em alta definição. Porém, adverte que o sistema implicará um forte investimento e a modernização do parque tecnológico do serviço público de televisão. O maior desafio para a sua implementação está em tornar as vantagens deste serviço acessíveis à maioria da população.

Os custos da nova tecnologia serão subvencionados pelo Estado, que espera com esta acção garantir a todos os cidadãos nacionais o direito à informação, independentemente do seu estrato social. Esta é uma boa notícia, sobretudo para as famílias carenciadas, que estão isentas das despesas relacionadas com a compra dos conversores para ter acesso aos serviços de televisão. A medida abrange todos os habitantes do território nacional.


Inovação global

Na América, os EUA entraram na era digital ainda em 2009 (18 de Fevereiro). No caso americano, a população recebeu em casa cupões de 40 dólares para a compra dos receptores do sinal digital. Tendo em conta que no período das emissões por via hertziana, mais de 22 milhões de lares detinham este sistema, o Governo optou por emitir vales para os espectadores que desejavam reservar um conversor (do sinal digital para analógico) para garantir a compatibilidade dos seus televisores. O equipamento custa entre 50 e 70 dólares, tendo obrigado as famílias a adquirir dois cupões por cada televisor.

A União Europeia estabeleceu o ano de 2012 como prazo limite para todos os Estados membros fazerem a transição definitiva dos sinais. Um pouco por toda a Europa ultimam-se os pormenores para se proceder ao corte definitivo da televisão tradicional. Em Portugal, o apagão está programado para Abril de 2012. O país encontra-se a garantir a cobertura do território com o sinal digital e a preparar as primeiras emissões experimentais. A ruptura será faseada, começando pelo litoral e terminando no interior. Em Espanha, a TDT é já uma realidade. No início deste ano, às 13.26h (horas locais), o país entrou na ‘época’ da televisão digital, primeiro em Madrid, Barcelona e Sevilha e um dia depois em todo o país. A transição decorreu sem problemas e abrangeu mais de 44 milhões de espanhóis.


A Comissão Europeia determinou que a TDT fosse introduzida em todos os países da União Europeia. Certo é que a transmissão analógica tem os dias contados (a nível mundial) e o “switch-off” vai marcar a entrada numa nova forma de fazer comunicação.