O ministro da Economia angolano, Manuel Nunes Júnior, disse hoje no parlamento angolano que o sector não petrolífero já é responsável por 58 por cento no Produto Interno Bruto (PIB), ao contrário do que se verificava no passado.
Manuel Nunes Junior garantiu que se "inverteu a situação", tratando-se de "uma mudança estrutural importantíssima para a economia" angolana, porque é "a forma mais apropriada para que o emprego aumente no país".
O ministro da Economia fez estas declarações quando respondia às questões colocadas pelos deputados, antes da aprovação do Plano Nacional 2010/2011 e do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2010, que viriam a ser aprovados na generalidade sem votos contra, fazendo a oposição acompanhar a sua abstenção com fortes críticas.
Manuel Nunes Júnior falou ainda da importância do crescimento do sector não petrolífero, cujo desenvolvimento se verifica desde 2006, para a criação de empregos, que vão permitir melhorar a qualidade de vida e bem-estar da população.
Angola é hoje o maior produtor de petróleo africano a sul do Saara, com mais de 1, 7 milhões de barris/dia. Segundo Manuel Nunes Júnior, desde 2006, que os sectores da agricultura, da indústria transformadora, da construção civil, dos serviços mercantis, agro-indústria, sectores que estão a suportar e suportaram o crescimento do sector não petrolífero. "Desde 2006 a esta parte o crescimento do sector não petrolífero tem sido superior ao sector petrolífero. Em 2007, o crescimento do sector petrolífero foi de 20,4 por cento e do não petrolífero 25,7 por cento, em 2008 foi de 12,3 por cento e de 15 por cento, em 2009 foi de 3,6 negativos e 5,2 por cento e para 2010 prevemos um crescimento de 3,4 por cento e de 10,5 por cento", enumerou o ministro.
Manuel Nunes Júnior lembrou que o sector petrolífero, embora importante no cômputo geral da riqueza do país, não emprega mais que 20 mil pessoas em todo o país, embora tenha um contributo bastante importante na criação da riqueza.
"O que estamos a pugnar aqui é que o aumento de salários seja um aumento real, isto é, que se houver um aumento de salários seja um aumento superior àquilo que acontece do ponto de vista do nível geral de preços. Só podemos garantir isso se o sector não petrolífero aumentar de maneira significativa, se aumentarmos os empregos a nível das economias, se cada pessoa passar a ter um salário digno", salientou.
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