Saúde

Congresso da CPLP sobre VIH/Sida encerra hoje

O III Congresso da CPLP sobre VIH/Sida encerra hoje, sexta-feira, após acesos debates entre Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste acerca dos caminhos a seguir para enfrentar a doença e impedir novas infecções.

Cerca de 200 delegados marcaram presença no III Congresso, que se estruturou sobre quatro pilares temáticos, nomeadamente, a prevenção e tratamento, o mundo do trabalho, a cooperação e a formação de recursos humanos.

O acto de abertura foi marcada com a assinatura de um memorando de entendimento entre a ONUSida e a CPLP, que visa formalizar a cooperação na resposta à doença nos respectivos países. No acto da assinatura, o secretário executivo da CPLP, Domingos Pereira, sublinhou que este memorando não esgota o compromisso que cada um dos países tem com a ONUSida, mas vai ajudar mais no angariamento de apoios, especialmente para as nações africanas, as mais atingidas pela doença.

O director executivo da organização das Nações Unidas, Michel Sidibé, explicou que a organização reforçará o seu papel de promotor de trocas de experiências entre os países de língua oficial portuguesa, "porque esses compartilham não apenas o mesmo idioma, mas uma série de características sociais e culturais que tornam a cooperação sul-sul um instrumento estratégico para a resposta à epidemia da Sida".

O director regional da OMS para África, Luís Sambo, convidado de honra do congresso, apelou ao empenhamento de todos nesta luta, porque ainda há muito a fazer, já que a doença tende a aumentar, fazendo mais de um milhão de vítimas por ano no mundo, com 72 por cento dos óbitos no continente africano.

Hoje é o último dia e os delegados vão discutir estratégias para reduzir o impacto da infecção associada à droga, bem como o papel da sociedade civil na resposta nacional e a concretização normativa dos direitos humanos, tema que terá como um dos oradores o bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Inglês Pinto.