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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cimeira G8

Presidente angolano pede ao mundo que passe das palavras aos actos



O Presidente angolano defendeu hoje em L´Aquila, Itália, no decurso da 35ª Cimeira do G8, que o mundo deve definir mecanismos de regulação de mercado financeiro internacional, sem pôr em causa as regras essenciais do mercado.
José Eduardo dos Santos, citado pela agência angolana de notícias, Angop, disse ainda que este é o momento, no que toca à definição dos mecanismos de regulação do mercado financeiro, de "passar das palavras aos actos".
O chefe de Estado angolano apontou ainda como essencial para o continente africano que tome também parte activa neste processo que conduzirá a uma "nova ordem e maior democratização do Fundo Monetário Internacional (FMI)", onde José Eduardo dos Santos defende que África veja o seu poder ampliado.
Os bancos centrais dos países do G-8 foram ainda chamados pelo Presidente angolano a colaborarem no sentido de que as operações financeiras permitam "reforçar as reservas internacionais dos Estados africanos, tais como linhas de financiamento em moedas livremente disponíveis, no interesse de se estabelecer o equilíbrio da balança de pagamentos e de se gerir uma política mais eficaz, com vista a manter-se a trajectória do crescimento económico".



"Esse apelo é especialmente dirigido à Reserva Federal dos Estados Unidos da América e ao Banco Central (europeu), assim como aos bancos centrais dos países mais ricos, como a Alemanha, a França e a Grã Bretanha, tendo em conta o papel que eles exercem nas instituições financeiras internacionais, principalmente o FMI", disse Eduardo dos Santos.
O Chefe de Estado angolano defendeu ainda "uma maior cooperação e empenho" dos Eximbanks (bancos de importação e exportação) e dos bancos de desenvolvimento ou de fomento dos países do G8 para a "abertura de linhas de financiamento de importações, que poderiam ser utilizadas por investidores do G8 em aplicações directas nos menos desenvolvidos".
José Eduardo dos Santos disse igualmente ser importante solicitar renegociações da dívida externa com o Clube de Paris, que "constitui um pesado ónus para o menos desenvolvidos" e que seja "garantido o princípio da concessão de uma moratória longa no pagamento do capital e juros dessa dívida".
"No caso do meu país (Angola), por exemplo, este encargo financeiro faz com que a conta de capitais da balança de pagamentos fique num défice estimado em um bilião e quatrocentos milhões de dólares, o que contribui para que o seu défice final chegue a quase seis mil milhões de dólares", notou.
Dos Santos sublinhou ainda o impacto negativo que a crise económica e financeira mundial teve nos países africanos afectando o crescimento das suas economias.
Esse impacto negativo aconteceu graças, "fundamentalmente, à redução dos valores activos, sobretudo financeiros, detidos no estrangeiro, à redução das receitas minerais, como resultado da redução dos respectivos preços de exportação, ao ressentimento do sector mineiro no seu nível de actividade, investimento, rentabilidade e emprego", apontou o Presidente angolano.
José Eduardo dos Santos discursou hoje em L´Aquila perante os líderes do G8 e dos convidados, entre os quais vários Presidentes africanos, no último dia da 35ª Cimeira do grupo dos oito países mais desenvolvidos do mundo.



Inovação



SABMiller vai abrir nova fábrica de cervejas em Luanda, investimento de 90 ME


A SABMiller, uma das maiores cervejeiras do mundo, vai abrir este ano uma nova fábrica em Angola, num investimento de 125 milhões de dólares (90 milhões de euros), anunciou hoje a empresa em Luanda.
Os 125 milhões de dólares da nova fábrica de cervejas compõem um investimento global de 250 milhões de dólares (180 milhões de euros), previstos para os próximos 18 meses, incluindo o alargamento da linha de produção de refrigerantes, incluindo a Coca-Cola, marca que a britânica SABMIller representa em Angola.
Esta empresa detém ainda a fábrica da cerveja N´gola, na província da Huila, sul de Angola e, segundo informação prestada à Lusa pela empresa em Luanda, os investimentos previstos têm como objectivo corresponder à crescente demanda de bebidas, incluindo nas áreas da armazenagem e distribuição.
A nova fábrica de cerveja da SABMiller em Angola vai ser aberta nas imediações de Luanda, Cacuaco, em Outubro e produzirá aproximadamente 50 mil hectolitros de cerveja, empregará cerca de 500 pessoas, levando a que, no conjunto dos seus investimentos, o grupo empregue mais de 2 000 trabalhadores.
A SABMiller sustenta ainda que os investimentos em curso confirmam o potencial que o grupo reconhece ao mercado angolano, garantindo o seu director, Mark Bowman, que a perspectiva para o futuro é manter o ritmo de investimentos.
Em 2008, o grupo aumentou a capacidade das suas linhas em Benguela e na fábrica do Lubango, Huíla, onde já tem uma capacidade instalada para produzir 820 mil hectolitros de cerveja.
O grupo é um dos maiores do mundo no sector das cervejas, produção e distribuição, tendo, entre outras, as marcas a Grolsch, Peroni Nastro Azzurro ou Miller Genuine Draft, que acumula com a condição de um dos maiores engarrafadores dos produtos Coca-Cola.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Moeda


Associação de bancos incentiva pagamentos em moeda nacional



A Associação dos Bancos Comerciais (Abanc) de Angola incentiva "fortemente" a realização de pagamentos para Angola relativos a bens e serviços em moeda nacional, kwanza, ao invés de moeda estrangeira, especialmente do dólar norte-americano. Este incentivo decorre da redução do preço do petróleo nos mercados internacionais, que trouxe como consequência a escassez da oferta de divisas no país.

Em comunicado divulgado hoje na capital angolana, a "Abanc" refere que a fraca oferta de divisas em Angola não só está limitar a execução dos pagamentos para o estrangeiro, como também por via daquele mercado poderá estar a limitar as vendas e levantamentos em numerário de moeda estrangeira nos balcões do bancos.

O documento da associação refere ainda que a venda livre de moeda sem justificativo é limitada a cinco mil dólares por pessoa, limite este que também se aplica às casas de câmbio. Para as operações comerciais de prestação de serviços, os bancos estão autorizados a executar, sem prévia autorização do Banco Nacional de Angola (BNA), até ao limite anual por beneficiário de 100 mil dólares. Acima deste valor, deverá ser solicitada por via do banco comercial a respectiva autorização e licenciamento prévio junto do BNA, indica o comunicado.

Esclarece ainda que o pagamento de operações de importação de mercadorias no valor até ao limite de 100 mil dólares pode ser realizado através de ordem de transferência, sendo que para valores superiores a este montante, se torna obrigatória a abertura de uma carta de crédito.

Acordo

Sonangol e ENI vão explorar em conjunto gás natural na província do Zaire


A petrolífera angolana Sonangol e a italiana ENI assinaram um acordo para a exploração conjunta de gás natural na província angolana do Zaire durante 20 anos. A notícia do acordo foi divulgada pela agência de notícias angolana, Angop.

O acordo entre a Sonangol e a ENI prevê a exploração no offshore(águas profundas) da província do Zaire, como no onshore. O documento contempla ainda a construção de uma central eléctrica e de gás e a edificação de um novo centro de formação de quadros para o sector petrolífero. O volume das trocas comerciais entre Roma e Luanda poderá atingir os mil milhões de dólares norte-americanos em 2010, sendo que em 2008 se fixou já nos 380 milhões, o que consubstancia um aumento de 45 por cento em relação a 2007.

O Presidente angolano José Eduardo dos Santos participa como convidado especial do chefe de governo italiano na cimeira do G-8.


Cimeira G8


Durão Barroso destaca participação angolana


O Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou hoje que a presença de Angola na Cimeira do G-8 demonstra que o país "está a assumir uma importância cada vez maior nas discussões das grandes questões mundiais". "Espero que Angola venha a dar um contributo para a resolução dos grandes problemas de África e globais", revelou, em declarações à imprensa.
Angola participa pela primeira vez num evento do género e de tamanha envergadura, levando o responsável máximo da Comissão Europeia a reiterar que "foi dos que se bateu para que este organismo também se alargasse e pudesse envolver países africanos". "Estou muito satisfeito por poder encontrar o Presidente José Eduardo dos Santos aqui", anunciou.
José Eduardo dos Santos encontra-se desde quarta-feira em Itália em visita de Estado e para participar nos trabalhos do grupo G-8, que agrega as maiores potências mundiais como os EUA, Alemanha, Canadá, Rússia, Itália, França, Reino Unido e o Japão.
O Chefe de Estado angolano discursa amanhã, num evento que tem a crise económica internacional como pano de fundo e tema primordial.

Agricultura

Compra de terrenos agrícolas em África terá "manual de boas práticas"



O grupo das oito economias mais industrializadas do mundo (G8) vai propor a criação de um "manual de boas práticas" para a compra de terrenos agrícolas em África, segundo o projecto de comunicado, divulgado após o término da reunião, que decorre em L´Aquila.

"Vamos trabalhar com os nossos parceiros e com as organizações internacionais para elaborar uma proposta comum sobre os princípios e as melhores práticas em matéria de investimento agrícola internacional", pode ler-se no documento.

O projecto inspira-se num recente relatório das Nações Unidas, que levanta dúvidas sobre a compra em grande escala de terrenos agrícolas em África pelos investidores privados e sobre os perigos que este fenómeno acarreta.

Entre os principais compradores, encontram-se a China e a Coreia do Sul, bem como alguns países do Médio Oriente. Este facto está relacionado com os interesses em produzir para exportar bens alimentares para os seus mercados internos.

"As compras de terrenos agrícolas estão em rápido crescimento em África e noutras zonas, acarretando o risco de que as populações rurais mais pobres percam os seus direitos sobre as terras e outros recursos naturais, se estas operações forem mal conduzidas", contrapõe o relatório da ONU, que resulta de um estudo em oito países.

O G8 discute amanhã a situação em África, numa reunião de trabalho em que participam a África do Sul, Angola, Etiópia, Nigéria e Senegal.



Entretanto, L'Aquila foi palco de protestos por parte de organizações não governamentais, que hoje acusaram o G8 de não cumprir as suas promessas de aumento da ajuda a África e pediram medidas urgentes. Recorde-se que em 2005, o grupo chegou a acordo para disponibilizar, até 2010, 50 mil milhões de dólares em ajuda aos países africanos, que se encontram entre os mais pobres do planeta. Segundo as ONGs (entre elas as Oxfam) faltam 23 mil milhões de dólares para que seja cumprida a promessa.

A reunião do G8 decorre até sexta-feira em L'Aquila.

Saúde

OMS quer erradicar elefantíase do país





O Ministério da Saúde de Angola anunciou hoje que vai elaborar em Agosto um mapa das zonas endémicas do país afectadas pela elefantíase, com o objectivo de erradicar a doença. O plano conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde.

O mapeamento dessas áreas tem como finalidade a caracterização dos municípios endémicos, de modo a proceder à implantação do programa de controlo e eliminação da doença. O projecto será aplicado em nove províncias, nomeadamente Uíge, Kwanza Norte, Bengo, Lundas Norte e Sul, Moxico, Kuando Kubango, Huíla e Benguela, pois são consideradas endémicas.

Com o intuito de preparar a acção no terreno, arranca hoje em Luanda a formação de um grupo de técnicos, que vão ensinar as entidades das províncias, para que possam investigar a real distribuição da doença. A especialista da OMS, Irene Langa, refere que a organização tem como meta eliminar a filaríase linfática até 2020. Daí ser necessário estabelecer um programa de controlo e eliminação da doença.

O plano consiste em medicar todos os indivíduos, infectados ou não, que se encontrem em zonas onde existe a doença e que se estima que sejam 1,2 milhões de pessoas.

"A OMS veio com esta preocupação porque é uma doença negligenciada. Ela não é mortífera e, por isso, não é considerada preocupante, como por exemplo o HIV, mas tem consequências graves", esclareceu a médica.

A filaríase linfática é uma doença causada por vermes, transmitidos por picadas de mosquitos, que vivem no sistema linfático em adulto e microfilárias no sangue. Depois de longos anos exposto à picada dos mosquitos, o indivíduo infectado pode apresentar como manifestações da doença a elefantíase e a hidrocele, que consistem no inchaço das pernas, braços, mama e do escroto. É também chamada de elefantíase por afectar nomeadamente os membros inferiores, deformando-os e dando-lhes um aspecto que faz lembrar a pata de um elefante.