Representantes africanos e da República Popular da China ligados à gestão portuária reuniram-se, recentemente, na cidade de Longkou, província de Shandong, com vista a traçar estratégias que dinamizem a cooperação comercial e tecnológica, neste sector.
Na ocasião, sublinharam a necessidade do incremento do investimento, do comércio, da cooperação bilateral e multilateral na busca de mecanismos tendentes a reduzir os custos de importação e exportação, face à crise económica e financeira internacional que grassa o mundo.
Neste sentido, as partes, auguraram um caminho que conduza ao estabelecimento de alianças e estratégias de desenvolvimento entre o Porto de Longkou e os portos de países africanos na base de uma cooperação profunda e vantajosa.
Por outro lado, frisaram a urgente criação de infra-estruturas logísticas e de aprovisionamento em portos de ambas as partes capazes de dar suporte ao volume das importações e exportações de bens e serviços.
O director geral do Porto de Longkou, Meng Xianggang, apelou aos representantes africanos, em particular aos de Angola, no sentido de trabalhar afincadamente neste sector que, segundo disse, “ o momento é crucial” a julgar pela amizade e alto nível de cooperação que se vive, caracterizado pelo clima de estabilidade política e social.
Por seu turno, o primeiro-secretário da Embaixada de Angola em Beijing, Manimo Simão Mansogi , em representação do embaixador João Manuel Bernardo, aproveitou a ocasião para manifestar o interesse que o país dedica à cooperação portuária com a República Popular da China no quadro da reconstrução nacional. Referiu que desde o fim do conflito armado, em 2002, e da restauração da paz, o país vem conhecendo um rápido crescimento económico observando, não obstante, que Angola necessita de trabalhar na senda de infra-estruturas logísticas e reforçar os níveis de cooperação institucional implementando projectos que promovam o desenvolvimento sustentável e de investimentos no país.
Salientou ainda que, a estabilidade política e social que se vive, permite a República Popular da China manter Angola como o maior parceiro estratégico em África, tendo indicado que no ano transacto, o volume de negócios entre os dois países atingiu os 25,3 biliões de dólares, graças a implementação do Plano de Acção de Cooperação bilateral.
O evento culminou com a assinatura de um memorando de intenção para uma parceria estratégica entre a África e a República Popular da China.
Sem comentários:
Enviar um comentário