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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Educação

Reforma do sistema reduz abandono escolar



A implementação do novo método de ensino e a reformulação dos conteúdos didácticos, no âmbito da reforma educativa em curso desde 2004, está a resultar no aumento dos índices de aproveitamento escolar e redução das taxa de abandono.

De acordo com o coordenador da Comissão para as Actividades da Reforma, Joaquim Cabral, em declarações à Angop, com os novos materiais e o novo sistema de avaliação, a taxa de reprovação passou de 32 por cento em 2004 para 22 por cento em 2008. Apesar dos constrangimentos encontrados, referiu que foi possível reduzir o índice de abandono escolar de 26 para 24 por cento, no período em referência.

“Isto se deve fundamentalmente à política da merenda escolar no ensino primário, um projecto que se está a expandir em todos os municípios das províncias”.





Joaquim Cabral informou que no início da reforma, a taxa de conclusão do ciclo de formação era de 42 porcento, estando actualmente estimada em 54. Para o responsável, estes indicadores são animadores pois, na implementação da reforma o Ministério da Educação tem enfrentado inúmeras dificuldades na transportação dos manuais, formação de professores e aumento do número de salas de aulas.

Outro aspecto de realce é a criação de espaços para aumentar o índice de alunos no sistema de ensino no país, prova disso é que em 2004 o sistema de ensino tinha 4.381.787 alunos, actualmente, a cifra é de 5.736 mil alunos (2008). Este ano houve um aumento de quase um milhão de alunos, registando-se um crescimento médio anual de 15 por cento.

Para acomapanhar esta evolução, a construção de novas salas de aulas passou de 19 mil salas (2002) para 50.516 espaços controlados em todo país (2008), o que representa um crescimento de admissão de novos alunos de 5 milhões 7336 mil 520 novos alunos no sistema.

Joaquim Cabral apontou como principais pontos de estrangulamento do processo, a dificuldade na localização de terrenos para a construção de escolas, principalmente nas cidades, citando o caso de Luanda, onde há problemas para encontrar espaço no município da Ingombota. Segundo ele, a não multiplicação das acções de formação, insuficiência de material pedagógico e de manuais escolares, a falta de transporte escolar, bem como a não generalização da merenda escolar em todas as escolas do ensino primário e a pobreza constituem igualmente constrangimentos.

Joaquim Cabral reconheceu que apesar dos esforços de expansão da rede escolar o país ainda regista um déficite de novas salas de aulas e de professores. Em termos de docentes referiu que a situação difere de região para região. “Luanda possui um excedente de professores, há vários no desemprego, mas há falta de professores formados em regiões como Malanje, Kuando Kubango e Uíge", informou.

Transportes


Companhia aérea Emirates aposta na rota de Luanda




A companhia aérea Emirates, do Dubai, deu início esta semana a uma nova rota, Luanda-Dubai, com três voos semanais, reflectindo a crescente procura desta ligação, que já conta com voos da companhia angolana, TAAG.

A Emirates fez o primeiro voo no domingo e os três semanais vão ser ainda às terças e quintas-feiras em avião Airbus, modelo A 330-200.

Sobre esta nova rota da Emirates, o ministro dos Transportes angolano, Augusto Tomás, apontou-o como um factor que vai "potenciar a aproximação e o desenvolvimento" dos dois países. "A notoriedade da Emirates e a sua preferência por Angola como um destino preferencial em África demonstra o imenso interesse que Angola desperta a nível mundial", disse o ministro.

Nigel Page, vice-presidente da transportadora para as Américas e África, explicou esta decisão da Emirates com o facto de o continente africano exercer uma cada vez maior atracção para a companhia aérea, sendo "uma região do mundo muito importante no que diz respeito à actividade comercial".

"A Emirates tem vindo a demonstrar que novas ligações aéreas estimulam os negócios, o que esperamos que venha a acontecer com Luanda, que é o nosso 18.º destino em África e uma das duas rotas anunciadas este ano. Este facto reflecte a relevância da nossa decisão ao lançar esta operação", afirmou ainda Nigel Page, citado na documentação fornecida pela empresa.

O Dubai é um dos destinos que mais cresceu nos últimos anos no sector do transporte aéreo angolano, não só na área empresarial, mas também porque aquele país tem vindo a ganhar cada vez maior relevo nas importações angolanas, nomeadamente no sector informal, com destaque para as viaturas em segunda mão, vestuário e ainda aparelhos electrónicos, como os telemóveis, computadores e televisores.

No passado mês de Julho, uma delegação angolana deslocou-se ao Dubai para analisar as potencialidades da região para os investimentos angolanos e as vantagens da abertura desta rota pela Emirates.

A companhia dos Emirados Árabes Unidos abriu a rota de Luanda depois de ter iniciado igualmente voos para a cidade sul-africana de Durban, a 01 de Outubro.

Durante o ano de 2009, antecedendo a chegada da Emirates, já a British Airways tinha duplicado os seus voos para Luanda, o mesmo sucedendo com a Lufthansa, e com a portuguesa TAP a passar igualmente de sete para 11 voos semanais.

CAN2010


Tecnológicas portuguesas vão a jogo em Angola


Os painéis multimédia de sinalização dentro dos recintos desportivos, que vão acolher o Campeonato Africano das Nações (CAN) 2010, e o sistema de controlo do acesso aos estádios estão a ser desenvolvidos por tecnológicas portuguesas.

"A Compta ganhou um projecto ligado aos suportes multimédia para a sinalização dentro das cidades, dos recintos desportivos ou dos aeroportos", disse, à Lusa, o presidente do conselho de administração da tecnológica.

Em declarações à agência portuguesa Lusa, Armindo Monteiro explicou que a solução desenvolvida permite a introdução de informações, relativas aos jogos e aos eventos paralelos, e também a exploração da vertente publicitária, considerando que "o CAN 2010 é uma excelente montra para a Compta uma vez que todos os olhos vão estar postos emAngola".

"Além de desenvolvermos a solução, a equipa da Compta Angola ficará responsável pela manutenção dos painéis", disse o empresário, acrescentando que o preço base da solução é de 1,1 milhões de euros, estando ainda em aberto o custo final.

Armindo Monteiro considera que "para a escolha da Compta ajudou o facto de ter sido criada, há um ano e meio, a Compta Angola, uma empresa de direito angolano, maioritariamente detida pela Compta", o que, afirmou, "prova que Angola é uma aposta e que não fazemos parte desta moda recente".

"Temos parcerias com entidades angolanos, o que foi bom para conquistar a confiança [da comissão organizadora do CAN 2010]", disse Armindo Monteiro.

A Compta Angola registou, no primeiro de actividade, um volume de negócios de cerca de 1,8 milhões de euros, estando a actividade de investigação e desenvolvimento centrada em Portugal, onde emprega 180 pessoas e tem uma facturação de 20 milhões de euros.

A Sinfic também já carimbou o passaporte para fornecer o sistema de bilhética e controlo de acessos do CAN 2010, que a empresa considera ser "um grande desafio".

Além do projecto que ganhou, a tecnológica portuguesa, presente no mercado angolano desde 1990, foi qualificada para o apetrechamento dos centros de imprensa e para o apetrechamento e suporte do Centro de Controlo Central.

A Sinfic conta com cerca de 500 trabalhadores e um volume de negócios superior a 51 milhões de euros em Portugal, Angola e Moçambique.

A Softlimits também não quis perder a oportunidade de pôr as suas soluções tecnológicas ao serviço da principal prova de futebol a nível de nações no continente africano, tendo avançado para alguns concursos do CAN 2010.

"Temos a informação de que o concurso de credenciação ainda está a decorrer. Acreditamos que temos a proposta mais vantajosa para este projecto", revelou à Lusa fonte da empresa, com escritórios em Lisboa, Luanda e Macau.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Justiça


Reclusos desejam verificação de prisão preventiva



Os detidos da Comarca da Província do Uíge pediram ao presidente do Tribunal Supremo, Cristiano André, que seja verificada a situação da prisão preventiva dos reclusos, de acordo com a Lei.
Essa preocupação vem exposta num memorando entregue ao magistrado judicial durante uma visita que efectuou ao estabelecimento prisional. No documento, os subscritores pediram o envio das certidões de sentença em tempo oportuno, no sentido de permitir que a direcção dos Serviços Prisionais elabore as propostas de liberdade condicional, em conformidade com a tabela dos mínimos de permanência estabelecidos.
Lê-se no documento, ao qual a Angop teve acesso, que foi pedido junto do Ministério do Interior que verifique a situação da remuneração de reclusos enquadrados no trabalho socialmente útil, com o propósito de ajudar a resolver problemas como os das multas aplicadas pelos Tribunais.
Na ocasião, Cristiano André garantiu que a maioria das preocupações colocadas já estão a ser tratadas a nível da magistratura judicial. Quanto à remuneração dos enquadrados no trabalho socialmente útil, fez saber que vai levar, mais uma vez, a preocupação ao Ministério do Interior que, acredita, está a estudar a situação.

Cultura

Livro reúne memória de antigos alunos do Liceu Salvador Correia


Pioneiro no ensino secundário em Angola, pelo Liceu Nacional Salvador Correia de Luanda passaram nomes como o do presidente da República de Angola ou do ainda ministro português Mário Lino, um percurso de mais de meio século reunido agora em livro.
Publicado para assinalar os 90 anos da criação do Liceu Nacional Salvador Correia de Luanda, o livro "Viva a malta do liceu!" percorre os 56 anos de existência da escola (1919-1975), fundada por Monsenhor Alves da Cunha e rebaptizada Liceu Mutu Ya Kevela, após a independência de Angola. "O objectivo é fazer um pouco da história do liceu e deixar depositada a memória dos que passaram por lá", disse à agência Lusa Miguel Anacoreta Correia coordenador da obra, que será apresentado sexta-feira em Lisboa.



Anacoreta Correia, também ele antigo aluno do liceu, lembra a importância da escola como "centro de irradiação de pensamento e cultura" do século XX em Angola e como local de formação das "novas elites angolanas".
Pelos bancos do Salvador Correia passaram personalidades como o actual presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, o ministro das Relações Exteriores angolano, Assunção dos Anjos, o ainda ministro português das Obras Publicas, Mário Lino, o actual presidente do Instituto Sá Carneiro, Alexandre Relvas ou a procuradora distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem. Dos seus tempos de liceu, Anacoreta Correia recorda particularmente "a enorme camaradagem", "as praxes simpáticas" e as "pugnas desportivas de grande rivalidade" com a escola industrial Oliveira Salazar. Para o antigo aluno, o sentido de camaradagem continua presente nos almoços de antigos alunos e nas tertúlias que se realizam todos os anos. "Num liceu, que ao longo de 50 anos teve cerca de 20 mil alunos, nos almoços há sempre cerca de 800 presenças, o que é significativo", disse.
Depois do livro, Anacoreta Correia, espera poder avançar com a publicação de uma revista sobre a história do liceu e acontecimentos contemporâneos de Luanda.
"Viva a malta do Liceu!" é uma iniciativa conjunta da Associação dos Antigos Alunos do Liceu Salvador Correia e das editoras Pangeia e Chã de Caxinde e terá uma tiragem de 2.500 exemplares.

Cooperação

Investimento chinês é alavanca do desenvolvimento



A China tem contribuído "imensamente" para o desenvolvimento de Angola e "sem exigências", constatou hoje em Macau o embaixador angolano, João Manuel Bernardo, ao salientar que se pretende o alargamento da cooperação a mais áreas.
"Angola tem já algumas condições para o seu desenvolvimento ao nível de infra-estruturas, com estradas, pontes, habitação, escolas e hospitais construídos graças ao apoio que tem recebido da China, através de créditos e investimento directo", observou o embaixador, em declarações à agência portuguesa Lusa, por ocasião da Feira Internacional de Macau, onde Angola marca presença com um stand. Ao constatar a relação "excelente" que Angola e China mantêm hoje e o peso da presença chinesa naquele país africano, João Manuel Bernardo considera "justo" afirmar que o gigante asiático "tem ajudado imensamente Angola a desenvolver-se, através de uma presença positiva, sem exigências de condições", facto que o país pretende realçar durante a próxima conferência ministerial sino-africana, no Egipto. "Queremos aprofundar esta relação para o benefício dos dois países, não só ao nível da construção civil, mas também da indústria, agricultura e formação", sublinhou o dirigente angolano, realçando que há mais de uma centena de estudantes angolanos entre o continente chinês e Macau, o que considera ser um sinal da "vontade e abertura dos dois países" para cooperarem.



João Manuel Bernardo falava à margem da 14ª edição da Feira Internacional de Macau, para a qual olha como uma "óptima oportunidade para encontrar a força e impulso ao investimento e para Angola aproximar-se mais dos países lusófonos e da China".
Angola marca presença na feira com um stand inserido no Pavilhão dos Países de Língua Portuguesa -- onde estão ainda Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor-Leste e Brasil --, procurando alavancar a importação de materiais de construção e a exportação de café. O representante do ministério angolano das Obras Públicas, Manuel Victor, explicou à Lusa que "se antes da independência nacional o país tinha uma oferta de materiais de construção de acordo com as necessidades, o mesmo não se pode dizer do período de desenvolvimento pós-independência". "É preciso relançar a indústria nacional de materiais de construção, não só criando unidades de produção novas, mas também recorrendo à importação, enquanto a oferta não for suficiente e, por isso, viemos até à feira de Macau para conhecer quem nos pode ajudar e potenciais investidores que poderão contribuir para o crescimento deste sector fundamental", sustentou.
A Cafangol está também presente na Feira Internacional de Macau, mas com o objectivo inverso, de alargar o negócio da exportação de café até à Região Administrativa Especial e à China, além de Portugal e Espanha, para onde já vende.
A responsável salienta que "não pode ser só a China a levar os seus serviços para Angola", ao defender que tem de haver mais intercâmbio entre os dois países, situação que a Cafangol está a procurar promover, tendo já assinado uma carta de intenções com uma empresa de Macau para a exportação de café durante o encontro empresarial entre a lusofonia e a China, no Rio de Janeiro.

Construção civil


Cimento e granitos são os mais importados



Dos 100 produtos mais importados por Angola, no segundo trimestre deste ano, o cimento ocupa a primeira posição com 628.526,11 toneladas, seguido de rochas como granito, porfírio, basalto, arenito e outras pedras de construção totalizando 89.741,27 toneladas.
Os cem produtos foram seleccionados de uma lista de, pelo menos, 36.512 bens diversos, que indica os cimentos, os granitos, os açúcares de cana, o arroz e o sal como sendo os primeiros cinco produtos que mais entraram em Angola no II trimestre do ano em curso. Segundo o boletim do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), documento onde vem expresso esses dados estatísticos, entre os principais fornecedores de produtos para Angola, isto é, por continentes, durante o segundo trimestre de 2009 destaca-se a Europa (na primeira posição) seguido da América e da Ásia.
Angola importou da Europa 943.018,28 toneladas de produtos diversos, 895.849,69 da América, e 733.890, 25 da Ásia, enquanto a partir de África foram importados 167.441,7 toneladas e da Austrália 672, 52 toneladas, anunciou a Angop.
O boletim menciona também os que mais exportaram para Angola, constando entre os principais mercados 86 países. A China lidera a lista, seguida de Portugal, Brasil, Espanha, Turquia e África do Sul na sexta posição. As posições de ordem são atribuídas mediante as toneladas importadas destes Estados para Angola.
Quanto aos importadores, o documento traz uma lista dos 100 maiores importadores do II trimestre de 2009, seleccionados de um total de 13 mil dos mais variados sectores de actividade. A Nova Cimangola vem a frente seguida da Angola LNG e do Grupo Arosfram, todas elas empresas angolanas.