Comitiva angolana em Copenhaga
Os países desenvolvidos devem rapidamente chegar a um consenso que facilite a obtenção de um acordo com o grupo das nações em vias desenvolvimento sobre a redução de emissões de gazes que ameaçam a existência humana. A posição foi defendida pelo Ministro Encarregado de Negócios da embaixada da Venezuela em Angola, Jesus Alberto Garcia, em entrevista à Angop, por ocasião da realização da 15ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-15), que decorre em Copenhaga, Dinamarca.
Para Jesús Alberto Garcia, a COP-15 é crucial para que os países cheguem a um acordo (sobre a redução de emissões de gases), ressalvando que as regiões ricas são as que mais poluem e que devem igualmente ser elas a contribuír mais para salvar o planeta das calamidades. "Os países desenvolvidos é que criaram o problema (das alterações climáticas), logo devem ser eles a reduzir as suas emissões de gases, porque as mudanças que podem ocorrer são catastróficas”, explicou.
O diplomata esclareceu que, no seu país, o Governo está a adoptar uma política que visa a redução da utilização de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, optando pela política da energia solar e mantendo um maior controlo sobre os gases produzidos pelas empresas petrolíferas do país.
Dado o elevado grau do perigo que o mundo corre com o fenómeno, o diplomata venezuelano sublinhou que as quotas de emissão de gazes dos países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos e do Reino Unido, e em via de desenvolvimento, como a China e a Índia, deveriam ser reduzidas até 50 porcento.
Iniciada no passado dia sete, a COP-15 reúne delegações de 197 países e visa substituir o Protocolo de Kyoto. O evento está a ser considerado o maior já realizado para discutir o fenómeno das alterações climáticas que ameaçam a existência da humanidade. Na COP-15, os países em desenvolvimento, liderados pela China, defendem que as nações ricas, encabeçadas pelos Estados Unidos, devem dar um "claro exemplo" na redução de emissões de gases com efeito de estufa. Angola chegou esta semana à Dinamarca para participar na reunião. Recorde-se que o continente africano, apesar de ser o menos poluente, assume-se como o mais susceptível, prevendo que seja a região que mais vai sofrer com as alterações climáticas. Esta será a principal questões a ser discutida pelos representantes africanos.
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