OMS quer erradicar elefantíase do país
O Ministério da Saúde de Angola anunciou hoje que vai elaborar em Agosto um mapa das zonas endémicas do país afectadas pela elefantíase, com o objectivo de erradicar a doença. O plano conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde.
O mapeamento dessas áreas tem como finalidade a caracterização dos municípios endémicos, de modo a proceder à implantação do programa de controlo e eliminação da doença. O projecto será aplicado em nove províncias, nomeadamente Uíge, Kwanza Norte, Bengo, Lundas Norte e Sul, Moxico, Kuando Kubango, Huíla e Benguela, pois são consideradas endémicas.
Com o intuito de preparar a acção no terreno, arranca hoje em Luanda a formação de um grupo de técnicos, que vão ensinar as entidades das províncias, para que possam investigar a real distribuição da doença. A especialista da OMS, Irene Langa, refere que a organização tem como meta eliminar a filaríase linfática até 2020. Daí ser necessário estabelecer um programa de controlo e eliminação da doença.
O plano consiste em medicar todos os indivíduos, infectados ou não, que se encontrem em zonas onde existe a doença e que se estima que sejam 1,2 milhões de pessoas.
"A OMS veio com esta preocupação porque é uma doença negligenciada. Ela não é mortífera e, por isso, não é considerada preocupante, como por exemplo o HIV, mas tem consequências graves", esclareceu a médica.
A filaríase linfática é uma doença causada por vermes, transmitidos por picadas de mosquitos, que vivem no sistema linfático em adulto e microfilárias no sangue. Depois de longos anos exposto à picada dos mosquitos, o indivíduo infectado pode apresentar como manifestações da doença a elefantíase e a hidrocele, que consistem no inchaço das pernas, braços, mama e do escroto. É também chamada de elefantíase por afectar nomeadamente os membros inferiores, deformando-os e dando-lhes um aspecto que faz lembrar a pata de um elefante.
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