Economia

Angola cotada pela primeira vez pelas agências de rating

As três agências de notação financeira atribuíram ontem, quarta-feira, pela primeira vez uma classificação para Angola. A Standard & Poor´s e a Fitch apostaram no B+ para o longo termo e a Moody´s a ficou-se por B1 "not-prime".

Após um longo processo, que teve início em 2009, o país obteve da Standard & Poor´s um B+ para o longo prazo e um B para o curto prazo, sendo a classificação da Fitch semelhante para o longo prazo e um 'outlook' positivo, optando a Moody´s por um rating inferior, B1 "not-prime".

O ministro da Economia angolano, Manuel Nunes Junior, já reagiu às classificações, que considerou como "muito positivas", pois traduzem "o bom desempenho da economia" nacional.

O dirigente sublinhou que a forma como as agências classificaram Angola "é positiva", "porque demonstra que resulta de um bom desempenho da economia angolana, sobretudo depois de alcançada a paz em 2002".

"As três classificações são praticamente no mesmo sentido", esclareceu durante as declarações aos jornalistas, à margem dos trabalhos que decorrem na Assembleia Nacional.

As três agências de Rating apresentam "uma perspectiva positiva da economia angolana e o país pode, em muito pouco tempo, chegar a níveis superiores de classificação, o que significa de forma clara uma perspectiva positiva para a economia do país.

"Consideramos muito positivo este cenário, sobretudo porque o país tem classificação nas agências de rating pela primeira vez", disse, acrescentando: "Estas classificações revelam o reconhecimento da comunidade internacional relativamente ao avanço da economia angolana nos últimos anos".

Sobre a venda da dívida no exterior, Manuel Nunes Junior frisou que a questão "deve ser colocada em separado". Como o país conseguiu ingressar nas listas de rating e, de acordo com as necessidades que o país tiver em termos de financiamento, e perante as alternativas existentes, "tomar-se-á uma decisão".

"O mais importante é que este rating nos satisfaz", sublinhou.