Angola estará representada na XV Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, designada COP-15, com uma delegação chefiada pelo embaixador acreditado na Dinamarca, Domingos Culolo. A delegação é integrada por diplomatas e altos funcionários do Ministério do Ambiente. A ministra do referido ministério, Fátima Jardim, e o representante permanente de Angola junto do Programa das Nacoes Unidas para o Ambiente (UNEP), Ambrósio Lukoki, chegarão a Copenhaga (Dinamarca) a 14 de Dezembro, segunda-feira, para intervirem na conferência, que termina a 18 deste mês.
Recorde-se que o congresso iniciou os trabalhos na última segunda-feira, em Copenhaga, com o intuito de aprovar um novo acordo climático que reduza substancialmente as emissões de gases de efeito estufa, após 2012, altura que termina o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto.
Na agenda constam directrizes para acções de adaptação às mudanças climáticas, a transferência de tecnologias dos países ricos às nações em desenvolvimento e o estabelecimento do montante financeiro necessário para ajudar estes estados a diminuir as suas emissões de gases estufa.
Os países em desenvolvimento são os mais vulneráveis às mudancas climáticas, por isso serão definidas obrigações de ajuda dos países industrializados a programas de adaptação nas nações menos desenvolvidas para se atenuar os impactos, como a deslocação de populações para as áreas seguras. Por outro lado, os africanos esperam um acordo que previna o planeta de efeitos mais devastadores das mudanças climáticas, uma vez que África sofrerá as piores consequências deste fenómeno, apesar de responder por menos de quatro por cento das emissões totais de gases estufa a cada ano.
A Convenção do Clima foi assinada pela União Europeia e por 191 países, perfazendo 192 partes com direito a voto na COP-15. Para a conferência aprovar uma proposta, a decisão deverá ser de consenso entre todas as partes presentes. São esperadas, até ao dia 18 do corrente, mais de 15 mil pessoas, entre diplomatas, funcionários dos governos,da ONU, assessores, activistas de ambiente e Chefes de Estado e de Governo.
Sem comentários:
Enviar um comentário