Consórcio luso-angolano apresenta projecto fotovoltaico
O consórcio luso-angolano inicialmente constituído para comprar a Qimonda Solar apresenta hoje à Câmara de Vila do Conde, em Portugal, o seu projecto para instalação na região de uma fábrica de painéis fotovoltaicos.
"Esta reunião serve para dar conta do andamento do nosso projecto. É uma visita de cortesia para fazer um ponto da situação", afirmou o presidente da DST e porta-voz do consórcio, que integra ainda as empresas EDP, Visabeira, BES, BCP e o banco angolano BPA. Segundo salientou José Teixeira, o consórcio luso-angolano não pretende adquirir a Qimonda Solar (Itarion), que está em processo de insolvência após o fracasso das negociações com a CentroSolar.
O projecto inicial previa que os alemães da CentroSolar, em parceria com a Qimonda AG, criassem em Vila do Conde uma fábrica de células fotovoltaicas - a Itarion Solar -, considerada um Projecto de Interesse Nacional (PIN) pelo Governo português.
A falência da Qimonda AG pôs em risco o projecto solar, mas formou-se então o consórcio luso-angolano para adquirir os 51 por cento desta multinacional e avançar com a CentroSolar.
Em Julho, esta parceria acabaria também por cair por terra, mas o grupo luso-angolano tem vindo a reiterar o interesse em avançar sozinho na produção de painéis fotovoltaicos, aproveitando a mão-de-obra disponível em Vila do Conde e, eventualmente, as instalações da Qimonda Solar que estavam em construção.
"Estamos a ver a possibilidade de ficar nas instalações da Qimonda Solar se ficarem livres de ónus [no âmbito do processo de insolvência em curso]", afirmou José Teixeira, garantindo que o projecto "ficará sempre em Vila do Conde, porque existe mão-de-obra qualificada, habituada ao ambiente do micro e do nano".
Para o presidente da Câmara de Vila do Conde, "o importante é que se concretize o negócio", seja via aquisição da Itarion ou apenas das respectivas instalações.
"O meu objectivo é que se salvem os postos de trabalho, quer da Itarion quer da Qimonda [Portugal], e se aproveite o 'know-how' que ali já existe", afirmou Mário de Almeida à agência Lusa.
De acordo com José Teixeira, o objectivo do consórcio luso-angolano é, até ao final do ano, pôr no terreno o projecto dos painéis fotovoltaicos, estando, neste momento, o grupo "a olhar para o mundo do ponto de vista tecnológico para encontrar a tecnologia certa".
Segundo o presidente da DST, depois da escolha tecnológica, "segue-se a elaboração do layout" da unidade de produção de painéis, um investimento de 50 milhões de euros, que deverá criar 200 postos de trabalho numa fase inicial.
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