
PR elogia sucesso do CAN
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, apontou hoje, a CAN2010 como uma realização dos angolanos que "muitos duvidavam" ser possível, poucos anos depois do fim de décadas de conflito armado.
Numa mensagem ao país dois dias após o fim da Taça de África das Nações (CAN2010), que teve lugar em Angola de 10 a 31 de janeiro, o dirigente aproveitou para reiterar os votos de pesar às famílias das "vítimas do acto terrorista ocorrido em Cabinda" contra a delegação do Togo, a 8 de janeiro e que provocou a morte a dois elementos togoleses.
O ataque à seleção do Togo, em Massabi, Cabinda, reivindicado pelas Forças de Libertação do Estado de Cabinda - Posição Militar (FLEC-PM) e pela ala militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), aconteceu dois dias antes do arranque da competição, quando a comitiva se dirigia para a cidade de Cabinda a partir do vizinho Congo-Brazzaville.
O chefe de Estado angolano aproveitou para agradecer a "solidariedade que a esse respeito foi manifestada por quase toda a comunidade internacional". A realização "com êxito" da CAN2010 foi a "melhor resposta" dada pelos angolanos "a quem se dedica a tentar manchar com fins pretensamente políticos um evento desportivo de tão grande significado e dimensão", referiu José Eduardo dos Santos, na mensagem hoje divulgada pela imprensa estatal angolana.
O Presidente abordou ainda a importância do torneio realizado em Angola, uma vez que permitiu a criação de um património físico que vai servir para dinamizar o desporto junto da juventude, tal como possibilitou a construção de infra-estruturas rodoviárias, hoteleiras e de outra natureza que beneficiará a população angolana e a todos os visitantes.
O responsável máximo angolano elogiou a organização, o público que afluiu aos estádios, os jogadores e os jornalistas e destacou a união do país "em torno dos seus principais símbolos, confirmando que são já parte integrante das suas vidas e que não podem ser alterados por razões conjunturais".
Eduardo dos Santos disse esperar que o Mundial da África do Sul possa ser a "continuação da festa do futebol", fazendo alusão aos tempos do regime do "apartheid" no país vizinho, em que Angola afirmava estar ali a continuação da luta de libertação que levou à independência angolana, em 1975.
Sem comentários:
Enviar um comentário