O analista de relações internacionais Filipe Olímpio defendeu hoje, no Huambo, o maior protagonismo institucional da União Africana (UA), para fazer face aos inúmeros problemas com que os países membros ainda se debatem.
Em entrevista à Angop, a propósito do Dia de África, que se assinala amanhã, o especialista explicou que a situação se reflecte negativamente, nomeadamente ao nível da fraca intervenção da organização na promoção da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento socioeconómico dos Estados. Filipe Olímpio sustentou que o actual orçamento anual da União Africana (130 milhões de dólares) é ínfimo e, no seu entender, condiciona a prestação de ajuda aos países assolados por calamidades naturais, ao movimento de diplomatas para mediar conflitos e à manutenção de um exército de manutenção de paz.
O analista aproveitou a ocasião para condenar o facto de alguns países membros da União Africana não pagarem atempadamente as suas quotas anuais (50 mil dólares), causando transtornos para a realização das suas actividades.
Filipe Olímpio elogiou os esforços empreendidos pelos Governos para o desenvolvimento social e económico dos países do continente, realizações que concorrem para a melhoria de vida dos seus habitantes.