Ecologistas apelam à protecção do ambiente
O Comité de Especialidade de Ecologistas e Ambientalistas do MPLA defende que a sociedade deve compreender a importância da sua participação activa na luta pela preservação do ambiente, sendo urgente que despertem para o impacto das alterações climáticas na qualidade de vida dos cidadãos.
O apelo foi proferido durante o ciclo de palestras sobre " As alterações climáticas e degradação ambiental de zonas costeiras", que decorre em Luanda e tem como objectivo sensibilizar a sociedade em relação ao problema e publicitar os programas ambientais do Governo.
"As alterações climáticas e a degradação ambiental constituem hoje, um dos principais desafios a enfrentar no mundo e que obriga os governos, de forma individual e colectiva, a adoptarem medidas para reverter este problema, que coloca em risco a sobrevivência humana e de espécies animais e vegetais", realça a coordenadora do Comité, Esperança Costa.
Para reverter o quadro, a responsável garante que é necessário adoptar uma atitude de protecção ambiental, realizar estudos nacionais para quantificar o efeitos das alterações no país, apostar na formação de quadros, pesquisa, gestão e divulgação dos resultados, visando a elaboração de estratégias em função da realidade.
"No país, estes efeitos já são visíveis. Podemos notar o aumento das temperaturas, ocorrências de chuvas mesmo em época de cacimbo, ravinas, cheias como as da província do Cunene, bem como o declínio em termos de espécies", destacou.
Em relação às medidas de prevenção e contenção, o director nacional do Ambiente, Wladimiro Russo, explicou que o Governo está a trabalhar em três importantes documentos, em que o primeiro visa fazer um inventário dos sectores que mais emitem gases do efeito estufa, procedendo à análise dos sectores da Indústria, Transportes, Agricultura, Pesca, entre outros.
As restantes acções estão relacionadas com programas de acção nacional de adaptação às alterações climáticas e de monitorização do sistema climático nacional (avaliação das temperaturas do país).
Wladimiro Russo congratulou-se com as medidas desenvolvidas, nomeadamente a entrada em funcionamento em 2012 da fábrica de gás natural, a melhoria dos caminhos-de-ferro e dos transportes público e a extensão da rede eléctrica.
Estima-se que 80 por cento da população nacional (estimada em mais de 14 milhões de habitantes) usa o carvão como combustível, situação que propicia o corte indiscriminado de árvores e obriga as autoridades a adoptar fontes limpas de energias como a solar para reverter o quadro.
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