Forças Armadas comemoram 18 anos
As Forças Armadas Angolanas (FAA), que completam hoje 18 anos, mantêm com Portugal uma relação privilegiada, no domínio da formação dos seus quadros, disse em Luanda o Chefe de Estado-Maior General, Francisco Furtado. Segundo o responsável, em Angola estão vários consultores portugueses a dar formação nas escolas superiores de guerra a especialistas navais, de aeronáutica, da força aérea, a fuzileiros navais.
Novas áreas estão a ser perspectivadas com a constituição da academia militar do exército.
Além de Portugal, Francisco Furtado adiantou que as FAA mantêm também cooperação no domínio da formação com a Rússia, Cuba, China, Brasil, França, Zimbabué, Zâmbia e outros países, onde actualmente 450 oficiais e cadetes angolanos frequentam cursos.
As FAA têm também dado formação a militares de outros países, sobretudo os de expressão portuguesa, na escola superior de guerra, e em 2010 no instituto superior técnico militar, nos cursos de engenharia e medicina, com a duração de cinco anos.
Em conferência de imprensa, para um balanço das actividades das FAA, o general Francisco Furtado disse que desde a sua criação, com a assinatura dos acordos de paz de Bicesse, em Maio de 1991, teve "avanços significativos". "As FAA mudaram bastante do ponto de vista da sua organização, estrutura e disciplina, tendo assim conseguido dar passos efectivos no melhoramento das condições de acomodação dos efectivos", disse.
Do ponto de vista de equipamento, também foram feitos esforços na recuperação e manutenção de meios técnicos, que as FAA tinham em grande escala e que estavam em estado de degradação, bem como têm sido feitos esforços de reequipamento com novos meios, visando garantir sempre uma capacidade e prontidão operacional das FAA.
Ainda no processo de estabilização do exército angolano, um diagnóstico geral do estado das FAA permitiu identificar que havia 29 mil efectivos fantasmas. "Um diagnóstico geral do estado das FAA permitiu identificar situações graves, em que foram descobertos 29 mil efectivos fantasma" disse o general, adiantando que depois se criou uma "estabilidade do ponto de vista social", porque foram melhorados os salários dos actuais efectivos
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