Portugueses sem documentos desde Janeiro
Mais de 60 funcionários de empresas de construção civil portuguesas, alguns com família em Luanda, estão a trabalhar sem visto e sem passaporte.
A situação remonta a Janeiro, altura em que as empresas tentam a renovação dos vistos dos trabalhadores através dos Serviço de Migração e Estrangeiros de Angola. Depois de os pedidos terem sido entregues e as taxas pagas, os documentos simplesmente desapareceram.
As autoridades angolanas desculpam-se com as mudanças de instalações. Já os lusos queixam-se de estarem com a documentação retida e temem ser abordados pelos inspectores do Departamento de Emigração e Fronteiras de Angola.
Sem documentos, o grupo de funcionários portugueses – que reúne operários e quadros superiores - tem recorrido à polícia, argumentando a perda do passaporte. Por sua vez, a polícia emitiu entretanto um salvo-conduto, que só serve para alguns dias e para algumas ocasiões, sendo que os requerentes ficam impedidos de viajar.
Há quem opte por viver nos próprios locais de trabalho, evitando assim as abordagens das autoridades e outros pagam para não serem incomodados.
Alguns já acabaram os contratos com as empresas portuguesas e querem regressar a casa, mas não têm passaporte.
O problema do vistos há muito que domina o relacionamento entre Portugal e Angola. Há mais de 60 mil portugueses em território angolano e quase todos eles passaram por dificuldades na obtenção ou renovação dos vistos.
A questão deverá ser novamente abordada durante a visita de Cavaco Silva a Angola, agendada para a próxima semana.
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