OPEP ignora pedido angolano para aumentar quota
A OPEP recusou o pedido do Governo angolano para aumentar a sua quota de produção de crude. Há 3 anos quando foi admitida na OPEP Angola beneficiou de um período de graça durante o qual lhe foi permitido «bombear» mais petróleo do que a generalidade dos países com potencial idêntico. Actualmente, o país começa a sentir os constrangimentos do cartel. Com a produção em franco crescimento, e perante o desejo da OPEP em tê-la como membro, Angola não teve dificuldade em convencer aquela organização, e esta, ansiosa em puxá-la para o seu lado, não hesitou. Com isso, Angola transmitia às petrolíferas, responsáveis pela maior parte do investimento, uma mensagem de segurança e tranquilidade.
Esta semana deu-se o inverso. O ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, anunciou à imprensa disse que ia pedir autorização para aumentar a sua quota, estabelecida em 1.750 mil barris por dia. Porém, a OPEP ignorou novamente o pedido. Recorde-se que Angola já tinha submetido três pedidos idênticos no ano passado, mas a OPEP não deu provimento a nenhum deles.
Os ministros da OPEP entenderam ser melhor manter os «tectos» atribuídos a cada país. A OPEP nota que embora haja sinais de recuperação em relação à crise que estalou em 2008, o mercado continua ameaçado pelo elevado peso da dívida pública em vários países, lembrando que apesar de haver maior procura, o previsível aumento da oferta por parte de países não membros vai resultar numa redução da procura de petróleo produzido pelo cartel.
Angola continuará a produzir 200 mil barris de petróleo abaixo do seu potencial.
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