
Angola quer diversificar cooperação com a China
Angola é o segundo parceiro comercial lusófano da China, mas a grande aposta no relacionamento bilateral é na diversificação da cooperação entre Luanda e Pequim e no apoio chinês à reconstrução e formação de quadros. De acordo com o embaixador angolano na capital chinesa, "Angola é, sem dúvida, um grande parceiro da China" e em África "é o primeiro parceiro comercial".
Em declarações à agência portuguesa Lusa, à margem de uma reunião do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau, o embaixador disse que Luanda quer manter a sua posição comercial de relevância e alargar as áreas de cooperação. "A nossa preocupação reside sobretudo na formação dos recursos humanos. Desde o final da guerra temos sentido uma grande carência de quadros qualificados e podemos aprender muito com a China, estamos a ver isso com a presença de técnicos e operários chineses especialmente na área da construção civil e indústria", salientou o responsável.
Por outro lado, o diplomata adianta que a reconstrução do país é outra das áreas que interessa ao Governo de Angola porque há ainda "muito a fazer e não poderemos deixar de contar com o apoio da China". "Além do fornecimento de petróleo, também temos áreas que a China pode aproveitar, como por exemplo outros recursos minerais como o ferro, cobre, diamantes, ouro, produtos na área das pescas e agricultura", acrescentou o embaixador ao salientar serem áreas com as quais existe vontade de cooperação com Pequim.
As trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa caíram 18,9 por cento em 2009, para 62,46 mil milhões de dólares (44,28 mil milhões de euros). Com Angola, o segundo parceiro chinês entre os países de língua portuguesa, as trocas comerciais atingiram 17,06 mil milhões de dólares (12,10 mil milhões de euros), menos 32,60 por cento do que nos doze meses de 2008, com as compras chinesas a fixarem-se em 14,67 mil milhões de dólares (10,40 mil milhões de euros) - menos 34,40 por cento - e as vendas a totalizarem 2,3 mil milhões de dólares (1,63 mil milhões de euros) ou menos 18,90 por cento.
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